Lição para SammyTrecho da carta de Joel S. Goldsmith, considerado o místico ocidental do século XX, ao seu filho Sammy, quando este se ausentou do lar, do Hawaí, para cursar a universidade na América.Ofereço-te aqui, Sammy, uma lição importante, não só para um dia, mas suficiente para toda tua existência, se a praticares fielmente—ainda que não recebesses nenhuma outra de mim ou de qualquer instrutor espiritual. Se a gravares no íntimo, ainda que ficasses só num deserto ou num barquinho, no meio do oceano, sem qualquer pessoa ou livro por perto, poderias sobreviver, encontrando salvação e segurança, alimento e vestuário, paz e tudo o mais que te fosse necessário. Quero revelar-te o segredo de minha felicidade, alegria , êxito, prosperidade e capacidade de servir a crianças e adultos ao redor do mundo inteiro, como sabes.
Em primeiro lugar, quando defrontares algum problema, seja de saúde, estudos, desentendimentos com os colegas ou mestres, retira-te a um lugar tranqüilo, senta-te com os pés no chão e mãos descansando nas coxas, fecha os olhos e lembra-te de que Deus está mais perto do que tua respiração: mais próximo do que teus pés e mãos. Ele está exatamente onde estiveres. Aquieta-te por um momento e Deus resolverá teu problema.
Pode parecer estranho que não tenhas, pelo menos mentalmente, de expor teu caso a Deus, de não pedir-Lhe nada e nem fazeres qualquer afirmação. No entanto, basta fechar os olhos, aquietar-te por um momento e saber que Deus está bem perto de ti: no centro de teu ser. Depois, sem ansiedade ou pressa, espera alguns minutos. O Espírito, Ele mesmo, se incumbirá de tudo.
Sempre que tiveres alguma dificuldade, pára o que estavas fazendo e conscientiza Deus exatamente ali onde estás, em teu íntimo. Espera alguns minutos e verás que Ele é a Inteligência de teu ser e sabe porque O estás procurando. Não receies: de bom grado Ele sempre te responderá, se estiveres “ligado”. Mas se Lhe perderes a sintonia, não poderás receber ajuda. Isto é compreensível. Digamos que estivesses aqui perto de mim, recebendo instrução espiritual. Se te distraísses, pensando em outra coisa ou saísses a passear, como poderia receber a lição que eu tinha a oferecer-te gostosamente?
Como pai humano, bem gostaria de oferecer-te cada segredo espiritual que possuo, como dou dinheiro quando dele necessitas. Mas não lhos poderei dar, se não estiveres receptivo e atento. A mesma coisa se dá em nossa relação com Deus: temos que dar-Lhe plena atenção, amor, obediência e gratidão. Não é propriamente amar um Deus que não vês, senão amá-Lo nos colegas e professores com quem convives. Ainda que Deus esteja em teu íntimo, só Lhe podes receber a graça se tiveres amor, júbilo e respeito, em tua mente, em teu coração e em tua alma.
Cada pessoa é responsável por si mesma. Não há um Deus sentado no céu a olhar e julgar os que estão aqui em baixo. A Consciência divina está em nosso íntimo e sabe tudo o que pensamos, sentimos, falamos e fazemos, atraindo imediatamente de fora tudo o que mandamos para lá. Portanto, o amor e respeito que exprimes aos outros, logo os recebes de volta.
Mas, tudo isto ainda é pouco. Mesmo que sejas humanamente bom em todos os sentidos, estás simplesmente cumprindo os Dez Mandamentos. Agora te estou instruindo a cumprir o Sermão da Montanha, pois o Caminho espiritual é uma revelação mais alta: diz que não precisas de falar com Deus, senão apenas reservar pequenos períodos, durante o dia e à noite, para ouvi-Lo dentro de ti.
Mesmo que não ouças literalmente uma voz, ao abrir os ouvidos a Deus e silenciar por um minuto ou dois, permitir-me-ás encher o vácuo que formaste internamente.
Atenta bem para o que deves fazer, para formar este vazio expectante: logo ao acordar senta-te confortavelmente, pés no chão, braços apoiados relaxadamente nas coxas, olhos fechados, sintonizando o Cristo interno em silêncio, escutando o íntimo por alguns minutos. Em seguida, lembra-te de que o dia que se estende diante de ti será governado e protegido por Deus. Serás então mantido e inspirado por Ele, porque abriste, anelante e conscientemente, tua consciência à Presença e Direção de Deus. Mas se não fizeres cada manhã, fielmente, teu contato com Deus, o teu encontro com o mundo será como de um ser humano comum, sujeito a todas as surpresas e desencontros da vida, sem a assistência divina.
Procure estar em harmonia com teus colegas em tudo que seja bom. Se te convidarem a cerimônias religiosas, sugiro que os acompanhes. Entra em cada templo com a mente aberta, agradecendo à oportunidade de aquietar e ouvir a “pequenina e silenciosa voz”. Não te esqueças de que a sintonia com Deus é mais importante que o ritual. A união com os colegas no que seja construtivo suscita o bem, embora o verdadeiro bem te venha porque reconheces a graça e a glória de Deus em tudo e em todos.
A coisa mais importante que desejo sublinhar-te é que, em qualquer instante do dia ou da noite, Deus é instantaneamente acessível. Basta que O sintonizes e ouças. Enfatizo este ponto para que compreendas que não precisas falar, de fazer afirmações ou lembrar a Deus tuas necessidades. O segredo que recebi é que Deus, como Inteligência infinita, já conhece tuas necessidades, antes mesmo de Lhas pedires. Ele vê nosso íntimo quando Lho abrimos em atitude receptiva e confiante. Não é por nosso falar ou pensar, pois o Mestre ensinou: “não vos preocupeis por vossa vida, pelo que tendes de comer: nem por vosso corpo, pelo que tendes de vestir. Vosso Pai sabe que necessitais destas coisas. É do bom agrado dEle dar-vos todas elas”.Compreendes, Sammy?
É do agrado do Pai dar-te o Reino! Deus não te castiga quando te arrependes sinceramente do erro ou pecado que acaso cometas. No instante em que reconheces que não agiste bem, estás perdoado. Mas deves compreender que ao reconhecer as falhas, não deves repeti-las. Caso contrário, perderás a sintonia com a graça divina. Tu mesmo é que te cortas dela. Quando isto acontecer, procura reatar com a graça, reconhecendo verdadeiramente: “Sei que errei!” Tenho-me curado de diversas enfermidades, pedindo simplesmente a Deus perdão por meus pecados. É claro que meus pecados não são graves. Conheces nosso modo de viver. Mas sempre que cedemos à crítica e condenação, não estamos amando e perdoando suficientemente.
Grava bem, Sammy, a mais importante lição que me foi dada: “que o lugar em que estás é solo santo”, ou seja, Deus está exatamente onde estás, disponível, no instante em que páras de pensar, de falar e de te identificar com as coisas externas, e te voltas ao íntimo, reconhecendo-Lhe o Poder e a graça. Conscientiza o Espírito de Deus em ti e, em seguida, relaxa-te por um ou dois minutos, deixando que Ele Se manifeste.
Isto é tudo.
Lei Cósmica e o Cristo RealizadoJoel Goldsmith - Excertos do grupo de estudo de Kailua 1955 Agora, este é o ponto que será sobretudo o mais difícil -- a realização de "saúde física ou doença física, o que importa?" Porque nessa realização virá a saúde espiritual.
Você encontrará que esta é a essência do capítulo, O Novo Horizonte, em "O Caminho Infinito". E explicará também porque esse capítulo nunca foi escrito. Não foi nem escrito como as outras escritas são escritas. Veio de uma maneira inteiramente diferente. Chegou através de um sonho. Palavra por palavra como aparece no capítulo, ele veio em um sonho escrito em letras douradas, letras do Inglês Antigo sobre uma faixa de seda vermelha suspense no meu teto sobre a minha cama, e eu acordei do meu e encontrei essa faixa ainda lá. E eu fiz peguei lápis e papel de minha mesa de cabeceira e copiei a mensagem palavra por palavra, e então mais tarde vi esta faixa dobrar-se sozinha e desaparecer, e nunca reapareceu.
E este é o capítulo “O Novo Horizonte”. Esta é a maneira como veio.
E você perceberá que ele revela toda a experiência humana - quer dizer a boa experiência humanaa assim como a má experiência humana são uma ilusão - é um sonho. Mas não significa que este mundo é um sonho. Significa que este mundo do modo como nós o vemos é um sonho. E do momento que nosso interesse na harmonia física desaparece nós começamos então a perceber este universo como ele é.
Quando nós acordarmos nós o veremos como é e nós ficaremos satisfeitos com a sua aparência. Nós ficaremos felizes com o que nós virmos. Entretanto, somente quando nós depertarmos.
Agora, o despertar vem quando você pode perceber que a saúde é somente a outra extremidade da vara da saúde doente – que a riqueza é somente a extremidade oposta da vara da pobreza. Mas em algum lugar no reino espiritual deve haver uma consciência de nenhuma saúde e de nenhuma falta da saúde. Da mesma forma como eventualmente você verá no relacionamento com Deus, que Deus não é nenhum poder.
Primeiramente, Deus é um grande poder que supera poderes menores. Deus é o grade Espírito que supera o erro, o pecado, a doença, a morte, a pobreza e a limitação. Vem então o Segundo desdobramento na realization de Deus em que Deus é o único poder, e não supera nenhum outro poder porque não há nenhum outro poder a ser superado. Esta é a realização em que não há nenhuma verdade sobre o erra, nenhum Deus sobre o diabo, nenhum espírito sobre a matéria, nenhuma realidade sobre a irrealidade – uma vez que a realidade que é o Todo Infinito, estas outras coisas existem somente como crenás ilusórias e não como entidades ou identidades ou poderes. Isso é quando você percebe e realiza Deus como o Todo Infinito – o Ser, o Poder, a Lei Ah! Mas então você chega a uma realização ainda mais elevada de Deus em que você aprende que Deus não é nenhum poder. Por que Deus não é nenhum poder? Um poder deve sempre ser um poder sobre alguma coisa. Um poder deve sempre exercer-se dentro, através sobre... mas Deus não é tal coisa. Deus é um estado de Ser Divino. Deus é o estado -- a infinidade de Ser Divino. Deus não é um poder porque não há nada para que o Deus seja um poder. Deus nem mesmo cria. Deus é uma infinidade do Ser que aparece como. Se Deus tivesse criado, deveria haver um momento da criação - provavelmente um lugar da criação, e então você teria Deus confinado no tepo e no espaço. Deus não esá confinado no tempo e no espaço. E conseqüentemente, Deus não está confinado à energia ou ao poder. Deus é É. Deus é Ser. Deus É, e isso é tudo que o Deus é.
Yoga do Conhecimento no Cristianismo - A Meditação Contemplativa e as Escrituras Joel S. Goldsmith - The Mountain Path, Outubro 1964 *O Cristianismo se desenvolveu, quase que inteiramente, como uma "yoga" devocional,ou uma religião de culto dualistico e de devoção. Mas o ensinamento de JoelGoldsmith constitui uma notável exposição da yoga de conhecimento, que também possui. Serve, ainda, como uma demonstração da verdade que a "jnana-marga", ou o "caminho do conhecimento", não implica em filosofia ou erudição. É tão simples quanto profundo. Se qualquer um dos seguidores de Maharshi, treinados em equacionar o Caminho do Conhecimento com a Auto-inquirição, estranhar o metodo de Joel Goldsmith, de concentração nos textos biblicos, deverá lembrar, então, que se aproxima muito da prática do "Mahavãkyãs", recomendado por Shankaracharya.*
A meditação contemplativa é a preparação para a meditação pura, sem palavras ou pensamentos, e a sua principal finalidade é a de conservar a mente fixa em Deus - aceitando-O de todos os modos que dispomos - a bem de que, com calma e confiança, possamos "AQUIETAR-NOS E SABER QUE EU SOU DEUS".
Sabemos que
o homem comum não recebe as coisas do espírito de deus, que para ele são inconsequentes, nem pode conhece-las porque são discerniveis espiritualmente. Sómente em meditação contemplativa, portanto, cônscios da Verdade das Escrituras, é que podemos nos preparar para alcançar a nossa Divina Filiação, ou a mente Búdica.
Foi prometido:
Se residires em Mim e Minhas palavras residirem em vós podereis pedir o que quiseres que tudo vos será dado. Em outras palavras, se residirmos no Verbo e permitirmos que o Verbo resida em nós, produziremos frutos abundantes.
Contemplando a Verdade, portanto, obteremos o dom do discernimento, por meio do qual alcançaremos a Verdade,que o "homem normal" não pode conhecer. O Bhagavad Gita também afirma isto,
não podereis me ver com os olhos mortais, dou-te, portanto , a visão divina, contempla agora a minha glória.
Para compreender.certos princípios espirituais da vida é necessário meditar adequadamente desenvolvendo a habilidade de praticar a meditação, A não ser que uma meditação contenha em si uma percepção consciente do princípio espiritual, ela não será benéfica. Poderá, na realidade, levar somente a um estado mental de firmeza, dentro do qual não surgirão frutos espirituais ou sinais de adiantamento.
Devereis, portanto, não só saber porque estais meditando como, também, conhecer os princípios específicos aos quais devereis obedecer em vossa meditação.
Passemos a considerar o princípio mais importante da vida, baseados em que podemos sentir uma existência harmoniosa: Eu sou Eu.
Podeis afirmar isto para vós mesmos porque é indiscutível. Não sois outra coisa mais do que vós mesmos! "EU SOU EU". Na grande lição sobre o suprimento ensinada na Escritura Hebraica, o Mestre fez a seguinte pergunta à viúva pobre que buscava suprimento: " O que possuis em vossa casa?. Não lhe perguntou o que ou o quanto queria. "O que JÀ possuis em vossa casa?"
Vejamos como isto pode ser aplicado na vida prática. Somos muitas pessoas aqui reunidas para estudar e, como podeis facilmente sentir, existe paz entre nós. Existe calma e confiança e, com toda a certeza, ausência de ódio, intolerância, preconceito ou inveja. Façamos a nós mesmos, agora, a seguinte pergunta: Como foi que esta paz chegou até aqui, e como foram eliminados o ódio, a intolerância e o preconceito?.A resposta é clara. Fostes vós que trouxestes esta atmosfera de paz até aqui. Toda calma e confiança aqui presentes, todo o amor que esta conosco, foram trazidos por vós. O ódio, a inveja ou a discórdia não estão aqui simplesmente porque vós não os trouxestes.
O que possuis em vossa casa? O que tendes em vossa consciência? Tendes amor, vida, cooperação e paz. O que trouxestes para este templo? Este é o templo de Deus, mas o que fê-lo assim? Foi o fato de aqui estardes numa atmosfera de amor e fraternidade. Então, não é este caminho que constitui o templo de Deus mas sim vós!
Não sabeis que sois o templo de Deus? Sois o templo de Deus. SE deixastes fora vossos sentimentos pessoais; SE deixastes fora vossas limitações humanas de raiva, medo e inveja; SE trouxestes em vossa consciência o amor e a paz que aqui sentimos.
Por que os sentimos e porque percebemos a paz que reina entre nós, eis o motivo porque sabemos que foram totalmente trazidos por vós. Em outras palavras, o grau de paz, amor e alegria que sentimos- o grau de onsciência curadora que esta conosco- corresponde ao grau que aqui trouxestes em vossos estados de consciência.
Não pode haver maior grau de consciência curadora do que aquele que trouxestes convosco; não pode haver maior grau de saúde do que aquele trazido por vós;não pode haver maior grau de suprimento do que aquele que trouxestes. Tudo depende de quanto trouxestes de conhecimento sobre a Verdade em vosso estado de consciência, sobre o que ele constitui, sobre quem sois e qual é a vossa verdadeira identidade.
O Mestre Jesus Cristo perguntou: Quem os homens dizem que eu sou?. Os homens comuns, destituídos de discernimento espiritual,dirão que ele é um profeta, um profeta hebreu ressuscitado, ou alguém trazido até agora, do passado humano. Mas, quanto à pergunta "quem dizeis vós que eu sou? - respondida por Pedro:
Sois o Cristo, o filho do Deus vivo, implica que ele estava revelando a vossa e a minha verdadeira identidade.
Quando Cristo disse:
Não chameis de pai a ninguém sobre a terra pois um é o teu Pai,que está no céu, Ele estava se referindo ao vosso e ao meu estado de consciência. Na realidade, toda a sua missão era uma revelação de FILIAÇÃO espiritual do homem. Podeis, portanto, trazer paz, harmonia,estado de consciência curadora e suprimento infinitos a esse grupo de estudantes. Mas só de uma maneira. Sabendo que EU E MEU PAI SOMOS UM e FILHO, ESTAIS SEMPRE COMIGO E TUDO QUE POSSUO É TEU.
Pensa no que aconteceria se vos recolheceis cada manhã,durante dez minutos, separado do mundo exterior, com o propósito de contemplar a Deus e as coisas de Deus. Pensa no que aconteceria se vos separasseis, durante dez minutos, buscando a realização espiritual! Sómente aqueles que, até certo ponto, foram tocados pelo Espírito de Deus terão a capacidade de se sentar durante dez minutos para a meditação contemplativa.
Pensa:
Eu e meu pai somos UM. O pai me disse, "Filho, estais sempre comigo e tudo que possuo é teu". Tenho,portanto, tudo que Deus possui; tudo que Deus tem é meu. "ao Senhor pertence a terra e tudo que nela se contém. Nada sou separadamente, mas em unidade com o meu Pai tudo o que Ele possui é meu. "a minha paz vos dou”. Não existe limite à quantidade de paz que possuo porque me foi dada a paz de Cristo, a minha paz. A paz de Cristo me foi dada.Quando for feita a pergunta, " O que tendes em vossa casa?,” podereis, portanto, responder: "Tenho toda a paz de Cristo, integralmente. Tenho tudo o que o Pai tem pois Ele a mim confiou o que possui. Até mesmo a Sua vida em mim Ele alentou. A minha consciência, portanto, possui a vida eterna. Cristo veio para que eu pudesse possuir vida e para que pudesse tê-la abundantemente. Tenho, portanto, em minha casa - em meu estado de consciência - vida abundante, infinita e eterna, porque foi isto que Cristo disse: "Eu sou a vida eterna". Tenho, portanto, a vida eterna em meu estado de consciência, como uma graça de Deus. Tenho um suprimento infinito porque Cristo revelou:"
VOSSO PAI CELESTIAL SABE QUE NECESSITAIS DE TODAS ESSAS COISAS e AO VOSSO PAI APRAZ DAR-VOS O SEU REINO. Possuo, portanto, o reino de Deus dentro de mim, que é o reino de tudo que sempre necessitarei. Tenho em meu estado de consciência a vida divina. Tenho a paz que transcende o entendimento."
Meditando sobre esses princípios diariamente, durante dez minutos, levareis para dentro do vosso mundo a consciêcia da presença de tudo o que Deus é e de tudo o que Deus possui, como um dom que vos foi conferido pela Sua Graça. Por terdes meditado sobre essas verdades, eis a razão de haver paz entre nós. Trouxestes
a paz de deus que ultrapassa toda a compreensão. Se existe amor aqui conosco fostes vós que trouxestes o amor, que é sem limite. Se existe suprimento neste número do "The Mountain Path" fostes vós que o trouxestes do celeiro de Deus. Tudo o que Deus possui é vosso e o trouxestes até aqui . Lembrai-vos sempre disto: Aquilo que trouxestes até aqui para fazer deste Caminho um templo de Deus, também trazeis para o vosso negócio ou para o vosso lar, por meio de vossa meditação matinal sobre esta verdade. Fazeis, portanto, de vosso lar um templo de Deus. Se não encontrais amor em vosso lar é porque não o trouxestes, uma vez que o amor se encontra só ONDE for por vós expressado.
Em outras palavras, se vossa família prescisar de amor ela terá que encontrá-lo porque se estiverdes em sintonia com Deus, vós O trareis até ela. Tendo sido levado até ao conhecimento desta ensinamento espiritual, recebestes a Graça de conhecer esta verdade , enquanto que os membros de vossa família e as demais pessoas às quais estais ligado em vossa atividade, que representam o "homem natural", que não recebeu as "coisas de Deus", não podem trazer paz e harmonia em suas vidas. Sòmente aqueles que possuem o Espírito de Deus dentro de si são filhos de Deus. SÒmente a eles foi dada a "paz que ultrapassa o entendimento". Lembrai, portanto: O que descobristes aqui, neste momento, foi trazido por vós. De igual maneira, o que encontrais em vosso lar, negócio e em toda a parte, foi justamente aquilo que trouxestes para o vosso lar, vossa ocupação e para o mundo.
O que possuis em vosso estado de onsciência? Para a meditação isto é uma palavra de passe: "O que possuo em meu estado de consciência"?
De meu mesmo, nada possuo, mas pela graça de Deus,-todas as coisas que o pai tem são minhas - "ao senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém". Portanto, a minha paz a mim foi dada, a paz de Cristo. A mim foram dadas todas essas coisas adicionais porque o meu Pai celestial sabiia que eu tinha necessidade delas e lhe apraz concede-las a mim. Estou pleno da Graça de Deus e, pela Graça de Deus, tudo o que o Pai possui é meu. Se me pedires, posso dar-vos pão; comendo-o nunca tereis fome. Posso dar-vos àgua viva; bebendo-a nunca tereis sede.Isto é o que estais dizendo em vossa casa,em vosso negócio e ao mundo. Mas estais dizendo-o silenciosamente e secretamente. Nunca o proclameis abertamente porque a recomendação do Mestre é para orar em secreto, onde ninguém possa escutar ou nos ver. Se a vossa prece for feita dentro do santuário interno de vossa consciência aquilo que o Pai ve ou ouve em secreto é rpoclamado do alto dos telhados. "TEU PAI, POR SI MESMO, VE EM SECRETO E RECOMPENSAR-TE-Á ABERTAMENTE".
Silenciosa e secretamente pergunta a ti mesmo: "O que tenho em casa"?
Tenho a Graça de Deus. Tudo o que o Pai possui é meu. A mim foram dadas a calma, a confiança e a firmeza. A mim foi dada a minha paz. O Pai alentou sua vida em mim. Portanto, possuo a vida de Deus, que é eterna e imortal. Tenho aquela mesma mente que também estava com Jesus Cristo e, portanto, não tenho desejos humanos e nada procuro obter de ninguém. "Eu e meu Pai somos UM" e recebo tudo que necessito por que meu Pai sabe quais são as minhas necessidades e lhe apraz dar o Seu reino. Como já tudo possuo peço só a oportunidade de repartir aquilo que o Pai me deu. Procura observar o que acontece em vosso lar, em vosso negócio e no mundo quando vos recolheis, silenciosa, reverente e secretamente, dentro de vós mesmos, dizendo:
Agradeço a Deus por nada pedir de meu semelhante exeto que nos amemos uns aos outros. Peço só o privilégio de repartir a Riqueza de Deus que já possuo. Porque deverei pedir ao "HOMEM CUJO ALENTO ESTÁ EM SUAS NARINAS", quando pelo direito da FILIAÇÃO Divina sou o herdeiro de todas as riquezas celestiais?Não percebeis porque existe entre nós uma atmosfera de paz? Aqui vimos com o propósito de permanecer na presença de Deus e entrar dentro do tabernáculo com o Espírito de Deus, que está dentro de vós e em mim. Estamos reunidos para compartilhar a Graça espiritual de Deus, o Amor espiritual de Deus. Eis porque existe paz convosco. Tal paz não poderá existir onde as pessoas vão para obter alguma coisa. Quandovos sentais para meditar entrai calmamente para dentro e procurai "conscientizar":
Assim como o galho é um com a árvore, assim como a onda é uma com o oceano, assim, também, sou um com Deus. A riqueza do infinito se verte em expressão como meu ser individual, como a minha vida individual. Tendo recebido a riqueza de Deus desejo sómente distribuí-la.Voltando à atividade externa tratai de lembrar, tantas vezes quanto possível, de fazer uma meditação de 10 segundos, recordando-vos:
A Graça de Deus está sobre mim. Tenho carne e pão espirituais para repartir com todos os que aqui estão. Aqueles que os aceitar nunca terão fome. Posso dar ao mundo a água espiritual e todos os que aceitarem esta água viva nunca terão sede. "Eu e meu Pai somos UM", e o pai está fluindo sua riqueza através de mim para vós e para o mundo.
Uma meditação contemplativa traz em si mesma algo de natureza "para-frente-e-para-tras,estareis virtualmentedizendo ao Pai:
Agradeço. Pai, por estar a vossa graça sobre mim. Agradeço, Pai, por me ter dado vossa paz. Se possuo alguma esperança, fé ou confiança, fostes Vós que me destes. Por mim mesmo nada sou e, portanto, qualquer parcela de paz, esperança, fé e confiança que possuo é uma dádiva do Pai dentro de mim. Agradeço á Vós pela vossa graça, vossa paz e vossa abundância.
Fazei uma pausa, aguardando que a tranquila e pequena voz como que esteja prestes a falar convosco. Corresponde isto a uma atitude de "FALAI, SENHOR, POIS TEU SERVO TE ESCUTA".
Se persistir fazendo isto durante a vida descobrireis, eventualmente, que o Pai FALARÁ convosco, geralmente desse modo:
Filho, tenho estado convosco desde antes de Abraão existir.não sabes que "ESTOU SEMPRE CONVOSCO ATÉ O FIM DOS TEMPOS? "Não sabeis que "nunca te abandonarei nem te desenpararei"? Se galgares o céu lá estarei contigo. Volta e reconhece-Me. Recebe-Me e me encontrarás, até mesmo no inferno. Mesmo se caminhares no vale das sombras da morte não te abandonarei. Vai para dentro e procura-Me no teu intímo e mudarei a morte em vida, a velhice em mocidade, a carência em abundância. Reside nesse Mundo e conscientemente deixa-Me residir em ti. Para onde pensas ir fora do Meu Espírito?Abri o vosso estado de consciência e senti a paz que ultrapassa o entendimento, desta maneira:
Dou-vos a minha paz - Minha paz, Meu Reino, o reino da Plenitude, existente dentro de vós. Vive nesta Verdade e deixa Ela viver em vós. Lembrai-vos conscientemente que o Filho de Deus vive dentro de vós e que esta mais ligado à vós do que a respiração e mais próximo do que mãos e pés. Posso fazer qualquer coisa através do Cristo que me fortalece. Eu vivo, mas não sou eu e sim Cristo que vive em mim. Deixai-me, o filho de Deus interno, viver em vós.
Se fostes levado à uma maneira de viver espiritual, não esquecereis vossas meditações de dez segundos e as vossas meditações contemplativas de dez miinutos. Se o Espírito de Deus habitar em vós não vos será mais possível atravessar as horas do dia e da noite sem uma lembrança consciente da presença de Deus, assim como serieis incapaz de passar sem alimento. Assim como o alimento é necessário para o "homem normal", da mesma maneira, a percepção consciente da presença de Deus é vital para o homem espiritual. O alimento espiritual é essencial para o Filho de Deus.
Secreta e silenciosamente, tratai de fazer este reconhecimento para a vossa família, vossas relações comerciais e vossos freguezes; "Posso dar-vos as águas vivas". Observai até que ponto isto alterará a tendencia do vosso pensamento, que procura ser um "homem da terra", sempre tentando obter alguma coisa, convertendo-se no Filho Espiritual de Deus, sempre desejoso de dar e partilhar. "pede que Eu poderei vos dar a paz que ultrapassa o entendimento. Posso partilhar convosco a paz Crística interna que o Pai me deu".
Observai como isto inverterá a tendencia de vossa vida. Enquanto o homem comum não recebe as coisas de Deus, porque está muito ocupado recebendo as ninharias "deste mundo', o homem espiritual não só está sempre recebendo, mas dando. Tem a capacidade de discernir que esses tesouros espirituais não podem ser guardados. Precisam sempre ser expressados e deixados fluir de dentro para fora. E, assim, secreta e sagradamente, os levareis para dentro de vosso lar, do vosso negócio e, depois, deixa-lo-ei fluir para o vosso inimigo.
"PAI, PERDOAI-LHES PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM". Se me pedires dar-vos-ei as águas vivas e nunca mais tereis sede. Dar-vos-ei carne e nunca mais tereis fome. Vim para que podesseis ter vida e para que possais recebe-la mais abundantemente".
Enquanto praticar a meditação contemplativa procurai pensar no que está fluindo através de vós para o mundo, ajudando a estabelecer a paz na terra. Não tem havido paz na terra porque tantos indivíduos estão tentando obte-la. Mas poucos são os que tratam de traze-la, expressá-la e distribuí-la.Se for para haver paz na terra o Mestre claramente revela que eu devo traze-la a este Eu, o Eu de vós, o vosso divino Filho. Se for para haver paz no mundo VÓS devereis traze-la, da mesma maneira como a trouxestes aqui e como estais aprendendo a leva-la para o vosso lar e para as vossas atividades em geral. A paz não estará aqui enquanto não for trazida por vós. O que tendes em vosso estado de consciência?
Eu tenho a paz que ultrapassa o entendimento e posso levá-la para onde eu quero, onde quer que eu esteja, porque em minha presença hà realização. O lugar onde estou é um chão sagrado, porque o cristo vive em mim. O Cristo interno é plenitude e onde o cristo está existe Paz. Trago, portanto, paz ao meu corpo. Trago paz e quietude à minha mente, e trago paz, calma e abundância para vós, pouco importa qual deste "vós" sois. Trago-vos a Graça de Deus. Vai e faz a mesma coisa! A Influência Fomentadora de Verdade Joel S. Goldsmith - Excertos de Deus, A Substância de Todas as Formas - Fonte: Cuidar do SerTodo ensinamento metafísico traz um grande objetivo - alcançar, em alguma medida, A CONSCIÊNCIA DE DEUS. Até este ponto O Caminho Infinito pode concordar. Contudo, ele difere da crença teológica tradicional que ensina ser o paraíso um lugar a ser atingido somente após a morte. Todos os ensinamentos metafísicos sabem da possibilidade de o paraíso ser atingido aqui e agora. Em todos eles, sejam seus métodos iguais aos nossos ou não, a intenção é a realização da cura espiritual e da atuação de Deus na experiência individual - em nosso corpo, nosso negócio, em nossa vida familiar - e nas atividades do mundo.
Num curto espaço de tempo, os escritos de O Caminho Infinito foram largamente distribuídos e postos em circulação pelo mundo. Quando lidos com mente aberta, são aceitos não somente pelos metafísicos independentes ou por integrantes de movimentos metafísicos organizados, mas até mesmo pelos membros das igrejas ortodoxas. Nestes textos, aqueles dotados de objetivos espirituais estão descobrindo uma base de encontro. A verdade contida na mensagem está rompendo e dissolvendo os preconceitos, intolerância e aversões entre as crenças religiosas, bem como inimizades, temores ou intolerâncias. Tais elementos somente podem existir enquanto perdurar a crença numa egoidade apartada de Deus.
Toda a verdade contida nesta mensagem é realmente a Verdade dita por SI, e a sua influência fermentadora trará por fim a união à conscientização da Unidade da Consciência. Esta união não se refere a um sentido de organização, mas trata-se de uma junção na abertura de nossa própria consciência rumo à unidade do ensinamento da verdade; uma união no sentido considerado por Jesus quando falou ao seus discípulos: "Porque quem não é contra nós é por nós". Os metafísicos do mundo tentam a sua unificação pela compreensão de Deus como Onipresença. O ensinamento de todos eles é fundamentado no postulado de que é Deus a mente individual, Deus a vida individual, Deus é a Alma individual. Portanto, não deveria haver nenhum senso de divisão entre eles, tampouco algum sentimento de que um deles é melhor que o outro ou possuí mais verdade do que esse outro. Tão logo exista um sentimento de superioridade ou de comparação, a consciência não se encontrará aberta à unidade e universalidade da verdade.
Você nunca irá encontrar Deus em um livro. Se quiser encontrar Deus, conhecer Deus, você deverá voltar-se para dentro de si mesmo e encontrá-LO no "Lugar Secreto" . Você não poderá ver Deus, mas tomará consciência de Deus dentro de seu próprio ser; poderá perceber e sentir a Sua presença. Enquanto os seus pensamentos estiverem no exterior - nas coisas que você vê, ouve, prova, toca ou cheira - você não poderá trilhar o caminho espiritual, o caminho infinito, pois não se pode ver, ouvir, provar, tocar ou cheirar a realidade do ser, a criação de Deus. O objetivo desses escritos e de todo estudo sobre eles não é apenas obter conhecimentos sobre a verdade. O conteúdo das mensagens sobre a verdade do ser é tão simples que até as crianças conseguem facilmente entendê-la. Você inclusive irá notar que três quartos de tudo que for lido sobre a verdade será esquecido, quando aquele senso de Deus como sendo Onipresente tornar-se aparente.
É este o objetivo de estudo: elevar a consciência ao ponto em que aquele senso de Onipresença seja atingido. Com esta meta alcançada, o trabalho de cura passa a ser realizado com um sorriso, e não com esforço mental. O suprimento, a integridade, a plenitude - tudo isso vem a nós apenas com um sorriso. É um sorriso especial, vindo de Deus, como que conhecendo que aquilo aparecendo como um ser humano é nada, e, ao mesmo tempo é tudo, se visto sob o ângulo da identidade espiritual. Habitue-se a conscientizar que o poder, a qualidade, a quantidade e a realidade nunca estão naquilo que está formado, mas que realmente estão no Princípio, Alma ou Consciência que produz toda forma existente.
O Homem não Nasceu para Chorar Joel S. Goldsmith - Excertos do livro do mesmo nome- Fonte: Cuidar do SerPrefácio - Desperta!Geralmente as pessoas procuram um caminho ou estudo espiritual, por que sentem a necessidade de melhorar ou ajustar alguma condição em sua vida. Sentem que não encontraram a plenitude de viver; que não estão felizes. Reconhecem que sua saúde ou algum outro aspecto de sua vida não é satisfatório. Em suma, estão buscando o "elo faltante". Não estão procurando Deus por Ele mesmo, mas, sim, o aprimoramento de sua vida na terra o ajustamento de suas atividades terrenas.
É verdade que as verdades espirituais sempre trazem benefícios práticos à nossa vida, mas posso assegurar-lhe que você terá tudo o que espera humanamente, no estudo da Verdade, porque não está na natureza do ensinamento espiritual dar-lhe todas as boas coisas que você gostaria de ter. Sua saúde poderá melhorar; você poderá alcançar maior prosperidade ou outra forma de felicidade humana, mas não a totalidade do que espera.
Com o tempo verá o porque disto. Perceberá que é orar em vão, quando tenta realização humana através das verdades espirituais.
Percebemos claramente, através da mensagem de cada místico, que o objetivo da senda espiritual é "morrer para a experiência humana" e "renascer do Espírito". Por eles aprendemos que o reino verdadeiro, o reino espiritual ou místico "não é deste mundo", ainda que considerássemos este mundo como sadio, sábio e próspero.
A sendo mística lhe ensina que a meta da vida não é uma meta metafísica para uma saúde melhor, para um lar mais confortável, ou um carro mais caro, ou uma esposa ou esposo satisfatório. A meta é libertar a alma do tumulto da existência humana, especialmente do túmulo da mente humana.
Se você dispõe de tempo para períodos de introspecção ou contemplação, procure sentar-se, acalmar-se e ver até que ponto você está aprisionado em seu corpo e em sua mente. Note o quão pouco você conhece, a não ser aquilo que você encontra lá. Então, constatará que toda a experiência humana é uma vida em prisão.
Efetivamente, cada ser humano vive preso à sua mente e ao seu corpo e, via de regra, durante sua vida inteira jamais se liberta dela. A maioria das pessoas - até mesmo as de elevada educação - acha que, o que não está na mente e no corpo, não tem realidade ou existência. O que se nota é que, quanto mais culta a pessoa é, maior é a sua prisão dos conceitos mentais.
Devidamente compreendida, a vida é uma aventura. Tal como o bebê, quando começa a engatinhar, se deslumbra com o mundo fora de seu berço, de seu quadradinho ou cadeirinha alta, embora bata sua cabeça ou queime os dedos no fogo, explorando cada canto da casa, assim deverá ser a nossa vida.
Infelizmente, com o tempo, a criança alcança a adolescência e perde todo interesse pela busca ou desejo de aventura. Pode haver um intervalo de curiosidade quanto ao sexo, mas quando ela é satisfeita nada mais resta no anseio da pessoa. A vida passa a ser vivida pelo que é gravado no corpo e na mente.
Felizmente, há alguns exploradores - artistas, aventureiros da alma para os quais a vida não perde o seu fascínio. Eles tentam alargar os seus horizontes nas esferas mental, física, artística. Muito poucos são os que buscam no campo da alma.
Pense um pouco na palavra "alma". Constate como você sabe pouco a respeito dela. E um grande número de pessoas conhece ainda menos que você. Você teve oportunidade de ler muitos escritos e tem estudado algo sobre o assunto. Sabe que a maior compreensão deste tema é a maior experiência a que um individuo pode chegar.
A alma está aprisionada no túmulo que chamamos "experiência humana": o túmulo da mente e do corpo. Se desejamos alcançar experiências da alma, temos de romper as barreiras do corpo e da mente. A isto, Jesus, nosso Mestre, chamou "de não nos preocupar com nossas vidas, mas de buscar o Reino de Deus - a esfera de Deus: a Alma". Mas violamos este ensinamento ao supor que a vivência de Deus ou da Alma consiste em melhorar as condições materiais de nossa vida. Mas as instruções divinas são claras: de não nos preocuparmos com esta vida, seja qual for o seu aspecto, corporal ou mental - e alcançar a consciência de um rumo mais elevado, de um objetivo ou significado mais alto em nossa vida.
A razão deste tema da Alma ser tão minimamente conhecido é porque se fala de Deus, sem compreender que Ele é a própria Alma do homem. Você nunca poderá contatar e sintonizar o Reino de Deus em você, enquanto não tomar consciência de sua própria Alma. Esta busca e este encontro é uma real aventura, porque você tem que deixar de lado os apegos ao corpo e aos conceitos mentais, partindo rumo ao que lhe é humanamente desconhecido.
O almirante Bird, quando se aventurou às regiões dos Pólos Norte e Sul, não sabia o que o esperava e nem tinha certeza de que encontraria um caminho de retorno. Deixou as águas familiares e seguras e foi para lá, embora sabendo que muitos exploradores tinha ido aos pólos e nunca mais tinham voltado. Todavia, Bird estava disposta a ir além do sentido de preservação de sua vida, em busca do desconhecido.
De modo parecido, na busca da Alma, você não tem absolutamente meios de saber o que irá encontrar e nem a garantia de que poderá retornar. Aqueles que foram antes de você não deixaram mapas. Não disseram como ir e como voltar. Sabemos que o roteiro é o caminho da meditação e um bom Mestre pode servir-nos de Guia. Contudo, até mesmo esse Instrutor só pode guiá-lo na prática da meditação. Depois você será entregue a você mesmo.
Alguns ficam tão assustados à primeira visão do campo da Alma que, ao voltar, nunca mais se aventuram de novo para aquele lado. Deus é Luz. Entrar, face a face, com essa Luz tão ofuscante e cegante em sua intensidade, é mais difícil do que encarar diretamente o sol físico, em sua maior luminosidade, do meio dia. Portento, se isto parece assustador, você deve mesmo munir-se de um espírito aventureiro, para realizar mais do que espera. Não que Deus seja assustador: os sentidos humanos é que se assustam ante o desconhecido. Na realidade, nada existe a temer nessa busca.
De modo geral, o progresso no caminho espiritual é muito gradual, de modo que o trajeto inteiro se transforma em alegria. Aqui e acolá haverá experiências momentaneamente assustadoras, ou melhor, surpreendentes, por que diferem do que você esperava. Por exemplo: você pode ter esperado que cada dia lhe traria experiências alegres. Mas, tais momentos são poucos. Os períodos de escassez e vazio, o sentimento de parecer isolado ou separado de Deus - são muito mais freqüentes. No entanto, estes são mais necessários para o seu desenvolvimento espiritual do que sentir-se numa nuvem cor-de-rosa. Não é bom que você se sinta satisfeito, porque não deixará nenhum espaço, nenhum vazio, para algo novo e melhor entrar. Você precisa perder seus equivocados conceitos acerca de Deus; você deve deixar de lado tudo o que esperava de Deus.
Eu gostaria de escrever um livro com a titulo: "DEUS PAPAI NOEL", porque é esta a idéia de muita gente a respeito de Deus. Esteja seguro de que ninguém pode entrar no Reino da Alma com tais idéias. Você deve abandonar tudo o que até hoje esperava no sentido humano de companheirismo. Você gostaria de contar a seus chegados tudo o que você pensa e faz; você gostaria de partilhar com eles todas às suas alegrias e êxitos. Mas no caminho espiritual você não pode fazer isto porque, aqueles que não trilham este caminho não estão em condições de avaliar e de partilhar de tais experiências. Só mesmo em raras oportunidades você poderá encontrar alguém com quem partilhar estas coisas. Porém, mesmo em tal hipótese, você descobrirá que algumas coisas devem permanecer ocultas com você para sempre.
Isto explica a solidão do Mestre em Seu ministério de três anos. Quando Ele quis revelar alguns segredos da vida quadridimensional, só pôde levar com Ele três de seus mais íntimos discípulos. Os demais discípulos não tinham condições de assistir à transfiguração e defrontar Moíses e Elias, que tinham vivido muitos séculos antes. Não poderiam compreender como eles viviam ainda e permaneciam exatamente lá onde eles estavam, comunicando-lhes Sua sabedoria. O Mestre não falou desta experiência aos demais nove discípulos. E mesmo aos três escolhidos, estou certo de que havia segredo que ele não podia comunicar. Esta é a "solidão" ou "silêncio" que guardamos, ao compreender que não podemos falar das experiências espirituais, senão com raríssimas pessoas.
No momento em que você toma contato com a Consciência mais elevada, sua visão se expande, abrangendo fatos presentes, do passado e do futuro. É como você ficar de pé, no terraço de um alto arranha-céu, de onde você pode descortinar, num ângulo de 360 graus, milhares de quilômetro em todas as direções enquanto que, no mesmo instante, um homem, na rua lá embaixo, só pode tomar consciência do que lhe esta próximo. Nos planos mais elevados de consciência, o passado, o presente e o futuro ganham imensas amplitudes (não relacionem com quiromancia ou cartomancia). Então podemos compreender como os profetas da Bíblia previam o que ia acontecer e podiam prevenir em tempo, os males que se anunciavam se continuassem agindo de modo errado. Mas eles foram muitas vezes castigados pelos teimosos reis. Da mesma forma, se você começasse a falar de certas experiências, além de você profanar e arriscar-se a perder essa percepção encontrará descrença e escárnio, porque não podem compreender o que não vivenciaram por eles mesmos. Eles não podem compreender. E você perderá muitos companheiros na senda espiritual.
Há uma razão prática para empreender a aventura espiritual: com aquilo que conhecemos até agora, é possível trabalhar, por trás dos bastidores, para mudar o curso de eventos futuros. Isto é conhecido dos místicos que se acham no outro lado do véu. Na medida em que eles acham homens e mulheres receptivos às necessidades espirituais, são capazes de lhes comunicar sua sabedoria. Assim, aqueles que estão agora na terra, podem exercer uma influência auxiliadora no ajustamento das condições humanas.
Porém, mesmo sem isto, a aventura valeria a pena, porque ela liberta nossa alma das limitações. Liberta-o da repetição monótona cristalizante de levantar-se, trabalhar, comer três vezes ao dia e depois ir para a cama à noite, para repetir tudo no dia-seguinte. Uma prisão!
O ser humano não foi creado para ser um escravo - física, mental e economicamente. O propósito essencial do homem é manifestar a sua natureza divina. Ele foi creado para ser um instrumento consciente de Deus na Terra - como rezou São Francisco. Tal é o sentido da encarnação: Deus feito homem individual. O Filho pródigo simboliza "o caminho perdido" e mostra que o ser humano pode e deve encontrar a via de regresso ou retorno à "Casa do Pai" - ao estado de consciência divina, lá vivendo como herdeiro de Deus, revestido do manto de uma mais alta consciência, do anel de herança e união, no usufruto da glória de Deus.
O homem não nasceu para chorar. Todos as suas lágrimas são derramadas tão somente porque ele sente a sua limitação. Cada lágrima que você derrama é sinal de alguma restrição que você está experimentando em sua vida. O homem não nasceu para chorar! Quanto mais você procurar, dentro e em torno de seu corpo e de sua mente, tanto mais limitado e preso ficará. Não tenha a ilusão de que você é livre de seu corpo e de sua mente. Quanto mais você estudar a Verdade e observar os movimentos internos e seus impulsos, mais verá a necessidade de libertar a sua alma dos grilhões dos hábitos e crenças deste mundo. E quanto mais você o conseguir, elevando-se ao reino de Alma, até a aproximação dela, seu corpo e sua mente se tornarão mais receptivos ao governo divino interno e sua vida requererá menos atenção humana.
Eventualmente você também poderá ser destas limitações por um ato da Graça. Alguma coisa lhe acontecera - não por você sentar-se e simplesmente esperar por ela. Acontecer-lhe-á se você mantiver seus pensamentos focados em direção do Alto, como foi dito por Isaías (26:3): "Tu, Senhor conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está firmada em Ti". "Reconhece-O em todos os teus caminhos e Ele te orientará" (Prov.3:6). "Na quietude e na confiança está a tua força" (Isaías 30:15). Neste sincero esforço, de sintonia é que você pode receber a Graça, que eventualmente o libertará. Agora você pode compreender porque os anjos são imaginados e representados com asas: porque os pensamentos voam, pairam. Estas experiências sublimes se dão no topo da montanha: nas sublimes alturas da consciência. Quando a Alma é liberada, ela voa para a alto, não no tempo e no espaço, mas em consciência. Não fica mais ancorada no chão. Não permanece mais enterrada no corpo e na mente carnal. Torna-se uma consciência ascendente, uma faculdade das alturas.
Quando uma pessoa passa pela experiência da morte física, supomos erroneamente que sua alma deixa o corpo e voa para o alto. Não é pela morte do corpo que isto acontece: é quando aprendemos a morrer diariamente para corpo e a mente. Então sim a Alma é liberada gradualmente para um estado mais elevado de consciência. Isto devemos alcançar enquanto estamos bem vivos, "por causa da morte para o sentido humano do ser". Este é o dia em que você se liberta do túmulo do corpo e da mente e libera a sua Alma. Embora isto seja ensinado simbolicamente - como em todos os ensinamentos místicos, há quem o interprete literalmente, assim como fazem na história de Jonas na barriga da baleia, que simboliza o aprisionamento do homem nas crenças humanas.
Você sabe que tem um corpo e que tem uma mente, mas ainda não chegou a conhecer o verdadeiro Ser que você é e que tem esse corpo e essa mente. Conhecer essa real identidade é a aventura de sua vida: o seu despertar pare o real Ser que você é: essa Alma que vive. Você precisa de primeiramente conhecer esse você que é essa Alma. Em seguida poderá começar a exploração, a busca, até encontrar-se! Esta é a razão de sua vida na terra. Esse Ser espiritual que jamais nasceu e jamais morre e que momentaneamente está sepultado num "parêntesis", buscando saída, para dar um pleno propósito ao seu viver! Se você procurar em seu corpo, dos dedos do pés ao topo da cabeça, tentando localizar onde está esse Eu espiritual, descobrirá que Ele não se encontra em nenhuma parte de seu corpo. Então lhe virá a primeira sugestão: "Se não estou neste corpo, onde estou? O que eu Sou?" Aí começa a busca do homem creado por Deus. E a grande aventura se inicia!
É melhor que você guarde todas estas descobertas para você mesmo. Jamais acredite que poderá encontrar alguém que tenha exatamente as suas experiências. Então, um dia, quando você se encontrar conscientemente fora de seu corpo e compreender que EU SOU EU - será capaz de ver que Deus implantou a plenitude dEle em você, de modo que nada lhe pode ser acrescentado e nada lhe pode ser tirado. Verá que você se encontra na plenitude do Ser, em Deus. A partir desta experiência, você não procurará nada mais lá fora, mas estará livre para partilhar doze cestas cheias a cada hora do dia, sem qualquer pensamento de que esteja esgotando seu interno suprimento. Você passará a desfrutar a vida com alegria; a viver o céu na terra. Mas isto, só depois de você ver o EU SOU que você é, não limitado no corpo e em crenças materiais - senão um Ser incorpóreo, espiritual, onipresente, livre!
A parir deste instante você compreenderá o que foi dito: "As armas não atingem a vida; as chamas não a queimam; as águas não a podem afogar - pois você é o Eu, conscientemente realizado à semelhança de Deus, indestrutível, indivisível, inseparável de Deus. Nem a vida e nem a morte poderá separá-lo da Vida-Deus-Amor-Plenitude!"
O Novo Ano espiritualSe o início de um ano novo é encarado apenas como o começo de um calendário, não tem qualquer significado e nem suscita qualquer esperança ou boa expectativa, para mim para você ou qualquer outra pessoa.Nesta época sempre se trocam as tradicionais saudações de "Feliz Ano Novo".
Todavia, por bons que sejam os desejos que damos e recebemos, eles não tem o poder de atrair felicidade, paz, harmonia, prosperidade ou vida nova, naquele ano que começa.
No dia de ano novo os jornais vem cheios de predições para a ano vindouro: horóscopos, estatísticas, opiniões de homens públicos, na tentativa de predizer o que acontecera. Sabemos que tais prognósticos são muito pessoais e, por isso, cada um chega a conclusões diferentes.
Seria interessante reler as predições feitas no ano anterior para ver quão pouco dessas previsões aconteceram. As predições e desejos não têm poder para trazer qualquer coisa nova à nossa experiência. Não queremos com isto, desanimar vocês. Ao contrário, desejamos encorajá-los, mostrando-lhes que as predições não tem qualquer influência em seu novo ano individual. Queremos que saibam que os resultados do ano vão depender do modo como vocês vão encarar e agir, por vocês mesmos. Vocês é que vão determinar o que será o novo ano!
O Poder de um IndivíduoCada pessoa tem uma influência tremenda, não apenas sobre a sua própria vida, como sobre a vida dos que lhe são próximos e queridos. Mais ainda que isto tem a possibilidade de influenciar o mundo Inteiro. De fato, o curso da história muitas vezes tem sido alterado por uma pessoa.
A eleição de 1960 nos Estados Unidos é um bom exemplo do grande poder que um indivíduo pode exercer. Uns poucos votos mudaram os resultados em alguns Estados e, menos de um por cento determinou o resultado da Nação inteira. Não pensemos, pois, que temos pouco poder para mudar o curso da história de uma nação ou do mundo. Um voto ou uma dúzia de votos pode mudar o curso dos acontecimentos. Não precisamos citar os exemplos mais expressivos, de homens como Moisés, Buda Lao Tsé, Jesus - para mostrar a enorme influência que exerceram em seu tempo e sobre a posteridade. Ninguém pode prever como, num único ano, uma pessoa ou um grupo de pessoas pode provocar mudanças expressivas num país ou no mundo. Seja qual for a transformação provocada, ela começa com o indivíduo e depois se amplia, afetando a experiência dos outros. Portanto, comecemos individualmente, com você ou comigo. Saibamos que o Novo Ano não tem, em si mesmo, qualquer poder para ser diferente do ano anterior. Em outras palavras, neste ano que começa, à semelhança de todos os anos anteriores, alguns virão a ser mais sadios; outros adoecerão; alguns prosperarão; outros empobrecerão. Terá bênçãos e problemas, mas estes não poderão perturbar igualmente todas as pessoas, nem todas as cidades nem todas as comunidades.
A Consciência é o SegredoQual a causa de o novo ano ser diferente para cada pessoa? A resposta, como sempre, pode ser encontrada numa só palavra: "CONSCIÊNCIA". Em nossa natureza, cada qual atinge um estado ou grau de consciência. Seja qual for a nossa experiência externa, ela é sempre determinada por nosso estado de consciência. A palavra "consciência" encerra, portanto, o inteiro segredo da vida individual e coletiva; o segredo da harmonia ou da discórdia.
Em nossos tempos de moço temos pouco ou nenhum controle sobre a nossa consciência, devido ao controle e domínio que nossos parentes mais velhos tiveram sobre nós. Eles nos determinaram um padrão em nossa consciência. Na realidade, nesse tempo fomos um prolongamento da consciência deles -- de suas atitudes e defeitos. Além disso, alguns nascem cheios de esperança, paz, alegria e segurança, enquanto outros vêem o mundo com dúvidas, medos e ansiedades.
Todos conhecemos crianças que eram realmente bonitas em seus primeiros anos de vida -- um reflexo da consciência de seus pais. Mais tarde, quando passaram a exercer a própria consciência, muitas vezes perdem esta beleza, este atrativo que tiveram em criança: tinham nível inferior de consciência em relação aos pais. Mas quando tem o, mesmo nível, conservam a mesma aparência da infância. Por outro lado, ha também "patinhos feios": pessoas que, ao atingir a fase adulta e assumir sua própria consciência individual, bem superior a dos pais, desabrocham em beleza quando se libertam da influência deles.
Complexos de inferioridade e de pobreza são também muitas vezes impingidos às crianças, pelos pais e, somente quando se libertem dessa influência é que podem florescer e expandir-se.
Como crianças, não somos responsáveis, uma vez que sofremos a influência dos adultos. Só quando adquirimos a idade para tomar as próprias decisões e viver as nossas vidas, libertando-nos das influências da infância (as inconvenientes) ou aproveitando-as (as que foram sadias) é que assumimos a consciência individual e a desabrochamos a nosso modo.
A educação, a formação, é necessária, mas devemos depois adquirir um padrão sadio de pensar, revendo as influências que sofremos na infância e recolhendo apenas a que nos seja edificante.
Poucos indivíduos atingem a liberdade interna suficiente para viver suas próprias vidas, ao atingir sua faze adulta. Usualmente, enquanto estão na terra, continuam a viver a vida dos outros, condicionados pelos padrões de sua comunidade, de sua família, de seus amigos. São incapazes de superar tais influências ambientais porque não foram orientadas no sentido de que cada indivíduo é uma consciência individual, com capacidades próprias, características singulares, dirigido por uma Consciência divina interna, para livrar-se de todas as influências externas, ambientais, da época, da propaganda e começar a viver "na liberdade com que Cristo nos libertou".
A nós, que tivemos a ventura de ser dirigidos a um ensinamento metafísico ou espiritual, é dada a oportunidade de "sair dessas influências" para tornar-nos nós mesmos. Já nas primeiras experiências com os ensinamentos espirituais, aprendemos que existimos como consciências e que Deus é a substância primordial, a Essência e a Lei desta consciência nossa. Portanto, podemos e devemos demonstrar a Graça de Deus, em vez de ficarmos restringidos e condicionados pelas influências físicas, mentais, morais ou financeiras sob as quais nascemos. Em verdade vivemos pela Graça de Deus. Podemos ficar acima de tudo o que se passa no mundo. Nosso bem não deve depender das condições externas favoráveis e nem pode ser despojado pelas circunstâncias adversas ou negativas. Devemos ficar acima da consciência das massas e começar a viver as nossas vidas como indivíduos.
Só então é que chegamos ao novo ano. É inútil nutrir a esperança de que os meses vindouros nos tragam algo de novo, simplesmente porque ainda não os vivemos. Nossa grande e única esperança está na transformação da consciência, que nos trará uma mudança interna. Esta melhora de consciência é que pode tornar o ano NOVO, melhor que no passado, mais rico, mais profundo, mais harmonioso e mais saudável. O novo, em nós, suscita o novo, fora: nas circunstâncias e nas pessoas!
"A carne milita contra o Espírito e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja de vosso querer" (Gálatas 5:17).
"Sois o santuário de Deus. Retirai-vos dos ídolos e não toqueis em cousas impuras, e Eu vos receberei". (II Coríntios 6:16.17).
Reconheça a Presença interna concordando com a necessidade de transformação de consciência, para tornar o ANO NOVO melhor em todos os sentidos, cabe-nos determinar: "Qual deve ser esse novo estado de consciência?".
Nossos estudantes sabem que uma consciência imbuída da Verdade sempre expressará condições harmoniosas em sua vida. Sabem que nossa vida é um reflexo do grau de Verdade imbuída em nossa consciência, isto é, a qualidade da Verdade com que nossa consciência está construída.
Se bem que seja verdade que Deus constitui a nossa consciência e, portanto já possuamos a plena, completa e perfeita consciência espiritual, devemos compreender que essa perfeição é potencial, disponível, demonstrável. Cabe a cada um de nós revelar aos poucos essa perfeição, por um trabalho individual na Verdade; pelo empenho em nossos deveres, até que a Presença seja realizada em plenitude, à nossa consciência. Sem um contínuo reconhecimento desta Presença Interna, ficamos hipnotizados pela consciência de massa e sujeitos a ela. Ficamos sob a lei de acidente: se coincidir de ser um novo ano progressista, de boa saúde, talvez partilhemos disso. Mas se acontecer um ano economicamente depressivo, de epidemia, também disso partilharemos. O modo de evitar fazer parte da consciência de massa -- esse viver robotizado, movido pelas crenças mundanas -- é começar e terminar nosso dia em estado de oração. É manter-nos vigilantes na consciência de nossa real identidade, como filhos de Deus, vivendo uma própria vida e não a vida dos outros, assim como não buscamos que os outros vivam nossa vida. Deus é que deve viver em ou como nós.
"Deus, no meio de mim, é poderoso". Há uma Presença divina que vai diante de mim "para endireitar os caminhos tortuosos" (Is.45:2). Há um Poder e uma Presença espirituais dentro de mim, que é a lei de ressurreição sobre toda a experiência humana; sobre os meus negócios e meu corpo; sobre minha profissão e minha saúde. Há uma influência espiritual que restaura até mesmo "os anos perdidos do gafanhoto".
Devemos aprender a conscientizar a Presença divina em nós, muitas vezes ao dia, até que se torne uma constante. É isto que nos sobreleva a consciência da massa e nos capacita a viver sob a orientação de Deus, pela Graça. A Lei, a substância, o poder de Deus nos suprem, quando O reconhecemos em todos os nossos caminhos e conservamos nossas mentes focadas nEle. Só isto nos separa da influência da massa e salva-nos da experiência coletiva, capacitando-nos a ser uma Lei em nós mesmos.
Portanto, Sede Vós PerfeitosVimos a ser uma Lei sobre nós mesmos a partir do momento em que conscientizamos Deus em nosso intimo e aceitamos que Ele nos dirija; do momento em que reconhecemos nosso relacionamento como Filhos e Herdeiros dEle, em usufruto de todas as riquezas celestiais. Só pela consciente e compreensiva aceitação desta Verdade é que nos colocamos sob a Lei de Deus. Estamos sob às leis da humanidade, sob a Lei do Karma, sob a Lei de Causa e Efeito. Todas as leis que operam sobre a consciência humana, produzem seus efeitos sobre nós, individualmente, enquanto não atingirmos a realização espiritual e não demonstrarmos a plenitude da harmonia pela Graça.
O mandamento é: "Portanto, sede vós perfeitos como é perfeito a vosso Pai celestial". Elevando-nos gradualmente à perfeição é que nos separamos das leis e crenças que governam o mundo. Não há meio de um ser humano chegar a ser perfeito enquanto não reconhecer a perfeição potencial de Deus em seu íntimo, como possibilidade de alçar-se de "gloria em glória", sob a orientação divina, sob Seu Reino e Sua Lei. Só podemos ser perfeitos pela realização da perfeição divina que já está em nós. Este reconhecimento é importante para estímulo e esforço consciente de superação da influencia de massa.
Como dissemos, esta perfeição não se ganha num instante. Devemos começar no ponto em que nós estamos, sem reclamar essa perfeição a nós mesmos, mas "esquecendo-nos das coisas que ficam para trás" e conscientizando que "Eu e o meu Pai somos Um". Esta unidade governa nossa vida com harmonia. É uma benção, mesmo na pequena medida inicial de nossa capacidade. Ninguém, neste momento, está exprimindo a plenitude de Deus. Mas podemos regozijar-nos se, em alguma medida, já podemos demonstrar a capacidade de separar-no da consciência de massa; se, em alguma proporção podemos apartar-nos dos erros, doenças e limitações a que estaríamos sujeitos num viver comum.
Não caiamos no mesmo erro de alguns estudantes metafísicos que desanimaram e desistiram do esforço, por não haverem demonstrado harmonia e liberdade interior completas. Ao contrário, alegremo-nos a cada pequeno avanço neste sentido, em nossa experiência, pois é prova de que estamos nos aproximando da mais alta realização, que será seguramente alcançada, se persistirmos neste caminho.
De nada nos vale saber, ler, pensar, que a sintonia com o Divino interno é benéfico. É preciso praticar! É indispensável buscar essa sintonia, para conquistá-la aos poucos. Se não a buscamos, quando a realizaremos?
Nossa vida, neste ano, pode ficar sob a orientação e governo amorosos de Deus, na medida em que aceitarmos e praticarmos esta verdade e nela persistirmos. Não há meio de a Lei ou a Verdade espiritual tocar-nos com a Graça, se não as aceitamos e não as buscamos conscientemente. Depende só de nós: é algo intransferível; ninguém pode fazer por nós, por mais que nos ame e por mais estreitos que sejam os laços que nos unam. Lembremos: mesmo depois de três anos de intimo convívio com o Mestre, Judas O traiu; os demais discípulos (com exceção de João) O abandonaram, quando Ele mais precisava deles. Isso mostra do quão convictos devemos estar da Verdade, para abraçá-la e demonstrá-la em todas as circunstâncias.
A Responsabilidade IndividualToda pessoa que participa de um ensinamento espiritual, recebe, em alguma medida, uma maior harmonia em sua vida, e se nele persistir, a Consciência do Instrutor ou do Praticista poderá ajudá-la ainda mais. Todavia, tal benefício é temporário a não ser que a pessoa, por ela mesma, procure desenvolver a sua consciência. O Instrutor ou Praticista, não pode dar ou garantir harmonia espiritual ao estudante, mas apenas erguer-lhe a consciência, abrir-lhe a compreensão, estimulá-lo. O despertar mesmo é de dentro para fora e só o estudante pode realizá-lo, se aproveitar o estímulo e fizer o próprio esforço, até que sua consciência se desenvolva.
Os pais não podem garantir o que os filhos menores virão a ser na vida, embora façam de tudo para prover-lhe padrões morais e espirituais que lhe sirvam de fundamento no confronto com a vida. Assim também é a relação do Instrutor com o estudante.
A criança, apesar de haver recebido orientação das mais satisfatórias no lar e haver-se mostrado obediente e comportada, quando adulta e se for para o mundo, poderá não aplicar e até desvirtuar a educação que recebeu, tornando-se uma dissipadora de sua geração. Quem pode prever a futura atuação do estudante espiritual?
Passos no Desenvolvimento da Consciência EspiritualQuando o estudante deste caminho se põe sob a orientação de um Instrutor, é-lhe ensinado que o primeiro e importante passo que deve dar, é o do RECONHECIMENTO CONSCIENTE do governo de Deus; é submeter-se, sincera e voluntariamente à orientação do Divino interno, como Sua Lei e Substância. Deve praticar diariamente a conscientização da Presença interna, recordando-se constantemente dela como inspiração e ajuda; como poder que supera qualquer problema ou desafio na vida exterior.
Com esta prática ele chegará à firme convicção do que disse o Mestre: "Eu venci o mundo". Que desejou o Mestre significar com isto? Que havia alcançado um alto nível de consciência, onde não mais podia ser afetado pela consciência de massa, ou leis mentais e materiais. O comportamento dos governos, a segurança do mundo, o clima, as flutuações econômicas, os alimentos, as crenças reinantes, os eventos todos -- nada disso já o podia afetar. Ele havia atingido tal alto nível de consciência que lá só podiam funcionar as leis espirituais.
Os primeiros passos para o alcance desse elevado estado de consciência são:
a) o reconhecimento da Presença interna;
b) o reconhecimento de que esse Espírito interno é o único poder, a única Lei e a única Realidade.
Desde manhã, através do dia, até à noite, somos bombardeados pelas crenças mundanas em poderes materiais, mentais e legais. Devemos estar alertas para não nos deixarmos afetar por elas. Cada um de nós deve conquistar algum grau de reconhecimento de que o único poder real é o espiritual: a Lei, a Vida espiritual, onipresente. As leis materiais e mentais não têm poder - a não ser o poder que lhes damos quando nelas acreditamos. Eis a Verdade que liberta os homens das restrições deste mundo. Este é o principio básico; a serena e firme convicção de que devemos chegar: o poder espiritual é a única realidade!
Deste modo podemos começar a compreender, ainda que em pequena medida, o que disse o Mestre: "levanta-te, toma o teu leito e anda!" "Estende a tua mão!" Jesus quis dizer: Qual o poder que pode existir fora de Deus? Há outro poder que não seja Deus? O erro será um poder? Ou a doença? Ou o dinheiro? Será que existe realmente um poder fora de Deus e de seu amoroso governo? Gradual e seguramente também chegaremos àquele ponto em que podemos dizer: "Levanta-te, toma o teu leito e anda!" - porque aquilo que reconhecíamos como poder ou limitação, fora de nós (em virtude de nossas crenças em dois poderes: o bem e o mal) - já não representam poder e nem limitação para nós. Enquanto aceitamos dois poderes, ficamos sujeitos a eles. Logo, o primeiro passo de realização que devemos fortalecer, é de que há somente uma Presença e um Poder internos, que governam nossa vida e circunstanciais. E esse poder é espiritual. Essa Lei é espiritual. Essa atividade é espiritual. Tudo o mais é desprovido de poder, de presença, de continuidade, de causa e de efeito - porque não tem lei que o sustente. A única Lei é Deus e Deus é amor!
Assim, o Ano Novo é modelado por aquilo que realizamos em nosso íntimo. É verdade que ainda continuamos com nossas atividades, atendendo aos nossos deveres no mundo, cuidando de nossos negócios ou de nossa profissão - seja ela qual for - mas agora de forma diferente: governados pela Consciência crística interna.
Fixemos bem os dois pontos básicos:
1. Praticando a Presença divina em nós.
2. Mudar nossa consciência, da crença universal em dois poderes, para a compreensão e aceitação da verdade: que existe um só poder.
Estes princípios nos trarão desde o inicio, uma grande sensação de paz e de harmonia à nossa experiência. Em suma, através da prática, aprendemos que esta interna contemplação e a paz que ela nos traz, tem o poder de mudar a história do mundo - sem necessidade de comícios em palanques; sem esforços de proselitismo e nem revoluções religiosas, políticas ou econômicas. Este poder interno desvela novas idéias, novas invenções, novas descobertas.
Sim: a interna contemplação muda a história deste mundo e traz à manifestação os mistérios escondidos, que devem vir à tona, à luz, para estabelecera paz neste mundo. A Civilização ainda não se realizou O mundo gosta de acreditar que está vivendo num período de civilização, mas, na verdade, a civilização ainda não começou na Terra. Só os seus estágios iniciais são evidentes. Se a palavra "civilização" tem algum significado, deve ser o de "fraternidade" e isto se concretizará quando os homens se relacionarem como autênticos irmãos. Fora disto, só poderá ser chamada de animalidade. Qualquer fracasso em "amar ao próximo como a nós mesmos" mostra nosso discernimento da real civilização. Logo, não se pode dizer, em sã consciência, que a civilização tenha chegado à Terra, enquanto não houver amor ao próximo, como a nós mesmos.
A civilização deve começar em nós, dentro de nós, indivíduo a indivíduo, e elevada e multiplicada na família e na sociedade, ao nível referido pelo Mestre no "Sermão da Montanha", cujos conceitos vão além do desejo de revide, de desforra, de devolver mal por mal, da Lei de Talião, do "olho por olho e dente por dente". Cada um de nós deve realizar esta experiência!
Aquilo que somos por dentro, torna-se evidente a todas as pessoas que nos conhecem de perto, de modo que a tranqüilidade, a paz, a quietude e o amor internos que atingimos, virão a ser uma experiência espiritual, sentida e avaliada por aqueles que nos circundam. A falta disso é também sentida por todos. Este é o motivo por que é importante que nossa vida, no Novo Ano, seja governada pela Graça do Divino interno: devemos exprimir autêntico amor ao próximo e uma maior confiança na Verdade. Devemos compreender, com todo o nosso Ser, que o único poder é espiritual e ele esta em nós, mais perto do que os pés e mãos, mais próximo do que a respiração.
Podem compreender agora a importância de sentir o poder espiritual em nós, acompanhando-nos aonde vamos - em alto mar, debaixo do mar, na terra ou no ar, em hospitais, em prisões, em nossos lares ou qualquer outro local que visitemos? Aonde quer que formos levaremos em nós esta Presença e Poder espiritual de Deus. Mas é preciso que reconheçamos! Só quando conscientemente reconhecemos esta Presença e Poder é que nos podemos beneficiar. A consciência desta interna Presença e a plena fé, nela, é que torna santo o lugar em que estamos.
Quando imbuímos nossa consciência inteiramente desta Verdade é que somos libertados das influências mundanas e podemos dizer, como o Mestre: "Eu venci o mundo!"
A Mensagem das EscriturasSó pode haver uma meta para o buscador sincero: conhecer verdadeiramente Deus, como disse o Mestre: "Buscai primeiro o Reino de Deus (que está em vós) e todas as demais coisas vos serão dadas por acréscimo". Esta é a direção apontada por todas as Escrituras Sagradas e, por isso, elas assumiram um papel tão importante no destino da humanidade.
Cada grande Mestre creou sua própria Escritura -- uma mensagem adequada a seu povo. Em conjunto, elas compõem a literatura espiritual do mundo. Krishna, o primeiro homem de luz de que temos conhecimento histórico, deu ao mundo as primeiras Escrituras, incorporadas nos VEDAS e nos UPANISHADES (que inclui o Bhagavad-Gita) na tradição Hindu. A tradição chinesa é a herança deixada pelo iluminado Lao Tsé: o Caminho do TAO. Gautama, o Buda, incorporou à sabedoria indiana a sua mensagem e Shankara acrescentou o ADVAÍTA, Jesus Cristo nos trouxe a Sua Boa Nova, da qual destacamos o "Sermão da Montanha" -- um modo de viver pela Graça. O apóstolo Paulo nos deu mensagens de viver prático em Cristo que foram acrescentadas aos Evangelhos, em O Novo Testamento. Nanak trouxe o seu rico ensinamento aos Sikhs, na Índia. E a todas estas Escrituras, Mary Baker Eddy nos ofereceu sua Escritura Metafísica: "Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras", como acréscimo metafísico para nossa época.
Qual o propósito de todas estas Escrituras? A resposta está no próprio exemplo deixado pelos homens e mulheres que as escreveram ou transmitiram: eles atingiram a Consciência divina e se consagraram tão amorosamente aos demais -- ansiosos de partilhar as alturas que atingiram porque sabiam, por experiência própria, que não há plenitude de vida e nem meta maior na vida que a infusão de nossas consciências na de Deus, numa unidade de Graça inexprimível!
A Grande e Única DemonstraçãoAprender a importância da meditação (no sentido que lhe damos aqui) é um dos primeiros requisitos no desenvolvimento da consciência espiritual.
A partir de nossas capacidades intelectuais, de nossos conhecimentos e quantidade de informações adquiridas - nossa consciência espiritual se expande somente com o exercitamento da meditação. A consciência espiritual só pode ser desenvolvida no silêncio da receptividade e entrega ao Divino interno - não pelo pensar, ouvir ou ler. Um minuto real de silêncio interno nos desenvolve mais do que vinte e quatro horas de leitura. Eis porque, ouvir palestras, ler, estudar, devem ser meios que nos capacitem a alcançar aquele silêncio interno, conhecido como meditação. Quando meditamos e abrimos a Alma interna ou faculdade espiritual, não só podemos compreender melhor as coisas que conhecíamos nebulosamente, mas também coisas de que nunca havíamos ouvido falar.
Na quietude e no sossego do silêncio, tornamo-nos capazes de receber aquilo que não pode ser captado pelos ouvidos comuns. Quanto mais amiúde meditamos - não em extensão de tempo, mas por pequenos períodos, ainda que de apenas 1, 2 ou 3 minutos - tanto mais rapidamente desenvolvemos nossa consciência espiritual. E tanto mais a harmonia espiritual se manifestará em nossa experiência. Ao fechar nossos olhos e mergulhar na escuridão interna, lá encontramos o reino de Deus inteiro, pronto para derramar-se em nossa mente, em nosso coração, em nosso corpo, em nossas atividades e relacionamentos e até mesmo, em nossa carteira.
Fechar os olhos é uma atitude expressiva: de fechar as janelas dos sentidos para o mundo e abrir-nos ao Ser profundo. É convidar Deus ou o Espírito a ensinar-nos, a banhar-nos com Sua luz, a abençoar-nos com Sua plenitude. Ao aquietar-nos e entregarmo-nos, o Espírito Se exprime em nós como Graça. A Medida de nosso Ser é a Infinitude.
O primeiro e maior princípio deste Caminho - sobre o qual se fundamenta toda a sua atividade - é que Deus constitui o Ser individual - meu e seu.
Deus é a minha mente, a minha vida, a Alma, o espírito. Deus é a minha capacidade. Portanto, tenho acesso à Inteligência Infinita, à Vida eterna e infinita. Tenho acesso ao suprimento infinito, à harmonia infinita, à paz, à perfeição e a todas as coisas que representam a infinitude de Deus. Esta infinitude pode ser trazida à nossa experiência na medida de nossa compreensão da Verdade: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará". Notemos: não é a Verdade que liberta, mas a compreensão dela. Saiba, então: nada menos que a infinitude constitui a natureza e o caráter, a qualidade e a quantidade de nosso Ser.
Podemos demonstrar essa infinitude, na medida de nossa realização e atingimento dessa compreensão. O simples conhecimento de que Deus é a nossa Mente, não nos capacita a ser infinitamente inteligentes. Só a convicção de que Deus constitui a nossa Mente é que faz a sabedoria infinita de Deus acessível à nossa consciência individual, para fazer-nos compreender, saber, discernir e manifestar. Jesus disse: "Eu, de mim mesmo, nada faço". Podemos ir além e dizer: "eu, de meu próprio ser, não posso ser nada; eu, de meu próprio ser não posso ter nada; mas devido à minha sintonia ou unicidade com Deus, tudo o que o pai tem é meu". Esta infinitude de Deus torna-se individualmente nossa, por decorrência de nossa ligação com Ele; de nossa conscientização da Verdade.
A Presença de Deus é a única Demonstração Necessária"Não vos preocupeis quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir... Vosso Pai celestial bem sabe que necessitais destas coisas". Este é o principio sobre o qual a demonstração de nossa vida inteira deve ser fundada. Nunca devemos tentar demonstrar qualquer coisa em qualquer tempo: nem saúde, nem prosperidade; nem suprimento; êxito em negócios; harmonia no lar ou nas amizades. Se o fizermos, estaremos demonstrando a finitude ou forma - e toda forma é destrutível e limitada. Em vez disso, deixemos de nos preocupar com o que havemos de comer ou beber ou vestir, ou como seremos alojados ou como melhorar nossos relacionamentos. Devemos buscar, em primeiro lugar, a realização de Deus; a consciência da Presença de Deus. Então Ele aparecerá como forma finita: como suprimento, como companheirismo, como lar, como transporte ou como segurança.
Deus é a "salvação de minha face"; "O Senhor é minha rocha e fortaleza"; "Deus é meu rochedo e nele confiarei"; "Deus é a força de minha salvação e meu alto retiro"; "Deus é meu refúgio"... Então por que demonstrar saúde, suprimento, segurança? Nossa necessidade não é de demonstrar altos retiros, abrigos e fortalezas, mas demonstrar Deus, que é torre alta, a proteção real, o único poder capaz de nos sobrepor às perturbações de toda espécie, sejam bombas, pobreza, discórdia etc...
Neste Caminho não tentamos demonstrar paz, mas, sim, a conscientização da presença de Deus. Ao adquirir esta consciência, encontramos nossa paz, nosso descanso, contentamento, abundância e plenitude em todas as coisas.
"Onde o Espírito do Senhor está, ali há liberdade" - liberdade do verdadeiro sentido: liberdade, justiça, misericórdia, benevolência, abundância.
A base inteira de demonstração deste Caminho é a conscientização da presença de Deus. Só isto é que devemos demonstrar. Não há espaço para qualquer outra demonstração. Não conheço melhor meio para eliminar febres e caroços; nenhum outro modo mais eficaz para levar um desempregado ao emprego certo; ou harmonizar desentendimentos em família, ou melhorar os negócios ou comunidades. Temos harmonizado disputas entre patrões e empregados; temos trazido reconciliação entre membros de família e pacificado relacionamentos humanos. E como podemos realizar todas estas coisas? De um só modo: conscientização da presença de Deus!
Quando somos solicitados a ajudar, através da contemplação e reconhecimento da Verdade - o que chamamos de tratamento - elevamo-nos a um plano de consciência tranqüilo, onde a presença de Deus pode ser realmente sentida e realizada. Deus se torna, então, algo mais do que a simples palavra ou conceito mental: converte-se em Algo atual, real, uma Presença perceptível, vivenciada, tangível, dentro de nós. Quase poderíamos dizer que vimos que vimos Deus face a face ou, pelo menos, que muitas vezes sentimos o Seu toque!
Tenho sentido esta gentil Presença em meu íntimo e ás vezes fora de mim, pela contemplação de Deus; em meditar e habitar nEle como uma realidade sempre presente. Não importa o tipo de problema que estejamos enfrentando agora. A solução está em conscientizar a presença de Deus em nosso íntimo e deixar que Ele vá adiante de nós para acertar as coisas; que Ele caminhe ao nosso lado como proteção; ou atrás de nós, como real proteção. Deus não pode ser definido ou analisado, mas compreendido como uma Presença invisível.
Ninguém jamais comete o erro de tentar compreender o que Deus é. Ele está além de nossa compreensão, porque a compreensão é finita e Deus é infinito. Bem disse Maimônidas, o místico hebreu: "Dizer que Deus é, é tudo que se pode dizer ou conhecer de Deus. Dizer que Deus é bom, ou poderoso, ou presente, ou amor, nada mais é do que dizer que Deus é". Esse é o único e necessário conhecimento. Dizer: Deus é, é compreender que não apenas Deus é, mas que se encontra mais próximo do que a nossa respiração; mais perto do que nossos pés e mãos. Nesse reconhecimento, o lugar em que piso é solo sagrado e ouço o Pai dizer-me: "Filho, tu estás sempre comigo; tudo o que é meu é teu. Sim, tudo o que Eu Sou, tu és".
Todavia, da quantidade e qualidade da natureza infinita de Deus, só podemos demonstrar o grau de realização que tivermos atingido. No entanto, por pequena que seja nossa realização da Presença de Deus em nós, isso já produz milagres em nossa experiência! Deus aparece como cumprimento da necessidade do Momento.
Em "êxodo" é dito que, quando Moisés conduzia o povo hebreu para fora do Egito, eles eram guiados durante o dia por uma nuvem; e de noite, por uma coluna de fogo. Mas estou seguro de que ele nunca pensou em demonstrar estas coisas. Talvez, a única coisas que Moisés mais desejava era de contar com a presença de Deus; a certeza de que, aonde ele fosse, Deus iria com ele. Era a convicção de que ele não podia estar fora de Deus, porque "nEle vivia, se movia e tinha o seu ser". E Deus nele estava.
Foi por esta realização que a presença de Deus se manifestou como nuvem durante o dia e como coluna de fogo, durante a noite, e mais tarde, quando foi necessário, como o maná caído do céu. Será que Moisés pensou no maná ou apenas conscientizou Deus? Quase posso dizer que ele orou: "Pai, onde estou, Tu estás. Onde Estás, eu estou, pois sou aquilo que Eu Sou. Tu e eu somos um". Aprendemos que Jesus demonstrou a multiplicação dos pães e peixes para nutrir as multidões. No entanto, ele apenas olhou para o céu e conscientizou a presença de Deus. E este reconhecimento do único poder, do único suprimento, foi que multiplicou os pães e peixes, para atender à necessidade do momento.
Elias também demonstrou a presença de Deus quando, fugindo do deserto, era alimentado por um corvo. E também foi nutrido por bolinhos que uma pobre viúva partilhava com ele, com o óleo que não se extinguia; com a farinha que não acabava. Ele também tinha reconhecimento desta verdade: "Onde estou, Tu estás; onde Estás, eu estou, porque somos um". Foi assim que o suprimento lhe chegou no momento certo, pelo corvo e pela pobre viúva de Serepta. Mas estou certo de que Elias nunca pensou que um corvo lhe trouxesse comida ou uma viúva pobre lhe cozesse bolinhos.
Elias tal como é revelado pelas escrituras, era um homem que vivia, se movia e tinha o seu ser em Deus, constantemente, não vivendo, por um momento sequer, fora da Divina atmosfera. Ele nunca se preocupava com o que deveria comer, ou beber ou vestir. Ele tinha eus: isto lhe bastava!
O apóstolo Paulo demonstrou a mesma confiança: "A Minha Graça te basta!" Não foi dito que o dinheiro era a suficiência; ou a segurança; ou bens. Deus apenas disse: "A Minha Graça te basta!" E onde a Graça de Deus está, há plenitude. Nada de Deus pode ser limitado por tempo e espaço. A graça está além Não há tempo ou espaço em que Deus não esteja. Ele habita em plenitude, para manifestar as coisas segundo as necessidades.
"Em Tua Presença há abundância de alegrias; em Tua mão direita há delicias perpetuamente". Por que preocupar-nos, então? Basta-nos a Presença de Deus! Quando estamos em Sua Presença, estamos na presença da plenitude, da saúde, de suprimento, de harmonioso relacionamento e de serviço útil. E ainda sobrarão doze cestas! A Presença transcendental - que chamamos Consciência de Deus, é a substância de nossa demonstração. Quando temos a substância, que é Deus, temos tudo o que é necessário ao nosso desenvolvimento ou demonstração.
O problema de suprimento é constante. Não há um dia e nem um momento durante o dia em que não tenhamos necessidade de alguma coisa. Uma delas, muito necessária, é o dinheiro. Mas o dinheiro toma a forma necessária, no tempo e lugar em que nos achamos.
Tenho viajado por todos os lugares. Nos Estados Unidos o dinheiro aparece como dólares; na Inglaterra como libras ou Shillings; na Alemanha como Marcos; na Suíça e na França como Francos. Muito raramente nos dão Dólares na Europa, Ásia ou Austrália. E nos Estados Unidos não nos dão outra moeda que não seja Dólares. Por que é assim? Porque o suprimento - Deus - é onipresente, mas toma a forma necessária segundo a experiência imediata.
Se, em vez de dinheiro, a necessidade fosse alimento, o suprimento viria como alimento. Se fosse de transporte, apareceria como meio de transporte. A idéia é de que não nos devemos preocupar pela forma de suprimento ou com a forma de demonstração. Devemos apenas conscientizar a substância, que é Deus - exprimindo-Se como alta torre, fortaleza, saúde corporal. Deus é a essência necessária, a substância, o tudo em tudo da demonstração. É a forma que cuida de si mesma.
Estágios da Consciência Espiritual Nem todo homem atingiu o nível de consciência em que pode descansar, em completa confiança, no Espírito, sem qualquer preocupação, a fim de demonstrar as suas necessidades. A humanidade é dividida em níveis de consciência. Está desabrochando gradualmente, evoluindo de um nível material para o mental e, eventualmente, deste para um nível espiritual de consciência, onde a meta essencial da vida é a demonstração da presença de Deus.
Homens e mulheres tem recebido muita ajuda, literatura e escolas para se aproximarem do nível metafísico ou espiritual. São ensinamentos dados em vários níveis. Não se pode dizer que um esteja certo e outro errado. No estado material de consciência, a força, o poder e a substância materiais são bem conhecidos. Neste plano não é errado que se usem os medicamentos, a cirurgia e outros meios da matéria medica, para a saúde, porque este é o propósito destas coisas no plano material. Na medida em que o estado de consciência material é substituído pelo mental, a pessoa vai usando menos remédios materiais, forças e poderes físicos e mais recursos mentais. Não significa que um esteja certo e o outro errado, mas sim, que são expressões de dois estados diferentes de consciência.
Quanto mais uma pessoa avança no campo mental, menos usará os recursos materiais. Com o tempo, até usará menos os recursos mentais porque, na medida em que se eleva no plano mental tanto mais aprende a confiar na intuição, que no poder mental. Então, a pouco ir-se-á elevando do plano mental ao espiritual -- porque de são dois estados de consciência diferentes. Não são sinônimos. Neste ponto, não usará mais os recursos materiais e nem os mentais. Quanto maior for a consciência espiritual atingida, menos usará os recursos mentais.
Compreendamos que são três diferentes estados de consciência. Saibamos que no plano material sempre há dois poderes: um maior e outro menor. Usemos o poder maior para vencer o menor.
Igualmente se dá no plano mental. Uma pessoa de forte mentalidade, que aprendeu a concentrar mais poderosamente o pensamento e a projetá-lo, pode usar essa habilidade para tratamento e pode dominar outra pessoa de fraca mentalidade. Assim, no plano mental também há dois poderes: o maior a vencer o menor.
No plano espiritual, porém, os dois poderes são eliminados. No plano espiritual não há poder. Muito já foi falado e escrito acerca do uso do poder espiritual ou poder de Deus, mas não há tal poder para ser usado. Ninguém pode usá-lo. Ninguém, jamais, foi capaz de usar o poder de Deus, porque em Espírito não há poder.
Deus É. Só isto pode ser conhecido. Mas Deus não é um poder e nem menos um poder sobre qualquer coisa, exceto no sentido de que Deus é a Substância, a Essência, a Lei para o desenvolvimento creativo de todas as coisas, de todas as formas. Deus é um poder sobre a Sua creação, somente no sentido de que Deus é a atividade creativa, a substância e a Lei que fazem desabrochar e que mantêm todas as formas creadas. Mas Ele nunca é um poder sobre qualquer coisa.
Deixemos que Deus nos UseO poder de Deus não pode ser usado por ninguém. Nem mesmo Jesus Cristo o fez, pois Ele disse: "Eu, de mim mesmo, não faço nada. O Pai, que vive em mim, é Quem faz as obras!". Mas Deus Se revela na quietude e na ausência de poder. E onde a Presença de Deus Se revela, ali há harmonia e liberdade. Não é que Deus esteja a crear a harmonia e liberdade ou que as manifeste. Deus é isso! E no silêncio Deus Se manifesta como a nossa própria vida de nosso ser, como a própria Luz para os nossos passos, como a própria Presença que vai adiante de nós. A presença de Deus é paz, saúde e segurança. Ela Se torna harmonia infinita, abundância infinita e totalidade infinita.
Na medida em que conquistamos a nossa quietude e silêncio interiores é que Deus pode manifestar as Suas maravilhas através de nós. Ninguém pode usar Deus, mas Deus pode usar-nos. Deus pode viver através de nós, em nós e como nós. Deus pode fazer. Não nós. Neste ponto está toda a diferença entre sucesso e fracasso no plano espiritual. A pessoa que pensa poder usar o poder espiritual está meramente usando o poder de sua própria mente, porque ninguém pode usar a Infinitude de Deus.
Podemos, isto sim, aquietar... Aquietar. Se podemos ficar suficientemente quietos, Deus Se exprimirá como nosso próprio Ser. Ele aparecerá como a Inteligência de nossa mente; como a habilidade de nossos dedos, como a voz de nossa garganta. Significa: Deus usando-nos. Não que nós usemos Deus. Você pode usar seus músculos, seu corpo, sua mente. Mas ai você tem de parar. Mais que isto não pode fazer. Você não pode usar Deus porque Deus é a Essência de seu Ser.
Enquanto há um Você separado de seu corpo e além da mente, há um Você, mas esse Você não está separado de Deus. Portanto, não há um Você para usar Deus: há somente Deus manifestando-Se como Você; Deus funcionando ou vivendo como Você. Este é o sentido da encarnação. Foi isto o que desejou significar o Mestre quando disse: "O Pai, que está em mim". E foi também isto que Paulo exprimiu, ao dizer: "Não mais sou eu quem vive: o Cristo vive em mim". Sim, o Cristo é a sua vida, o seu Ser: O Eu que você é!
Vá a Deus, por Ele mesmoNão há espaço e sua consciência, para Deus e você. Deus vive como Você; Deus é a sua vidas a sua mente e seu Ser. Até mesmo seu corpo é templo do Deus vivo. Com esta compreensão você entenderá a unicidade, a imortalidade, a eternidade, a infinitude e a convicção de que você só se limita na medida em que se põe como uma entidade separada de Deus. Ninguém, jamais, duvidará da imortalidade, quando compreender profundamente que Deus constitui o seu Ser.
Não preciso de poderes, porque Eu que Eu Sou, constitui o Tudo e único poder - um poder espiritual - e não há poderes além dEle. Deus constitui o meu Ser e a minha vida. Descanse nesta Palavra de Verdade. Disse o Mestre: "Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus". Enquanto demonstramos a palavra de Deus, temos um suprimento infinito que nos permite viver. Mas estejamos seguros de estar demonstrando apenas a palavra de Deus -- não suas formas -- mas deixando-O aparecer na forma necessária.
No último negócio (atividade) que eu tinha, vi que as coisas iam cada vez piores. Pedi uma praticista para ajudar-me. Mas a situação não melhorou. Fui procurar outro praticista. Mas tudo piorava. Quando liquidei o negócio, havia passado por cinco praticistas. Onde estava a dificuldade? É que, quando eu procurava os praticistas não ia a busca de Deus e, sim, de mais negócios, dê mais pedidos. Isto era uma linguagem estranha para Deus. Ele não a pode compreender. Deixei então o mundo dos negócios e tornei-me um praticista. Aí o problema da carência desapareceu. Vi então, que o trabalho dos praticistas tinha dado frutos. Levaram-me à justa vocação. Agora o suprimento vem, de acordo com a vontade de Deus -- não a minha; no tempo de Deus - não no meu. Mas não veio enquanto eu me separava de Deus e procurava dizer-lhe o que deveria fazer para mim. Você já parou para pensar como é ridículo querer dar ordens a Deus? O homem cuja respiração está em suas narinas, procurando Deus para determinar-Lhe o que deve fazer!
Nessa experiência aprendi que não devemos ir a Deus para negócios e outras coisas materiais, nem mesmo por saúde. Vamos a Deus por Ele mesmo, porque tendo Deus, temos tudo. Mas nada conseguiremos enquanto nos mantivermos num "eu" mundano, humano, separado de Deus. Não há espaço para Mim e para ti -- diz Deus -- pois Eu encho todo o espaço: Eu Sou um Deus ciumento. Não há espaço para Algo fora de Mim. Há somente EU. Eu Sou tudo!
Seja um Observador"O Pai que habita em Mim, Ele é Quem faz as obras... Cristo vive em mim... Maior é Aquele que está em ti do que aquele que está no mundo... porque cumprirá o que foi ordenado a Meu respeito ... o Senhor aperfeiçoará o que me concerne".
Em cada uma destas citações, referimo-nos a Ele -- mas o Ele que habita em nós. Assim, podemos compreender o Mestre, quando Ele disse: "Aquele que me vê, vê Aquele que me enviou". "Eu e o Pai somos um".
Há, então necessidade de buscar um poder, quando o Infinito Invisível já está em nós e constituí nossa verdadeira identidade? Ele faz aquilo que nos é dado fazer! Ele aperfeiçoa aquilo que nos concerne. E Ele está em nós! Esta convicção tira imediatamente nossos olhos lá de fora e nos previne que não há ninguém que nos possa barrar; prova-nos que não precisamos de buscar influencias externas e nem procurar alguma coisa fora, porque já temos tudo dentro de nós o Pai, o Cristo, que vive as nossas vidas.
Sim, há em nós Algo invisível. Chame-o de Cristo, ou Deus, ou Pai em mim. Chame-O como você quiser: O Espírito de Deus no íntimo do homem; a Consciência transcendental; ou Presença Transcendental -- mas saiba que Ele é invisível, Infinito, embora esteja mais perto de você do que a sua respiração. Se você subir ao céu, Ele irá com você; se você fizer a sua cama no inferno, lá você O encontrará; se você andar pelo vale da sombra da morte, nada temerás, porque Ele irá com você. Sim, o Reino de Deus está dentro de você. Você vive, move-se e tem o seu Ser em Deus e Deus vive em você!
Se eu estivesse repetindo estas verdades bíblicas silenciosamente ou oralmente, com os olhos fechados ou abertos, chamaria a isto de meditação contemplativa. Ao terminar esta meditação, estarei quieto e tomaria o próximo passo, que é falar: "Senhor, Teu servo escuta". E como dizem as escrituras que "Ele levantou a Sua voz e a terra se derreteu", manterei meu ouvido interno aberto, como se estivesse realmente ouvindo a voz de Deus.
Depois, se permanecer tranqüilo, poderei receber uma comunicação do Infinito Invisível. Pode ser que seja uma mensagem, ou uma respiração profunda, ou uma sensação de calor. Pode também, vir como uma sensação de alivio: como se um fardo tivesse caído de meus ombros. Mas, de algum modo, dentro de um minuto ou dois, receberei a convicção interna: "Está feito! Deus está em cena". Meu trabalho, para aquele período, então se completa, porque fiquei conscientemente firmado na Presença de Deus como um observador, uma testemunha, contemplando a ação de Deus. Amanhã de manhã o resultado poderá vir pela correspondência, ou por telefone ou um telegrama: alguma pessoa por quem estou orando, me dirá que ouve uma resposta. Eu saberei que Deus respondeu, derretendo o erro e restabelecendo a harmonia.
O Segredo do Princípio de Curar Joel S. Goldsmith - Fonte: Cuidar do SerA cura espiritual esta baseada na compreensão do principio espiritual da vida. Este principio afirma que Deus mantém e sustém o Universo, incluindo cada indivíduo que nele vive, em absoluta integridade.
Contrário a este ensinamento, está o mundo das aparências, o mundo dos sonhos, um mundo mesmérico que não tem lei para sustentá-lo, nenhuma substância que o suporte, nem continuidade, exceto a que nós, em nossa ignorância, lhe damos.
Uma vez que esta verdade é percebida, você terá um principio que prevalecerá, não importando a natureza dos problemas que lhe sejam apresentados. Isto não significa que você curará qualquer pessoa ou qualquer condição, não porque o principio não seja adequado para qualquer situação, mas porque nem todas as pessoas envolvidas com ele, estão preparadas para viver este principio, ou viver por este principio; elas não estão prontas para abandonar aquelas coisas que interferem com a demonstração deste principio. Em outras palavras, Jesus, ele próprio, não tentou levar o moço rico para o céu. Não por causa da riqueza do homem por si só, mas porque a fé, a confiança e a esperança deste homem, estavam na sua riqueza; todas as suas expectativas e esperanças de vida, estavam baseadas no montante de suas posses e tal homem não poderia ser elevado à consciência espiritual.
Assim, existem pessoas que procuram a cura, mas apenas para curar suas dores e discórdias, não buscando uma cura espiritual que transformaria suas vidas. Entretanto, este principio é tão absoluto que, dada uma boa oportunidade a alguém que seja bastante receptivo ao modo de vida espiritual, a harmonia se manifestará na experiência desta pessoa e ela se iluminará espiritualmente.
A Estrutura deste MundoO principio que é o segredo de todas as curas, é a compreensão da natureza do erro. O erro nunca é uma pessoa, uma condição ou uma coisa. Por tanto, nunca leve até o seu pensamento, e nem queira tratar em pensamento, uma pessoa, condição ou coisa. Na verdade, o erro sempre aparece como uma pessoa ou condição e é isso que confunde os trabalhadores espirituais do mundo. Com cada aparência de erro, se instala no indivíduo uma rebelião, uma resistência ou uma batalha contra alguma pessoa, lugar, circunstancia ou condição, e assim, a luta está perdida. Ninguém na terra, nem grupo algum de pessoas é seu inimigo; nenhum pecado ou doença é seu opositor ou antagonista. Quanto mais você lutar contra uma pessoa, uma doença, um pecado ou uma condição, tanto mais você estará enredado naquilo que chamamos de "este mundo".
Talvez você acredite que haja alguma pessoa ou algum grupo de pessoas que se interpõe entre você e sua harmonia. Para trazer a cura, você os trata ou trata por eles, ou trata aquele "algo a fazer" a respeito deles. Em outras palavras, você está em antagonismo, em resistência ou em rebelião contra eles. Seus esforços se dirigem a eles para removê-los ou para trazê-los à harmonia, e ao agir assim, você perde a sua demonstração. Pode ser que não seja uma pessoa, mas uma doença que se interponha entre você e sua harmonia, e novamente você se encontrará engajado numa batalha contra ela e assim "cavando a sua própria cova".
Pessoas, coisas ou condições nunca são a fonte de nossas discórdias. Sejamos muito claros neste importante ponto. Há uma força universal, uma crença universal e um hipnotismo universal, que é a fonte de todas as discórdias que se manifestam em nossas experiências. Toda limitação, todo pecado, toda tentação e toda doença que chegam até nós, são nada mais que o efeito de uma força ou poder universal, a qual, lembre-se que, por si só não tem poder; somente tem poder pela aceitação da mente humana a ela. Se o erro fosse poder, não poderíamos dissipá-lo. No entanto, ele não é poder, exceto, para o sentido do mundo. A crença universal, é o único poder que temos que considerar ao depararmos com o pecado, a doença, a morte, a carência ou a limitação, mais esta não é poder.
Para ilustrar, tomemos o caso de uma pessoa que está morrendo. Agora, entenda isto: ninguém morre. Se você for chamado alguma vez para auxiliar alguma pessoa que parece estar se aproximando da morte, trate da velha crença universal de uma vida separada de Deus, uma vida que teve um começo e conseqüentemente deve ter um fim. Não tente salvar esta vida porque não conseguirá; mas trate do mesmerismo universal da morte, o hipnotismo universal que diz que todo aquele que nasceu, tem que morrer. É este mesmo hipnotismo que diz que nascemos, que fomos criados da matéria, que nascemos de um homem e uma mulher. A crença que você é um pai ou uma mãe, ou que nasceu de um pai e uma mãe, não é uma crença sustentada só por você individualmente; não é uma crença pessoal; é uma crença universal que existe desde o principio dos tempos. É a crença universal no nascimento que resulta na crença universal na morte. Mas, não estamos tratando com o nascimento ou com a morte, senão com a crença universal, o hipnotismo universal que faz com que as pessoas pareçam morrer, ou que tenham que morrer só porque nasceram algum tempo atrás.
Suponhamos que agora mesmo você esteja sonhando que está nadando em direção ao horizonte. Ao olhar em volta, você percebe que foi muito longe e que não tem condições de voltar atrás. Aí é que começa a luta. Você se deixa tomar pelo pânico ao se ver sozinho a lutar longe na água; mas, é real esta luta?, existe água?, existe um "você?". Qual é o tecido ou a substância da pessoa que você está vendo na água? Qual é o tecido ou a substância da luta? Tudo é o seu sonho e apenas o seu sonho. O sonho é a substância e você, a água, e a luta, são os objetos formados pelo seu sonho.
Se você tomasse um pedaço de couro e num canto formasse um homem, a esquerda um piano e em cima o céu, ainda assim você não teria nem um homem, nem um piano, nem o céu, você teria mesmo, couro. Mas se você destruísse este couro, destruiria o homem, o piano e o céu. Com a destruição do couro, o homem, o piano e o céu desapareceriam também. Da mesma forma, com a destruição do seu sonho, a falsa crença de você na água, a água e a luta, desapareceriam. Agora, se no seu sonho de luta de vida e morte na água, se, ao invés de gritar pedindo para ser salvo, alguém o acordasse do sonho, automaticamente seguiria-se a dissolução de "você" na água, da água e da luta.
A matéria prima de todas as discórdias de nossa experiência humana é um hipnotismo universal, uma crença universal. É a matéria prima ou substância de todo sentido de limitação que possa vir a sua experiência seja limitação nas finanças, na saúde, na família, nos negócios, nas relações sociais ou qualquer outra aparência de discórdia. A causa de toda desarmonia, portanto é,um hipnotismo universal, a crença universal num universo separado de Deus.
Quando Jesus disse: "Eu venci o mundo", ele não queria dizer que tinha vencido todas as pessoas do mundo ou todos os males das pessoas do mundo. Seu ministério não durou tanto para que pudesse conseguir tal feito. Mas ele sim que superou o mundo e de uma vez só: Pela compreensão e realização de que, o único mundo que necessitava ser superado era composto de esta ilusão mesmérica. Então, todas as pessoas, todas as circunstâncias e todas as condições de limitação lhe desapareceram.
A ignorância universal mantém o mundo na escravidãoLembremo-nos primeiramente que a ignorância que separa as pessoas de uma realização da verdade, não é pessoal, nem para você nem para mim, nem para ninguém; é uma ignorância universal, um sentido universal de hipnotismo que não tem, nunca tem, presença nem poder. Há uma ignorância universal, que domina a mente de praticamente todos os indivíduos na terra, fazendo-os antagônicos à verdade. Por que? Porque a verdade recebida conscientemente, varre da mente tudo o que a humanidade aprendeu a amar... a pompa e a gloria do egoísmo pessoal, o poder pessoal, a força pessoal, a sabedoria pessoal, a glória pessoal, a realização pessoal. A mente humana está numa rebelião contra tudo que possa destruir isto. Ela se ressente ao ouvir: "Por que me chamas de bom? Há apenas um bom... O Pai no céu". A mente humana se dedica à auto-glorificação: "Veja a minha força; veja a minha sabedoria; veja a minha beleza; veja o meu poder; veja a minha saúde; veja a minha riqueza; elas são minhas; eu fiz tudo isto".
A ignorância universal que separa as pessoas da apreensão, compreensão e demonstração da Mensagem do Caminho Infinito, não é uma limitação pessoal; não tem nada a ver com a educação de uma pessoa o a sua falta de educação, nem com seu aprendizado religioso ou com a sua falta de aprendizado religioso: tem a ver apenas com a ignorância universal, com o mesmerismo universal o qual é para sempre, sem presença e sem poder. Você o segue? Você está sempre tratando com este mesmerismo ou hipnotismo universal, a matéria da qual é formado este mundo; você não está tratando das figuras que esta matéria lhe apresenta, senão com a própria matéria ou hipnotismo em si mesmo. A realização deste fato é a sua graça salvadora. Em outras palavras, nunca temos um moribundo a salvar ou um enfermo para curar. Nós temos um estado universal de hipnotismo aparecendo como doença, pecado, alguém moribundo ou morto. Nunca temos uma pessoa má. No momento que realizamos isto, a pessoa má desaparece e podemos contemplá-la como ela realmente é.
Ressentir-se contra uma pessoa ou uma condição, é enredar-se com elas, deixar-se prender numa armadilha. Só há uma maneira de escaparmos da ilusão dos sentidos; só há uma maneira de escapar de qualquer forma maligna do mundo, -- pessoas malignas, pensamentos malignos, planos malignos --, e esta é, parando de lutar contra eles e realizando que atrás deles está o tecido de sonhos do qual são constituídas, e que este tecido de sonhos é ilusório e sem principio creativo algum, já que Deus não a creou. Por tanto, não tem existência ou lei que o sustente, nenhuma substancia, nenhuma continuidade. Esta realização o destrói. Não há uma ilustração mais clara para isto que a de uma pessoa que morre, porque é extrema. Não temos nenhum moribundo a ser salvo; temos somente um sentido ilusório de morte. Quando tratamos a morte a partir deste ponto de vista, o moribundo se levanta e diz: "Aqui estou, totalmente novo, forte e bom". Você, assim, nada fez à pessoa que morria, porque para começar, o moribundo não existia. O que você fez foi destruir a estrutura de aparências, o tecido do qual estavam aparecendo. Não há outra maneira de superar "este mundo".
Esta visão, este desdobramento, veio-me quando estava lendo a vida de Buddha Gautama, que se tomou mais tarde Buda. Viu ele um dia um homem doente, um cadáver e um mendigo e horrorizou-se de que tais coisas pudessem existir. Na vida que seu pai lhe proporcionava tais coisas nunca apareceriam e, portanto, ele nunca tinha testemunhado nenhuma destas tragédias da existência humana. Ele perguntou ao seu Conselheiro: São estes os únicos casos no mundo? Quando ele soube que eventualmente todos, nos encaminhamos ao mesmo fim, ficou chocado; era impensável para ele que no belo universo que conhecia, pudesse a doença, a morte e a pobreza manchar sua harmonia. E foi esta pergunta, que ele fez a sua própria mente, que lhe deu a pista sobre todo o problema: "Devo encontrar como remover o pecado, a doença e a morte do mundo". E isso foi tudo. Ele nunca pensou em sair e curar, reformar ou enriquecer as pessoas. O seu único pensamento foi; como erradicar o pecado, as doenças e a morte do mundo.
A mensagem do Caminho Infinito é uma revelação de como erradicar o pecado, a doença e a morte do mundo, como erradicar a ignorância que separa a humanidade da verdade. No Caminho Infinito, as pessoas são apenas incidentais ao nosso ministério. O verdadeiro ministério em si, é a remoção do pecado, medo, morte e limitação do mundo; e isto é para ser cumprido, não conseguindo o dinheiro para fazer a todos milionários, não tendo um maior número de guerras no mundo para matar uma suficiente quantidade de pessoas, de modo que haja menos para alimentar, senão removendo completamente o hipnotismo da limitação, ignorância, pecado, medo, doença e morte.
Você já me ouviu declarar que quando sou solicitado para uma cura, nunca tomo em consideração, em minha consciência, nem a pessoa, nem a sua condição. E a razão é esta: a pessoa ou a sua condição é um engodo, o laço da armadilha para prender o praticante. Se você quer ajudar a alguém, pare de pensar na pessoa ou em sua condição e entenda que elas são apenas um retrato, uma imagem ou uma aparência do tecido da crença universal, deste sonho universal chamado sonho mortal, chamado de ilusão universal, chamado por muitos outros nomes. Não faz diferença o nome pelo qual você o chame, desde que você compreenda que este é um sentido universal que em si e por si, não tem nenhuma lei que o sustente, nenhuma causa, nenhum efeito e nenhuma pessoa através da qual operar.
Este mundoNunca solucionaremos os nossos problemas individuais, nem os nacionais ou internacionais, tentando mudar as pessoas, curá-las, reformá-las, ou enriquecê-las. Só conseguiremos trazer harmonia ao nosso mundo individual, se pudermos ver cada coisa, pessoa ou situação discordante, como um filme produzido por esta substancia ilusória chamada de sonho da existência humana, ilusão universal, hipnotismo universal, crença universal, ou se você preferir, o nada universal, que aparece como pessoas e condições. Nunca tente salvar um moribundo; nunca tente enriquecer um pobre, nunca tente curar um doente. Lembre-se que está lidando, não com uma pessoa, não com uma condição, não com uma coisa, mas, com uma sugestão hipnótica, com uma influência hipnótica, com um quadro hipnótico, que não tem existência fora da mente humana, da crença humana, da aparência humana. Nesta realização, você destrói todo o tecido do qual o erro é constituído.
Cada condição limitante, seja nas finanças, saúde, moral, ou condições de vida, não é outra coisa senão a expressão de um hipnotismo universal, de uma ilusão universal, de uma crença numa existência separada de Deus, da crença de uma causa separada de Deus, de uma substância separada de Deus, de uma sabedoria separada de Deus. Toda esta série de crenças constitui uma influência mesmérica que nos faz ver pessoas, lugares, coisas e condições limitadas. Você pode quebrar este sonho Adâmico nas partes que o compõem e encontrará que este sonho Adâmico é feito da crença do bem o do mal, da crença da vida sem Deus, da lei sem Deus, de uma substância, de uma atividade ou de uma causa sem Deus.
Sempre que for chamado para ajudar na solução de um problema, verifique que quase sempre haverá uma pessoa envolvida nele, mas, já que Deus é o único principio creativo, o filho de Deus não pode se envolver com problema algum; o problema será apenas a crença de uma existência sem Deus. Perceba que cada problema que lhe é apresentado, sempre vem como uma condição. É uma condição de Deus? Não, pois se fosse uma condição de Deus, não apresentaria problema em absoluto. O mero fato de se apresentar como uma condição, já revela que é uma aparência que não tem existência real, pois na verdade não existe pessoa nem condição sem Deus. Toda e qualquer aparência contrária, deve ser parte do que se chama "sonho de Adão", ou sonho mortal, ou sentido mortal da existência, que Jesus chamou de "este mundo".
Deveríamos achar muito fácil solucionar todos os casos que se nos apresentam em busca de ajuda, simplesmente dizendo, "este mundo", e desfazê-los com um sorriso, sabendo que eles são apenas condições de este mundo, do mundo ilusório, não do mundo real, não do mundo de Deus. É como se saíssemos à rua e víssemos as crianças brincando um jogo que consiste em desenhar um círculo de giz no chão, e aprisionar uma criança dentro dele. Esta criança dentro do circulo, não pode sair dali, até que alguma coisa seja feita para resgatá-la.
Entretanto, você, ao invés de tentar tirar a criança do círculo, sorri, olha para ela e diz: Oh!, Mas aquilo é apenas o mundo das crianças.....!!, e vai se embora, sabendo que, na realidade, a criança não está presa. Se você se acostumasse à idéia de que tudo que aparece limitado por qualquer sentido, seja uma pessoa ou uma condição, é parte "deste mundo", quer dizer, o mundo de sonho, o mundo de Adão, o mundo irreal, e fosse embora sem ligar para ele, descobriria logo, quão depressa a ilusão desapareceria para seu paciente, seu amigo ou seu parente. Testemunhamos algumas condições externas ou pessoas más, porém se existe um Deus em tudo, não pode haver tal coisa como uma pessoa, lugar ou coisa má. A dificuldade é que, primeiro vemos a aparência e logo procuramos fazer alguma coisa a respeito da aparência, e assim fazendo, ficamos enredados, nos envolvemos e calmos na armadilha. Se no entanto, víssemos - quer isto seja uma pessoa,um lugar ou uma condição - e instantaneamente lembrássemos que o fundamento disto é um sonho, o sentido ilusório de um universo separado de Deus, ou "este mundo", e passássemos ao largo dizendo: Oh! É apenas "este mundo", acabaríamos logo com o sonho. Acordamos do sonho da limitação, no momento em que, por nós mesmos, nos tomamos desipnotizados.
Tenho dito que este é o ano em que nossos estudantes devem ser mais diligentes, em acabar com o sentido mesmérico que os ata às crenças humanas, e isso só se consegue aprendendo o principio que não há em realidade nem bem, nem mal. Ao aceitar tanto o bem como o mal, perpetuamos o sonho. Nos seus estudos metafísicos anteriores, você já aprendeu que todo erro é uma ilusão. Mas no caminho Infinito, você deve ir um passo além e compreender que o sentido finito do bem, também é tão ilusório quanto o erro. Você chega a esta consciência através da realização diária que não há nem bem nem mal na forma, mas que o Espírito é a realidade subjacente a tudo. Tente compreender que esta, é a crença do bem e do mal, que perpetua o sonho e mantém você fora do Jardim do Éden.
Um praticista é uma pessoa que, em certa medida é desipnotizada, que num certo grau, não teme as aparências e não cessa de anulá-las. Fora no mundo, há pecado, doenças e morte. Uma pessoa que não seja praticista olha e diz: "Oh!, Que terrível!!". Se, no entanto, o praticista tenha alcançado realmente um estado de consciência de praticista, olha e diz: "Tch..Tch... este mundo", hipnotismo, nada, e contínua a viver. Só existe uma coisa impedindo a harmonia em nossa experiência pessoal, e esta é, um sentido universal de uma vida ou uma seidade separada de Deus, ou de uma lei à parte de Deus. E existe somente uma maneira de romper este sentido de limitação, e este é retirar-se da batalha do mundo, retirar-se da batalha e da oposição a pessoas ou condições.
Vivendo a vida cristãViver uma vida cristã significa, aceitar os ensinamentos do Mestre: ama o teu próximo como a ti mesmo, mas acima de tudo, ama a Deus com todo o teu coração, com toda a tua mente, com toda a tua alma. Estes mandamentos não são mais que banalidades insossas, até que começamos a selecioná-las em nossa própria mente e chegamos a uma compreensão delas. Como podemos amar o Senhor nosso Deus com todo nosso coração, toda nossa alma e toda nossa mente? O que significa isto? Cada um de nós pode ter uma explicação e uma experiência diferentes, mas para mim, amar o Senhor nosso Deus com todo o meu coração significa não amar indevidamente, e nunca odiar ou temer aquilo que está no âmbito dos reinos físico ou mental... depositar toda a fé no Invisível Infinito, como a realidade da vida que se manifesta externamente como efeito. Chegar a uma realização do profundo significado desta verdade, requer muito estudo. Não amando, odiando ou temendo o que aparece nos reinos físico ou mental, rompemos o sonho mesmérico de uma seidade ou um universo à parte de Deus.
Amar nosso próximo como a nós mesmos é reconhecer que Deus é o Eu sou de todos os seres reais. Que Deus é o Eu sou de todos os indivíduos na fase da terra, ainda que apareçam como humanidade doente, pecadora ou moribunda. Deus é o Eu sou; Deus é a vida; Deus é a inteligência; Deus e a lei de todas as pessoas, mesmo quando no sonho mesmérico pareçam ser doentes, pecadoras ou estúpidas. Amar o nosso próximo como a nós mesmos, significa realmente reconhecer que Deus é o verdadeiro ser de tudo que é manifesto, não importando a aparência mesmérica que está nos confrontando.
Quando seguimos estes dois mandamentos literalmente, logo vemos que toda a aparência que interpretamos como sendo humanidade doente, estúpida, moribunda ou ignorante, é creada pelo "sonho do mundo", aquilo que o Mestre chamou de "este mundo". Quando isto se torna claro para nós, não mais amaremos, odiaremos ou temeremos tais aparências. Não amaremos as pessoas de este mundo, mais do que as odiaremos ou temeremos, porém amaremos aquilo que constitui as pessoas: Deus, o Cristo, o Espírito e a Alma de todo ser individual na terra. Esta é a única maneira pela qual realmente se pode amar "este mundo", porque você verá logo, que é impossível amar as aparências que as pessoas nos apresentam. Conseqüentemente, se você olhar através destas aparências, para aquilo que eles realmente são, para aquilo que realmente lhes constitui o ser, não poderá ajudar amando alguém, quer ele apareça como homem, mulher ou criança, ou ainda como animal ou inseto. Uma vez que você tenha percebido que existe uma Alma invisível, que é o ser real de todos, então você estará apto a olhar através das aparências, a olhar diretamente através dos olhos, a verdadeira Alma que mora por trás da humana aparência.
"Ame seu semelhante através de uma atividade espiritual. Veja o amor como a substância que existe em tudo, não importando a forma com que se apresente. Ao nos elevarmos acima da nossa humanidade para uma dimensão superior de vida, na qual compreendemos que nosso próximo é um ser puramente espiritual, governado por Deus, nem bom, nem mau, estaremos amando realmente."
- Joel Goldsmith - Praticando a Presença, 1956 Ao se treinar, olhando através dos olhos das pessoas e dos animais que se aproximam de você, automaticamente você atingirá o nível de consciência onde não mais estará amando, odiando ou temendo o mundo aparente, ou aquilo que Jesus chamou de "este mundo". Na proporção em que se aperfeiçoa nisto, poderá dizer com certeza: "Eu tenho superado este mundo. Não mais o amo, odeio ou temo; não mais tento me ver livre dele; não mais me debato ou luto contra ele; vejo através dele - através e além dele. Vejo o que realmente é: Deus. Vejo que aquilo que aparenta ser, não é senão uma imagem no pensamento feita do material de sonho do mundo".
Este é o segredo de todos os segredos; este é o segredo do viver espiritual; este segredo não é encontrado na literatura de este mundo. Quando você lê a mais inspiradora literatura, ainda que você a encontre inspiradora, usualmente terá os mesmos problemas a enfrentar no dia de amanhã. A literatura inspiradora do mundo, em si e por si, não é nada. Ela pode elevar-nos e fazer-nos mais receptivos ao Espírito, mais ela não nos dá a verdade necessária ao nosso desenvolvimento. E esta verdade é a de que, as discórdias, limitações e desarmonias deste mundo, provém do tecido da ilusão - "este mundo" - o nada. Com este reconhecimento, você terá o segredo da superação - a superação "deste mundo".
Pequeno Segredo Joel S. goldsmith - Tradução LivreAo se treinar, olhando através dos olhos das pessoas e dos animais que se aproximam de você, automaticamente você atingirá o nível de consciência onde não mais estará amando, odiando ou temendo o mundo aparente, ou aquilo que Jesus chamou de "este mundo". Na proporção em que se aperfeiçoa nisto, poderá dizer com certeza: "Eu tenho superado este mundo. Não mais o amo, odeio ou temo; não mais tento me ver livre dele; não mais me debato ou luto contra ele; vejo através dele - através e além dele. Vejo o que realmente é: Deus. Vejo que aquilo que aparenta ser, não é senão uma imagem no pensamento feita do material de sonho do mundo".
Este é o segredo de todos os segredos; este é o segredo do viver espiritual; este segredo não é encontrado na literatura de este mundo. Quando você lê a mais inspiradora literatura, ainda que você a encontre inspiradora, usualmente terá os mesmos problemas a enfrentar no dia de amanhã. A literatura inspiradora do mundo, em si e por si, não é nada. Ela pode elevar-nos e fazer-nos mais receptivos ao Espírito, mais ela não nos dá a verdade necessária ao nosso desenvolvimento. E esta verdade é a de que, as discórdias, limitações e desarmonias deste mundo, provém do tecido da ilusão - "este mundo" - o nada.
Com este reconhecimento, você terá o segredo da superação - a superação "deste mundo".
Pequenos Excertos Joel S. goldsmith - Tradução LivreNão há luta a não ser na mente. Quando a mente se aquieta, não há tensão, e Deus se torna uma presença viva: o Cristo, a individualização, e a experiência individal de Deus, tornou-se viva em nós. Nós o sentimos cmo uma Presença, como uma capa a nos envolver.
Libere Deus de qualquer obrigação, e deixe Deus fazer o Seu trabalho.
- Um Parênteses na Eternidade Como um exercício nos próximos dias e semanas, por que não se juntam a mim, porque eu o faço conscientemente. Eu me lembro diariamente que Deus no centro do meu ser é a lei da minha experiência, e ele governa minha própria experiência. Deus no centro do meu ser é a lei das minhas amizades, a lei do amor sobre mim. Deus no centro do meu ser é a substância e o alimento da comida que eu como. Deus no cenrto do meu ser é a lei e a atividade de cada órgão é função do meu corpo.
Deus no centro do meu ser é a lei do tempo - clima, e a atividade do tempo - clima. E Deus no centro do meu ser é a lei e a substância e a realidade do meu ser, o princípio do meu ser. Ele me traz tudo o que é necessário para o meu bem, ele realmente age como uma lei de eliminação de tudo o que NÃO É NECESSÁRIO paa o meu despertar e desenvolvimento espiritual.
"Não é muito, mas é algo a lembrar três vezes ao dia, que todo o poder está no centro do nosso ser, investido em nossa Consciência, e nossa própria alma, e que nossa própria alma é a substância de nossos corpos, e a substância do nosso clima, e a susbstância de nossas amizades, e dos relacionamentos familiares. Alma é isso. Deus é isso; Deus é a substância e a lei e a atividade e a realidade de tudo o que nos diz respeito, mas apenas na proporção em que sabemos a verdade pode essa verdade nos libertar. A verdade não nos liberta. Saber a verdade habilita a verdade a nos libertar. É o saber a verdade ou UMA ATIVIDADE DE NOSSA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA, substituindo a verdade pela crença universal que a faz operar na nossa experiência.
- Auto-governo dos Órgãos, Função, Alimento Você tem que escolher, quando acorda pela manhã, se você vai se permitir servir à crença universal em dois poderes ou se você vai ser governado por Deus. Você só pode ser governado por Deus por um ato de sua consciência, porque sem isso voce, tal e qual qualquer ser humano no mundo, está sujeito aos poderes deste mundo, os assim chamados poderes da mente carnal. Você deve se colocar fora da crença universal em dois poderes e estabelecer-se na graça de Deus e realizar:
Não há poderes que possam agir em mim, sobre mim ou através de mim ou de ninguém, exceto o poder da graça de Deus.
- O Despertar da Consciência Mística O que é Religião?
O texto a seguir é da minha segunda palestra dada aos devotos de Anandashram em 9 de Dez de 1955:
Nós aprendemos que a religião teve seu começo na Índia, a se difundiu da Índia para o Leste e para o Oeste. Agora, nós perguntamos: O que é religião? O que é a religião que nos foi dada no começo, quando os corações a Almas dos homens se abriram a Deus pela luz?
O estudo de muitas escrituras que formam nossa literatura espiritual revela que religião é uma liberação - uma liberação das limitações da humanidade através da consciênia de Deus. Mesmo hoje em dia, a religião deveria ser entendida como uma liberação do nosso eu mortal e de nosso sentido material da vida através da expansão de uma consciência universal, consciência de Deus, consciência espiritual.
Na ordem seguinte foi revelado o caminho - sim, o termo é "o caminho" - o caminho para ser libertado das limitações de desejos pecaminosos, doenças físicas, mentais e morais, e carência financeira. Mas, como se pode estar livre dessas coisas, e como podemos expandirmo-nos através de uma cnsciência da abundância de Deus? O segredo é esse: é a abundância de Deus que se torna nossa experiência. Realmente, é a vida de Deus que é realizada como nossa vida. É o suprimento abundante de Deus que se torna nosso suprimento individual. É o amor de Deus que se revela como nosso amor de uns pelos outros. O caminho é através da oração, porque a oração é o nosso meio de contato com nossa fonte infinita.
A oração tem muitas formas. Provavelmente, a maneira mais fácil para os alunos mais novos entenderem, é a oração de palavras, faladas silenciosa e interiormente, ou audível e exteriorizada. Esta é a voz de nosso próprio coração falando com o nosso conceito de Deus, e muito frequentemente o coração fica aliviado na medida em falamos com Deus através de palavras. Mais tarde, a oração ascende a pensamentos - pensamentos não falados, no lugar de palavras. Em nossos períodos de silêncio, nós aprendemos a falar com Deus silenciosamente, com pensamentos de comunhão, pensamentos de alegria, pensamentos de paz.
A partir destes dois simples começos, a oração continua a ascender até, através da meditação, eventualmente se tornar um silêncio absoluto, no qual e através do qual a voz de Deus nos alcança e nos fala. Não mais nós falamos com Deus, não mais nós pensamos em Deus, mas, ao invés disso, no silêncio, Deus fala conosco, nos guia e dirige e Se revela a nós.
- Cartas d'O Caminho Infinito 1956 Vocês têm apenas que se lembrar daqueles pássaros lá no alto no céu, e aqueles animais nas florestas, e vocês não podem deixar de sorrir quando percebem que sua própria consciência os proveu sabiamente e amplamente, sem que os pássaros e os animais tenham que ter dito, "Pai, que tal um agasalho mais pesado?" ou "Que tal me levar para umas férias nesse inverno?" Vocês não percebem que a consciência funciona sem que necessite de um pensamento consciente - sem se preocupar pela sua vida, o que ^vão comer, ou beber, com o que vão vestir, ou se vão desaparecer aos trinta, sessenta ou noventa anos?
Quando você consegue trazer Deus para mais perto de você que a sua própria pele, quando você pode perceber que a consciência dos animais e dos pássaros encontra suas necessidades antecipadamente, você começa a perceber que você também tem uma consciência. Então você pode relaxar, satisfeito em saber que a sua fé não é uma fé cega, que o seu Deus não é um Deus desconhecido.
- Um Parênteses na Eternidade Eu e meu Pai somos um. Portanto, tudo o que Deus é, eu sou, tudo o que o Pai tem é meu, tudo dentro de minha consciência. Assim, dia a dia eu estou me tornando mais consciente do que já está dentro de minha consciência, e sempre esteve lá, esperando pelo meu reconhecimento. No Monte da Transfiguração, o Mestre mostrou a três dos seus discípulos que os antigos profetas Judeus, que haviam morrido séculos antes, ainda estavam vivos, que estavam bem alí onde ele estava. A verdade é que eles estão aqui onde nós estamos. E onde nós estamos? Na consciência. Onde estão vocês? Em minha conscência. Onde estou eu? Na sua consciência."
- O Despertar da Consciência Mística Pai, hoje é o Teu dia, o dia que Tu fizeste. Tu fizeste o sol nascer; Tu deste luz e calor para a terra; Tu nos deste chuvas e neves, as estações do ano são Tuas, "tempo de plantar e colher, frio e calor, verão e inverno, e dia e noite." Este é o Teu dia. Tu me criaste; eu sou Teu (Tua). Tu me criaste no ventre desde o início. Use-me neste dia, porque assim como os céus declaram a glória de Deus e a terra revela Teu trabalho artesanal, assim também eu devo revelar a glória de Deus. Deixe-me glorificar Deus neste dia. Deixe a vontade de Deus ser manifestada em mim neste dia. Deixe que a graça de Deus flua de dentro de mim para todos a quem eu encontre neste dia.
- Praticando a Presença Comece sua vida espiritual sabendo que todos os conflitos devem ser resolvidos dentro da sua consciência.
- Sabedorias do Caminho Infinito Como pode ser isso, se eles existem lá fora num paciente, num estudante, ou num vizinho? Seria uma impossibilidade resolver esses conflitos se eles fossem externos a nós, mas a esperança e a bênção é que eles não são. Não há conflito em nós, ou à nossa volta, ou acerca de nós que não possa ser resolvido dentro de nós mesmos, e quando eles são resolvidos dentro de nós, podemos ver a mudança externamente."
- O Homem não Nasceu para Chorar Quando você tiver encontrado a resposta para a pergunta, O que é Deus? Quando você realmente tiver chegado a um lugar onde você pode dizer, "Eu agora sei que Deus é vida individual, mente, Alma, consciência". então você vai descobrir que não tem mais problemas. Tendo encontrado Deus como onipresença, como a verdadeira realidade de seu ser, vc tb vai encontrar Deus em sua infinita forma e variedade, que vai incluir transporte ou dólares ou cenouras ou batatas. Ele aparece em todas as formas, pois Deus não é uma pessoa. Deus é a eterna, imortal e onipresente substância do universo. Deus fez tudo o que foi feito. E fora disso? Deus sendo tudo, Deus, Ele mesmo, deve ter feito tudo o que foi feito fora dele mesmo.
Se você pode encontrar Deus como Consciência - e mais especificamente, se você pode encontrar Deus como sua consciência - então você vai encontrar Deus e todas as formas que Deus assume: marido, mulher, amigo, empregado, e até inimigo. Guardem minhas palavras, mesmo seu inimigo. É por isso que você deve amar seus inimigos tão profundamente e sinceramente como você ama seus amigos, porque Deus é a verdadeira substância, lei e princípio daqueles que você tem acreditado serem seus inimigos. Na verdade, eles não são seus inimigos. Um inimigo é um falso conceito que você tem de alguém. De fato, a maioria de nós tem mantém falsos conceitos uns dos outros e do mundo. Isso é muito fácil de entender, se pararmos de pensar sobre o que realmente estamos vendo no universo. Para começar, Deus fez tudo o que foi feito, e qualquer coisa que Deus não tenha feito, não foi feito. Entretanto tudo o que Deus fez é bom. Portanto, se aquilo que a gente está vendo não encaixa nesse padrão, não é porque tem alguma coisa de natureza errada no mundo. Mas porque nós, individualmente ou coletivamente, estamos mantendo um falso conceito da criação e uns dos outros.
Comece com essa prática simples: primeiro, descubra o que Deus é. Quando você descobrir que Deus é a consciência do seu próprio ser, quando você descobrir que Deus é a sua própria cosciência, você terá descoberto todas as formas como Deus aparece. Você vai então descobrir Deus revelando-se a si mesmo - Consciência revelando-se a si mesma - como sua experiência diária. Nunca esqueça do seguinte: aquilo que aparece como sua experiência diária finita, é o seu senso de limitação aparecendo como falta de educação, falta de oportunidade ou falta de um ambiente satisfatório. Tudo isso aparece como nossa limitada experiência diária. Quando, entretanto, nós começamos a perceber esta grande verdade do ser, que nós não somos limitados ao conceito de consciência finita, que nós não somos limitados ao nosso sentido pessoal de existência, mas que ao contrário, que Deus, a infinita consciência de nosso ser é a fonte e a forma de nossa vida, então, veja os milagres que começam a acontecer na sua experiência.
- O Mestre Fala A consciência espiritual abre um reino completamente novo aqui na terra. Não há necessidade de esperar até uma pessoa envelhecer e morrer para experienciá-lo: a realização espiritual pode acontecer a uma criança. Quando isso acontece, seja a uma criança ou a um adulto, isso representa maturidade espiritual, que não está sujeita às coisas ou pensamentos deste mundo.
Aqueles com consciênia espiritual podem andar no mundo e não serem tocados por ele. Eles podem andar no meio da guerra e não serem feridos, podem estar no centro da infecção, contágio e epidemias, e nunca serem tocados, podem passar por épocas de pânico e depressão, e não serem afetados por isso. A razão? A consciência espiritual não está sujeitada a leis ou poderes materiais ou mentais, porque eles não são poder.
Na medida em que tenhamos atingido uma consciência espiritual, esta é a medida em que estamos livres das discórdias e desarmonias do mundo. Nos breves momentos em que a atingimos de forma completa, não existe qualquer vestígio do sentido mortal. Mesmo o corpo parece mais luz do que matéria, mais incorporalidade que corporalidade. A consciência espiritual não está sob a lei, está sob a graça.
- Consciência é o que Eu Sou Talvez eu saiba menos sobre o trabalho do Espírito, do que qualquer pessoa no mundo, porque eu não sei nada sobre ele. Eu apenas sei o seguinte: Ele funciona!
- A Vida Contemplativa É impossível para a mente humana conceber todo o bem que existe para nós, ou mesmo como fazer esse bem tangível e visível. Apenas quando cessamos nosso pensamento humano, planejamento, afirmações e negações, e aprendemos a descansar, a "sentir" Deus, ouvir, é que estamos aptos a viver pela Graça. Então, estando nossos olhos abertos, somos capazes de ver a cena espiritual completa disponível aqui e agora.
- Os Primeiros Anos: Cartas de 1932/1946 Nossas vidas, entendidas espiritualmente, são vidas de ação de graças, devido ao nosso contínuo reconhecimento da fonte daquilo que aparece de forma visível. Nossas vidas são feitas de sete dias de sábado de toda semana, sete dias de toda semana em que nossa conduta deve ser sagrada, e que nossos objetivos e ambições devem ser sagrados, em que nossos desejos devem ser sagrados. É a santidade, o descanso dos medos, preocupações, dúvidas e ansiedades que fazem um sábado.
- O Fundamento do Misticismo A quantidade de trabalho diário feito em meditação, determina o montante de revelações no interior, e isso, em retorno, determina o montante da demonstração na forma exterior.
- A Interpretação Espiritual das Escrituras Assim que você tiver sido hipnotizado na crença de um eu separado de Deus, você logicamente aceita todas as crenças que dizem respeito ao eu, nascimento, crescimento, maturidade, e por fim, morte. Só há uma maneira de se livrar da cena humana, e essa é entender que não há pessoa ou eu outro que não seja Deus nesta sala ou em qualquer outro lugar. Mas, a pessoa hipnotizada imediatamente irá se opor com o argumento, "Como pode você dizer que há apenas Deus nesta sala?" E a resposta é simples: só há uma Vida, e essa Vida é Deus, só há uma Alma, e essa Alma é Deus, só há um Espírito, só há uma Lei, e só há um Princípio criativo: Deus. O que pode estar presente a não ser Deus? Nada!
- Realização da Unidade O erro nunca é pessoal. Você deve, portanto, nunca condenar uma pessoa, mas ver o erro como impessoal, como parte do mesmerismo universal e não como parte de nenhum indivíduo. Nessa impersonalização do erro, você o dissipa. Uma das grandes leis da Bíblia é "Amai os vossos inimigos, abençoai os que vos amaldiçoam, fazei o bem a quem vos odeia, e orai por aqueles que vos tratam com despeito e vos perseguem." (Mat 5:44)
O seu entendimento da oração de perdão é que ela é a percepção/realização da unidade. Saber que o que aparece como perseguidor, como aquele que odeia, um inimigo em qualquer forma, é realmente o próprio Cristo, a quem o sentido finito interpretou erroneamente, o libertará de qualquer efeitos do ódio, perseguição ou inimizade.
Nunca esqueça de que em realidade não há pessoa doente para curar, ou pecador a reformar - apenas o Cristo - a presença a ser discernida espiritualmente. Esta é a lei do perdão. Assim nós oramos por nossos inimigos.
- A Interpretação Espiritual das Escrituras O princípio é o seguinte: sendo Deus amor, nosso bem deve ser infinito, sem "se"s, "e"s ou "mas"es, porque a graça de Deus não depende de alguma coisa que você ou eu façamos ou não façamos. A graça de Deus não pode ser contida. Nós podemos ligar ou desligar a eletricidade, ligar ou desligar a água, mas nós não podeos começar ou parar o fluxo de Deus. Deus á, e Deus é amor em sua completude e totalidade.
- Vivendo O Caminho Infinito O suprimento é uma atividade do Amor. Nós teremos limitado nosso suprimento se o tivermos limitado aos nossos empregos, nossas casamentos, nossas heranças, ao invés de perceber/realizar que o suprimento é na realidade uma atividade do Amor. TODO o suprimento que sempre aconteceu nas Escrituras, veio através do Amor de Deus por Sua Criação, e através do Amor dos profetas, santos e videntes de Deus. Esse Amor se manifestou como substância. Portanto, o suprimento É uma atividade do Amor, e se nós o limitamos às formas humanas de expressão, nós limitamos a quantidade de suprimento que pode vir a nós. Uma vez que elevamos o nosso olhar acima das formas e canais humanos de suprimento e realizamos DEUS como a fonte do Amor e, portanto a fonte do suprimento, nós começamos a abrir o caminho para o Amor vir até nós de muitas outras fontes.
- Amor e Gratidão O Natal é a revelação de nossa filiação divina, da natureza imaculada de nosso ser desde antes de Abraão ser, e até o fim do mundo. Mas, o Natal revela a necessidade de entendimento da natureza universal do ser espiritual, a imaculada concepção de todo ser, devido à paternidade de Deus e a irmandade dos homens.
A quem quer que você leve o seu presente, deixe que ele seja como um reconhecimento de sua identidade-Cristo. Dessa forma, ofereça o seu presente não à sua criança, seu parente, ou seu amigo, mas ofereça o seu presente ao Cristo, pelo reconhecimento da identidade-Cristo daqueles a quem você ofereceu presentes. Transforme o sentido comercial do Natal, mesmo com o seu assim chamado presente material, num despertar espiritual do Natal, de modo que cada presente que você ofereça não seja de uma natureza materialista, mas um oferecimento à Cristialidade do indivíduo.
- Falando sobre o tema Natal O negócio é uma atividade infinita, é para sempre sem limite, e nunca é dependente de pessoa, lugar ou coisa. Aí mesmo onde você está, o negócio está. Ele mora nela e é o resultado da consciência individual, porque a consciência individual é a Consciência universal expressada individualmente. Se realizamos nossas tarefas fazendo aquelas coisas que estão mais à mão, com fé em que há um poder invisível que os Judeus chamam de Emmanuel, ou “Deus conosco”, e que os Cristãos chamam de Cristo, nosso trabalho sempre frutificará.
Este poder onipresente e onipotente é a Presença de Deus prosperando sem esforço. É apenas a medida em que acreditamos que é algum poder pessoal, nosso ou de qualquer outro, ou que é a boa vontade dos humanos que nos faz prosperar, que causa aparente falha ou escassez de uma atividade próspera. O profeta Isaías claramente nos lembra: “Deixai-vos pois do homem cujo fôlego está no seu nariz; porque em que se deve ele estimar?”
- Negócios e a Atividade de Vendas ... você poderia nesse momento firmar-se nesta verdade: "Tudo o que o Pai tem é meu, e nunca mais eu tenho que me preocupar com suprimento." Você poderia fazer isso agora mesmo e demonstrá-lo, mas a maioria de vocês não o fará. A maioria de vocês ficará um pouquinho preocupada com as contas do próximo mês, e continuará a se preocupar com isso, aquilo, ou com qualquer outra coisa, e na medida em que você se preocupa, você está violentando o seu entendimento. Nessa medida, então, haverá um período de sofrimento, embora no final você acabe chegando ao seu objetivo.
- União Consciente com Deus Consciência é a palavra mais importante em todo o vocabulário d'O Caminho Infinito. Nada do que possamos pensar pode jamais tirar o lugar da palavra "Consciência". No seu estado puro, Consciência é Deus, e em Seu estado puro Ela constitui nosso ser. Como seres humanos nós vivemos como estados e estágios de consciência, graus de consciência. Na verdade, a partir do momento em que somos concebidos humanamente, a consciência que somos começa a ser condicionada. Nós somos condicionados por tudo o que nossos pais pensam, seus medos e suas esperanças são transferidos para nós. Então nós entramos na escola e somos condicionados pelos professores, colegas, pais dos colegas, sempre recebendo mais condicionamentos, de modo que quando nós realmente entramos no mundo, 90% das coisas que nós estamos convencidos serem verdade são na realidade inverdades. No mundo, e nossa cidade, o condicionamento continua.
Entretanto, a partir do momento e que tocamos um ensinamento metafísico, nós começamos a nos condicionar por outras linhas. Por exemplo, se considerarmos a afirmação "...a ninguém sobre a terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus." (Mateus 23:9) - e se a verdade deste princípio se registrar em nossa consciência, nós seremos em breve capazes de olhar à nosa volta e dizer, 'Oh, então existe um só Criador e nós somos todos filhos deste Um, nós somos todos iuais aos olhos de Deus".
Apenas isso já seria suficiente para remover nossos preconceitos e condicionamentos contra outras pessoas. Nesse ponto, nós teríamos uma nova consciência. Nós teríamos "morrido" para o estado de consciência repleto de idéias tendenciosas e preconceitos, e teríamos nos tornado um com nosso companheiro homem universalmente. Nesse ponto, teríamos nos tornado um novo homen.
Se esse tipo de condicionamento continuasse, eventualmente nós chegaríamos a uma nova extensão desta mesma idéia, e perceberíamos que, se isso é verdade, então nós derivaríamos nossas qualidades e heranças desse Um. Foi Emerson quem disse, "Não existe senão uma Mente universal, e todos os homens são entradas e saídas desse Um". Uma vez que comecemos a perceber que somos entradas e saídas de Suas qualidades, e que não somos limitados como pensávamos que fôssemos, não somos mais dependentes do que nossos pais humanos foram: agora nós somos dependentes de nossa Fonte. Isso pode levar meses de consideraçãos, mas eventualmente irá penetrar em nós, e diremos então, éramos cegos, agora vemos.
- Vivendo o Agora Lembre-se de que você nunca medita sozinho. Você é e está sempre na consciência dos estudantes, professores e praticistas do Caminho Infinito que estão em meditação com você ao mesmo tempo por todo o mundo. Quando você atinge uma medida do que é a realização de Deus, você leva junto com você aqueles que estão meditando. Quando o outro atinge a presença de Deus, você é elevado ao seu nível de consciência - e os sinais se seguem. Essa consciência é a graça de Deus fluindo como a sua filiação divina.
- Nossos Recursos Espirituais Precisamos viver de maneira a ser continuamente conscientes da presença divina de Deus em forma individual, de uma divina influência - anjos - sempre presente na consciência humana. E isso é Deus aparecendo como vida, Deus aparecendo como a mesma verdade que você parece precisar a qualquer momento, Deus aparecendo como substância e suprimento.
- Consciência ReveladaTodas as pessoas usam uma máscara escondendo sua verdadeira identidade. Na verdade, persona é a palavra em Latin para máscara; mas quando removemos a máscara da personalidade humana, nós descobrimos que tudo o que Deus é, a pessoa é. A personalidade humana, que é boa e má, bonita e feia, rica e pobre, para cima e para baixo, alta e baixa, desaparece na realização: “Aqui está o ser individual, Deus expressando Sua perfeição e harmonia.”
- O Trovejar do Silêncio Todas as pessoas usam uma máscara escondendo sua verdadeira identidade. Na verdade, persona é a palavra em Latin para máscara; mas quando removemos a máscara da personalidade humana, nós descobrimos que tudo o que Deus é, a pessoa é. A personalidade humana, que é boa e má, bonita e feia, rica e pobre, para cima e para baixo, alta e baixa, desaparece na realização: “Aqui está o ser individual, Deus expressando Sua perfeição e harmonia.”
- O Trovejar do Silêncio Como espiritualizarmos nosso próprio pensamento de forma a sermos a Luz do mundo? Nós fomos ensinados que a Verdade não pode ser conhecida pelo sentido humano; a Verdade não pode ser intelectualmente discernida. A Verdade é uma qualidade espiritual, e deve ser discernida espiritualmente. Ela deve entrar em nossa percepção através do sentido espiritual, através da consciência espiritual.. Esse sentido espiritual é atingido de duas maneiras, pela leitura de literatura inspirada, que, á claro, inclui a prática da verdade aprendida; segundo, pelo contato com aqueles cujo pensamento está na mesma direção. A consciência espiritual é contagiosa: é impossível estar na preseça daqueles que estão fazendo nem que seja o mais leve grau de esforço na direção dessa percepção, sem assimilar algo dela. O maior passo está na “receptividade”, “Fale, Senhor, teu servo escuta”, “Aquiete-se e saiba”, “Eu ouvirei a Tua voz”. Sempre é ‘aquiete-se’, sempre é ‘ouça’, a indicação sempre é tornar-se receptivo, abrir a consciência ao fluxo que vem de dentro. É como se, be alí junto de nosso ouvido, existe um reservatório infinito do bem espiritual, e, abrindo os ouvidos, ouvindo, nós abrimos a consciência para o fluxo interior da Palavra, o divino Espírito.
- Interpretação Espiritual das Escrituras O objetivo do nosso trabalho é a revelação da consciência mística até o ponto onde podemos apreender espiritualmente a verdade a respeito de nós mesmos e de cada um de nós. Isso acontece apenas quando o Espírito do Senhor Deus está sobre nós e “a boca do Senhor” nos dá nosso novo nome, que é Filho, Filho da Retidão, o Cristo. É da boca do Senhor que recebemos o nome Cristo, Amado, o amado de Israel, MEU filho. Nós ouvimos isso em nossos ouvidos na quietude e silêncio, e este é o Espírito do Senhor Deus que desce sobre nós.
- O Despertar da Consciência Mística Elevando-se acima do Parêntesis Joel S. goldsmith - Classe Aberta Hawaiian Village,1962- Tradução LivreEm minha meditação eu estava viajando ao redor do mundo em memória. E não apenas ao redor do mundo, mas ao redor do calendário também. E eu estava vendo as duas salas onde as atividades do Caminho Infinito começaram em Hollywood - primeiramente na sala de minha casa, e depois num escritório. Eu viajei para São Francisco, onde nossa primeira reunião consistiu de um grupo de 12 pessoas, e depois tudo o que aconteceu desde então em Portland, Seattle, Victoria, Vancouver, Chicago, New York, Europa, África, Down Under - sentados no gramado na Índia, falando a um grupo de 40 ou 50 estudantes num dia, e a um grupo de 200 estudantes, não do Caminho Infinito, mas de ensinamentos Orientais - de volta aqui ao Hawaí, onde sentamos no gramado do Hotel Halekulani, ou do outro lado da rua num pequeno apartamento do Nedra na Rua Kalia - ou em Kahala, onde falamos para sete estudantes a fita "O Trovejar do Silêncio". Eu via todos esses grupos pequenos que ouviram essa mensagem e os grandes grupos - as classes. E finalmente, até os halls com 1000 a 1500 pessoas. E assim continuando por 15 anos com crescente sucesso, crescente atividade e ainda assim retornando aos grupos como esse, com um trabalho do tipo que tivemos nesses últimos seis meses.
E eu pude ver que todos os frutos do trabalho, o sucesso da mensagem, sua expansão, se deve primariamente ao trabalho feito em pequenos grupos como esse, onde vocês dedicaram consciência. Dedicaram não a um homem ou a um movimento, mas a atingir a realização de Deus.
É uma coisa difícil explicar aos grandes grupos o significado dessas pequenas reuniões, o que nelas transpira, e o efeito que têm em todo o mundo - em toda a consciência humana, porque essas pessoas estão interessadas numa mensagem primariamente porque ela vai afetar sua saúde ou o seu suprimento ou suas relações familiares, vocês têm uma história completamente diferente daquela que se tem quando as pessoas se reúnem sem propósitos pessoais - Esta tem sido a função desses pequenos grupos em cada local do mundo onde temos tido pequenos grupos - onde temos tido grupos como esse. E, certamente, em toda a história do nosso trabalho nas ilhas do Hawaí, onde sempre tivemos esses pequenos grupos, a diferença é que a dedicação não tem o propósito de obter alguma coisa para nós mesmos, mas ao contrário, contribuir de alguma forma para a consciência humana. Não sem negligenciar o fato de que eu mesmo devo ser elevado a fim de trazer o mundo até mim, mas lembrando que o propósito de ser elevado é trazer o mundo até mim. Não é ser elevado para que eu possa fazer uma melhor demonstração da vida ou de vocês, mas que em nossa elevação o mundo também possa ser elevado na mesma medida.
A consciência de um grupo de pessoas dedicadas, o que o Mestre chamou de "dois ou mais estiverem juntos em meu nome", deve ser uma experiência de elevação de toda a consciência humana. Isto só se torna claro para vocês, quando percebem que no universo espiritual, não existem coisas como tempo e espaço. As pessoas na África do Sul não estão separadas de nós pelo tempo ou pelo espaço, nem as que estão na Austrália, Nova Zelândia ou Londres. No momento em que nos unimos em consciência, estamos todos em um único espaço de uma única mente, e o que o mapa parece testemunhar como tempo e espaço não tem qualquer sentido. Vocês têm a prova disso, é claro, na cura espiritual, onde já vimos que não há necessidade da presença física do curador. Isso, indiferentemente de onde vocês possam estar no tempo e no espaço, no momento que se unem com a consciência do Cristo, vocês são um com ela, e nem tempo nem espaço entram na demonstração. Entretanto, há uma coisa que de fato entra nela, e isso é realmente a que eu os estou conduzindo
Na semana passada, ao abrir a minha Bíblia eu tive um daqueles acidentes que vocês todos conhecem tão bem, de abrí-la numa página que por acaso estava iluminada como que com lâmpadas elétricas. Era o 16o capítulo de Marcos - o último capítulo e o último verso. O Mestre acaba de ascender e deixar os seus discípulos. Mais uma vez ele tinha estado sozinho com seu pequeno grupo, mas ascendeu e foi embora. Isso é o que se lê:
"Eles, pois, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam".
Pensem o que isso faz a você quando percebe que eles foram em frente e pregaram em toda parte, mas o quanto teria sido inútil exceto por - cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam. Que bem há em pregar sem os sinais que se seguem? Que bem há em ensinamentos sem sinais que se seguem? Que bem há em dizer a verdade a quem quer que seja, sem os sinais se seguirem? Qual o sentido de se publicar uma Bíblia ou um livro metafísico sem os sinais se seguirem? E como poderiam haver sinais se o Senhor não estivesse trabalhando com eles? Se o Senhor não está na revelação das escrituras que se tornam a Bíblia, se o Senhor não está trabalhando na consciência de um indivíduo que escreve um livro sobre metafísica ou misticismo, se o Senhor não está trabalhando com a pessoa que está ensinando ou revelando ou pregando, como vocês recebem os sinais que se seguem uma vez que "Eu de mim mesmo não posso fazer nada. Se falo de mim mesmo, eu testemunho uma mentira"? Se não há uma presença transcendental agindo comigo - isso nos leva de volta à nossa última palestra da manhã de Domingo, quando tivemos 1Coríntios, primeiro e segundo capítulos, nos quais Paulo deixa claro que Cristo não o enviara para batizar, mas para pregar, e não para pregar em palavras de homens sábios, mas para pregar o Espírito Santo. E isso deve sempre acontecer com sinais se seguindo.
Temos muita pregação no mundo - tanta pregação no mundo - e tão poucos sinais se seguindo. A razão é que nós tentamos pregar, ou tentamos ensinar sem estar certos de que o Senhor está trabalhando conosco. Para um de nós se levantar para falar sobre o Caminho Infinito, ou ensiná-lo, ou pregá-lo sem sinais se seguirem, seria uma evidência definitiva de que não temos o Senhor conosco. Em outras palavras, que nós não meditamos até o ponto da realização. Isto por si deveria ser um guia para cada estudante do Caminho Infinito - agora e pelas próximas 1000 gerações - que antes de pregar a palavra do Caminho Infinito ou ensiná-la, estejam certos de que houve suficiente meditação para atingir o ponto de realização, para que saibam que o Senhor está trabalhando comigo e que sinais se seguirão.
Para algumas pessoas que têm uma facilidade natural para a leitura e a memorização, sendo capazes de repetir - não é muito difícil ensinar e pregar uma mensagem metafísica ou espiritual. Mas a dificuldade está em se ter os sinais se seguindo. Pode ser um mistério para o resto do mundo como vocês conseguem ter o Senhor trabalhando com vocês. E, de fato, esse é o mistério. Há muito poucos ensinamentos na face do globo que lhes diz como um ser humano não iluminado se torna um ser humano iliminado. Ou como o "Eu de mim mesmo não posso fazer nada" pode se tornar o pregador com sinais se seguindo.
Está claro desde o início desta mensagem do Caminho Infinito que nós resolvemos esse enígma do universo - e a resposta é, meditem até o Espírito do Senhor Deus vir sobre vocês - meditem até que realmente sintam esta presença divina e possam testemunhar pelos seus frutos que o Senhor está trabalhando com vocês. Em outras palavras, não é verdade, como muitos ensinamentos clamam, que um longo período de tempo é necessário, ou que sacrifício e ascetismo são necessários, ou que se sente numa determinada posição, ou se jejue, ou que se frequente escolas. Esta não é a resposta. A resposta é muito simples - meditem até saberem que a sua meditação resultou num contato com a presença e o poder transcendental, que já existe dentro de vocês.
Na verdade, mesmo a meditação não é tão difícil como parece a muitas pessoas. Se, quando vocês se sentam para meditar, vocês percebem que não estão indo a Deus por alguma coisa, não estão esperando influenciar Deus a fazer alguma coisa - vocês não estarão esperando Deus descer do céu e escolher vocês para lhes fazer algum favor. Em outras palavras, quando vocês aprenderem a libertar Deus, na realização de que "Deus É". Vocês não podem questionar isso. Vocês não estariam nesse estudo se questionassem isso, porque vocês precisam, antes de tudo, ter um sentimento interior de que "Deus É" - uma convicção que não precisa de provas. Se vocês precisam de provas ou de algum poder racional, vocês podem desistir da busca e levar uma boa vida humana da forma que forem capazes, porque vocês não alcançarão sua visão espiritual.
Não há meios de provar a ninguém que Deus existe. E não há provas que provarão isso. As Escrituras são claras ao dizer que se vocês ressuscitarem alguém dentre os mortos, isso não os convencerá, e temos trestemunhado isso. Temos testemunhado isso muitas vezes - não importa quantas provas se forneça para alguém, cure alguém ou isso ou aquilo - traga-lhes um maior suprimento - felicidade no lar - isso não os convence porque no nível espiritual de vida não há nada que possa acontecer humanamente a vocês que os convença de uma causa espiritual.
Tudo o que possa acontecer a vocês como resultado de seus estudos espirituais, aconteceu a algumas pessoas sem esses estudos. Pessoas se tornaram milionárias sem se tornarem espirituais. Pessoas tiveram boa saúde sem se tornarem espirituais. Pessoas tiveram relações humanas felizes sem se tornarem espirituais. Portanto, apenas porque uma boa circunstância humana acontece a vocês, isso não deverá servir de prova de que Deus existe.
Deus não pode ser provado. Deus pode ser experienciado. E então pode acontecer uma convicção interior de que "Deus É". Mas isso não é baseado num processo racional, num processo mental ou em nenhuma prova que possa ser oferecida. A pessoa que acredita em Deus por causa de alguma prova, tem um fraco alicerce para sua fé. Ela sustenta a terra sobre nada. E, se vocês realmente acreditam em Deus, tem que ser sem ser por razão alguma. Nenhuma razão para o universo externo. Deve ser uma convicção interior, sem nenhuma necessidade de prova exterior. Mesmo o fato que apenas Deus pode fazer uma árvore deve ser necessário. Na verdade, isso não é uma prova para todas as pessoas. Muitas pessoas testemunham todas as árvores que nós fazemos, e ainda assim continuam atéias. Por outro lado, os assim chamados cientistas ateus da Russia estão se convencendo de que existe uma causa espiritual por trás de toda fundação material. Em outras palavras, isso não é baseado em nenhuma prova que tenham tido, mas uma convicção que veio do coração - uma convicção que veio da alma. Assim é.
Se houver alguém que queira uma prova do Caminho Infinito, poderá tê-la. Mas isso não provará nada a ninguém e será um fraco alicerce para a sua fé. Porque da próxima vez que queiram alguma prova e ela não vier, essas pessoas não terão nada em que se apoiar. No reino espiritual nós operamos numa base inteiramente diferente da do mundo material. O espírito é uma dimensão da vida ou da consciência. Seus valores são diferentes - suas maneiras, seus significados - suas atividades diferem das dos planos material ou mental. E, de uma coisa vocês podem ter certeza, no nível espiritual de consciência não existe tal coisa como uma prova. Existe apenas uma convicção interior. Enquanto antes eu estava cego, agora eu vejo. Eu não sei se esse homem me curou ou se essa cura me curou - a única coisa que eu sei é que enquanto antes eu estava cego, agora eu vejo. Portanto, eu sei que existe alguma coisa - não por causa das evidências, mas porque eu estava cego e agora vejo. Porque minhas faculdades espirituais interiores estavam obscurecidas e agora estão abertas, e eu vejo, eu sinto e eu tenho convicção.
A todo momento - e eu dou a vocês o Capítulo 16 de Marcos, verso 20 - faça dele uma espécie de senha:
"Eles, pois, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam".
Então vocês percebem que não têm o direito de viver nenhum dia sem que o Senhor viva com vocês. Porque o dia não será tão bem sucedido de vocês o fizerem. Não devemos tomar para nós nenhuma tarefa, a não ser que tenhamos a convicção de que o Senhor está trabalhando comigo, porque do conrário nós podemos apenas esperar pelo sucesso, e então, se o tivermos, ele não será realmente nada de que possamos nos gabar, porque será algo que poderá ser revertido.
Façam isso uma parte de nossa experiência, que uma das funções de toda a mensagem do Camino Infinito, é nos levar a um estado de consciência onde nós não tomamos para nós qualquer tarefa - onde nós não vivemos, e certamente não pregamos ou ensinamos antes que em nossa meditação tenhamos recebido o sinal interior "vá em frente", que diz que o Senhor está trabalhando conosco.
E então nós teremos certeza de que o Senhor está trabalhando conosco apenas pelos sinais que se seguirem. Porque o Senhor está trabalhando conosco, vocês podem estar seguros que enquanto antes eles estavam cegos, agora verão. Enquanto antes estavam doentes, agora estarão bem. Enquanto antes eram pobres, agora serão ricos. E onde antes estavam infelizes, agora serão felizes. Onde antes não estavam confortados, agora serão confortados. Em outras palavras, em cada avenida da vida, haverão sinais que se seguirão
Isso nos traz a um outro marco do Caminho Infinito. E um que, como o primeiro - esse também vai permitir que avaliem a si mesmos - avaliem-se - para ver se estão falhando ou se continuam no eixo. Esse ponto requer uma prática ativa de sua parte, enquanto eu lhes falo. Vocês terão que me seguir não apenas me ouvindo, mas realmente me seguindo num ato de consciência. Colocarei da seguinte forma:
A graça de Deus funciona apenas no agora imediato.
Eu quero qua vocês agora me sigam com sua própria consciência:
A graça de Deus funciona apenas no agora imediato.
A graça de Deus funciona apenas no agora imediato.
Agora, enquanto pondero essa declaração. Agor,a enquanto estou sentado aqui escutando. Agora, enquanto estou num estado de receptividade, a graça de Deus está funcionando através de mim - nesse universo e através desse universo. A graça de Deus etsá funcionando na consciência da humanidade em todos os lugares da Terra, mas apenas agora.
Agora, enquanto eu estou nesse estado de receptividade, estou consciente que agora, agora existe uma força-vital permeando essas árvores e flores. Exatamente agora, existe uma força-vital permeando cada árvore e cada planta lá fora. Exatamente agora, existe uma força-vital permeando o oceano e os peixes sob as ondas.
Exatamente agora, neste exato agora em que vocês estão conscientemente receptivos - extamente agora a graça de Deus está desenvolvendo uma seiva nas raízes no que aparecerá como amanhã ou na próxima semana ou no próximo mês, aparecerá externamente como botões e brotos e depois, finalmente como flores e frutos.
Entretanto, nada vai acontecer na próxma semana, ou no próixmo mês, exceto pela graça de Deus que etsá funcionando neste universo nesse segundo. Portanto, lembrem-se dos côcos que aparecerão na próxima semana estarão aparecendo por causa da graça que está funcionando no coqueiro neste momento. Se não há qualquer graça funcionando neste momento, então não haverá côcos na próxima semana. Se não houvesse a graça funcionando lá fora no mar, não haveria o movimento das marés ao longo dos dias, semanas, meses e anos.
Na medida em vocês estão conscientemente atentos, na medida em que seguem as minhas palavras, que uma graça - a Presença de Deus - um poder de Deus funcionando e toda a natureza - em toda a consciência humana, vocês perceberam que não podem fazer Deus operar ontem? Percebeeram o quão impossível seria voltar no tempo e fazer Deus operar ontem? Poderiam vocês impedir Deus de operar nesse instante? Poderiam vocês retornar a ontem e fazer alguma coisa? Poderia Deus retornar a ontem e começar a se manifestar? Claro que não.
Existe apenas o agora no reino espiritual. Existe apenas o momento presente. E existe apenas esse momento contínuo. É por causa deste momento contínuo que tudo o que acontece no futuro irá acontecer - por causa desse momento contínuo.
Poderiam vocês - observem isso atentamente - poderiam vocês ter Deus operando amanhã, agora, hoje? Poderiam vocês nesse momento ter Deus fazendo alguma coisa amanhã? Claro que não. Vocês não podem ter Deus fora deste rasgo de segundo. Vocês não podem mover Deus para frente e para trás. O que quer que seja para ser feito, Deus o está fazendo agora.
Vocês percebem, então, que cada momento em que vivem no passado vocês estão vivendo sem Deus? Vocês estão vivendo uma vida sem Deus cada momento que desperdiçam vivendo no passado, porque não há nada que Deus possa fazer a respeito dele, porque Deus não está lá. Deus está aqui e agora. O lugar onde estou é solo sagrado, agora.
Se houver alguma coisa para acontecer em minha vida no que chamamos futuro, isso tem que ser como uma continuidade da presença do agora - Deus - o Deus do agora. Eu não posso ter Deus operando amanhã. A manifestação de Deus amanhã é dependente da operação de Deus agora, porque Deus está operando apenas nesse rasgo de segundo e em cada rasgo de segundo em continuidade, Deus está operando. É por isso que nem mesmo Deus não toma um botão de rosa e uma hora depois o transforma numa rosa, porque Deus opera agora - e portanto, estarmos na manifestação do agora se desdobra de acordo com a natureza de nosso ser.
Mas, nós não poderíamos fazer isso sem Deus e não podemos ter Deus fazendo isso ontem, e não podemos ter Deus fazendo isso amanhã. O amanhã de Deus é apenas a continuidade do agora de Deus. Agora, nesse rasgo de segundo Deus é Deus e Deus é um Deus eterno, porque Deus opera eternamente no agora, mas não no passado nem no futuro. Portanto, se vocês estãp vivendo no futuro, vocês estão vivendo uma vida sem Deus, como se estivessem vivendo no passado
Tudo deve ser baseado no agora.
Introdução de "Um Parênteses na Eternidade" Joel S. goldsmith - Cape Town, África do Sul, Novembro de 1962- Tradução LivreEm algum lugar na consciência existe um lugar inexplorado, um lugar ainda não revelado pela religião, filosofia ou ciência. Eu sei que esse lugar existe, porque ele se coloca continuamente às vistas do meu conhecimento. Eu sei que, quando ele se revelar, ele mudará a natureza da humanidade: não haverá mas guerras, e o cordeiro se deitará com o leão. Eu sei o seu nome, porque foi revelado como Meu reino e Minha graça. Cristo Jesus falou desse Reino, mas nem a palavra falada nem os manuscritos até agora descobertos revelaram seu completo significado.
Nos mes momentos de maior elevação,Eu tenho vivido e experienciado esse Reino, e por vezes sua atmosfera permanece impregnada em mim por dias, mas depois, de novo ele me escapa. Às vezes nas curas eu tenho testemunhado sua ação, mas captei apenas alguns de seus lampejos. Ele me mostrou a mente humana da humanidade e suas operações, e como os homens usam a mente tanto com maus propósitos quanto com bons.
Esse reino espiritual, esse mundo interior, é tão real quanto o mundo que nós vemos, ouvimos, tocamos ou cheiramos - talves até mais real. Aquilo de que nós nos apercebemos através dos sentidos, eventualmente muda e desaparece, mas esse mundo interior, essas górias espirituais que nos são reveladas, essas luzes espirituais com quem aprendemos a permanecer no tabernáculo - essas nunca desaparecem.
Esse é o mundo que o Mestre Cristo Jesus revelou, um Reino que existe bem aqui onde estamos, mas se recebermos o Espírito de Deus dentro de nós. Ele já está estabelecido aqui na terra, apenas esperando nosso reconhecimeto e realização.
Encontrar esse Reino não nos tirará de maneira alguma deste mundo. Encontrar esse Reino nos deixará nele, mas não dele. Desfrutaremos de todas as coisas necessárias para enriquecer a vida, não nos tornaremos ascéticos, mas não mais desejaremos coisas ou ansiaremos por elas, e muito embora as riquezas da vida possam ser parte de nossa experiência, intimamente estaremos tão livres delas que todo o nosso ser interior será vivido em Deus e de Deus.
O mundo místico é um mundo real. É um mundo de pessoas e um mundo de coisas formadas da consciência iluminada ou esclarecida. Mas, como nos tornamos iluminados ou esclarecidos? Como encontrar esse mundo místico? O que é misticismo? Misticismo é "a experiência da união mística ou comunhão direta com a realidade última de que nos falam os místicos". É "a teoria do conhecimento místico; a doutrina ou crença que o conhecimento direto de Deus, da verdade espiritual, da realidade última, e de assuntos correlatos, é alcançada através da intuição imediata, insight, ou iluminação, e de uma forma que difere da nossa percepção ordinária dos sentidos".
A mensagem mística de todos os tempos é a mesma. A linguagem e o modo de abordagem podem ser diferentes, mas a mensagem e o objetivo - alcançar a união consciente com Deus - nunca muda. Ninguém pode se tornar um buscador de Deus em sua humanidade, mas, quando Deus toca uma pessoa em algum grau de despertar, ela é levada até alguma forma de ensinamento espiritual. Ela pode permanecer neste caminho até o final de sua busca, ou pode ir de ensinamento em ensinamento até finalmente encontrar aquele que vai de encontro à sua necessidade insatisfeita e lhe trazer a realização de Deus. Embora revelada em diferentes linguagens, diferentes termos e diferentes formas, o desdobramento interior leva sem erro ao único objetivo.
Nada se equipara à fascinação e aventura da vida mística. É uma vida de descobertas, descobertas que estão sempre em nossa frente, nunca atrás. Podemos ter tido uma experiência ontem, que nos elevou até o topo da montanha, mas nós não podemos viver na "pérola" de ontem, ou no maná de ontem, porque a experiência de ontem, independentemente do quanto foi extraordinária ou o quanto tenha excitado a nossa alma, é apenas uma preparação para uma ainda maior que está á nossa frente. Existe sempre o desafio das coisas intangíveis esperando nossa descoberta aqui e agora.
O reino de Deus não tem limites ou bordas, e toda a verdade que já foi dada ao mundo nos últimos milhares de anos mal encheria um dedal, se comparada ao que ainda há para ser descoberto. Ninguém até hoje já experimentou um milionésimo do que já foi revelado.
Pode alguém em algum tempo revelar a última palavra da verdade espiritual? Pode alguém em algum tempo penetrar nas profundezas de Deus? Pode alguém em algum tempo descobrir a totalidade de Deus? É verdade que os místicos de todas as eras nos deram lampejos da verdade, e suas palavras são carregadas de convicção porque por trás das palavras está a experiência em si mesma. Mas, quanto do que nós já lemos sobre as revelações espirituais nós efetivamente experimentamos? Quanto disso ainda permanece entre as capas de um livro? Quanto disso nós efetivamente testemunhamos? Quanta verdade nos chegou como um desdobramento interior com a força e o poder renovadores da revelação? Todo aspirante no caminho espiritual deveria estar constantemente alerta para alguma revelação da verdade. Se ele se satisfaz, entretanto, em meramente lidar com as palavras sem procurar extrair os significados mais ricos e profundos, dos quais as palavras são apenas símbolos, ele não está sendo alimentado pelo seu interior, mas pelas páginas de um livro. Tinta preta não tem bom sabor, tampouco há qualquer sustentação a ser encontrada numa página impressa, e aquelas pessoas que estão vivendo na palavra impressa estarão tão famintas quanto aquelas que sofrem de má nutrição. A substância sustentadora a ser encontrada nas palavras, impressas ou faladas, reside na verdade que pode ser introjetada pela consciência.
As verdades que são reveladas na literatura espiritual são sementes plantadas na consciência, e se essas sementes são plantadas numa consciência ativa e fértil, elas brotam e frutificam; mas se são levadas para a consciência adormecida - a inconsciência ou consciência morta, a consciência que está vivendo da forma, do ritual ou dos pensamentos de ontem - essas não podem se abrir, brotar e amadurecer.
Cada palavra da verdade que ouvimos ou lemos deveria ser levada para a nossa consciência como se fosse uma semente, e lá ser nutrida e alimentada. Ela deveria ser fertilizada com a meditação e pela ponderação e pela prática, até que num momento de quietude e silêncio, a semente possa se abrir, enraizar-se, e começar a frutificar.
O que nós lemos, então, não pode se tornar estéril. Há sempre a esperança de que o próximo parágrafo possa conter "a pérola de alto preço" para nós. O próximo parágrafo, ou um que venhamos a ler amanhã, pode ser a "pérola" para o nosso vizinho ou outra pessoa qualquer. Não existe nada que seja uma única "pérola". A vida espiritual é um colar que passaria em volta de todo o globo - tantas são as suas pérolas. Cada declaração da verdade é uma pérola. Cada princípio é uma pérola, cada experiência, quase que cada meditação, é uma pérola, basta que busquemos por ela profundamente dentro de nossas consciências.
Cada grão da verdade deveria ser usado como uma trilha ou uma ponte que nos leva a um despertar profundo, deixando que mais e mais verdade apareça na medida em que viajamos mais alto e para mais longe. Se não estivermos alertas, entretanto, e não mantivermos os ouvidos e a mente abertos, bastante abertos para ver o que vem adiante, seria o mesmo que tentar cruzar o oceano num barco enquanto adormecidos sobre o leme.
Literatura espiritual e pricípios espirituais são certamente trilhas ou pontes sobre os quais vocês e eu podemos viajar, mas para onde nos levam essas trilhas ou pontes? Sempre para a nossa consciência! Esse é o único lugar para o qual um ensinamento verdadeiramente espiritual pode nos levar - à nossa própria consciência.
"Deus não respeita as pessoas", e o que quer que seja possível para um, é possíel para todos, mas apenas para aqueles que buscam. Busquem e encontrem; busquem e encontrem; mas busquem no interior de suas consciências. Suas consciências e minha consciência são tão infinitas quanto a consciência de qualquer vidente espiritual, e qualquer que tenha sido o grau de desdobramento que qualquer alma iluminada tenha tido, nós podemos ter em igual grau de profundidade. Nós podemos não expressar essa Infinitude em sua totalidade, mas, mesmo assim essa é a verdade a nosso respeito.
Entretanto, independentemente do quanto a verdade se revela a nós, ou de quantas experiências de natureza espiritual nós venhamos a ter, assim que elas tenham servido ao seu propósito, nós deixamos que deslizem para fora de nossa memória e ansiamos pela próxima, porque a próxima será maior. Se escrevermos uma centena de livros sobre a verdade, ou curarmos umas mil pessoas, nunca devemos acreditar que chegamos ao fim de nossa consciência, porque nossa consciência tem uma profundidade além daquela do oceano, e uma circunferência maior do que todo o nosso universo e de todos os universos ainda desconhecidos e não descobertos. Não há limite para a profundidade de nosso ser e para a riqueza de nossa consciência, mas nós devemos mergulhar fundo em nós mesmos para trazer à tona a revelação da natureza de Deus, e eventualmente a natureza de nosso próprio ser. Aí então, nós descobriremos que Deus é, na verdade, nosso próprio ser e nossa própria vida.
Buscar, encontrar e experienciar esse brilho interior, essa realização interior da presença, essa comunicação interior com Deus, e então realizar que a cada vez que se repete, isso se torna uma experiência mais profunda e rica, uma experiência mais proveitosa, de modo que não pode nunca ter nada nela de final, aborrecida, monótona ou maçante - aqui reside a real aventura da vida espiritual.
Deus é infinito; a verdade é infinita. Cabe a nós nos elevarmos para dentro dessa Infinitude, explorar novas avenidas da verdade, abrirmos novas áreas de nossa consciência, porque toda essa verdade é nossa consciência, nossa própria consciência! Em um nível de consciência nós podemos colocar em evidência a literatura, arte, invenções ou descobertas. Num nível mais profundo de consciência nós podemos colocar em evidência experiências espirituais até - e incluindo - a última, que é conhecida como casamento, ou união com Deus. Tudo depende do que estamos buscando.
E o que é que estamos buscando? É apenas uma cura de alguma natureza? É apenas mais conforto no mundo humano? É apenas um relacionamento mais feliz, ou um pouco mais de dinheiro? É direito gozar de saúde; é direito ter abundância de suprimento; é direito ter relacionamentos humanos satisfatórios. E todas essas coisas inevitavelmente se seguem, mas se elas sozinhas são o objetivo de nossa busca, nós estamos desvalorizando a verdade. O objetivo em si mesmo é descobrir a essência da sabedoria espiritual explorar cada canto do reino espiritual, cada nível de profundidade, cada nível de altitude. Nisso reside a aventura espiritual.
Quem sabe que grande verdade será revelada para nós? Quem sabe que coisas maravilhosas estarão na nossa frente daqui a uma hora? Quem sabe que revelações surpreendentes da verdade podem nos chegar? É maravilhoso quando elas chegam, é maravilhoso quando elas acontecem, mas elas não podem vir se nós permitimos que alguma mensagem particular se cristalize em nós, ou se formos para a cama esta noite pensando que conhecemos a verdade, ou acordarmos amanhã de manhã acreditando ter atingido o máximo da sabedoria espiritual. Cada dia da semana deve ser um dia novo. Com cada dia deve vir sempre um anseio interior, não a lembrança de alguma coisa que foi revelada no dia anterior, mas um reconhecimento de nosso vazio e um apelo: "Pai, Pai! Venha, venha, revela Tua mensagem! Dá-me uma visão hoje; deixa-me conhecer-Te da forma correta; deixa-me penetrar profundamente em Tua consciência".
Existem maiores verdades encobertas em nossa consciência do que qualquer daquelas que já foram reveladas. Assim como a verdade se revelou através de um humilde sapateiro como Jacob Boehme, assim também uma verdade que abale o mundo pode ser revelada através de vocês ou de mim, e se isso não acontecer, pode ser que nós não a tenhamos desejado tão ardentemente quanto o fizeram os grandes místicos do mundo, ou porque nosso interesse tenha estado mais na superfície da vida do que em suas profundezas.
Por vezes, estudantes que tenham estado estudando por apenas um ano, me escrevem sobre sua insatisfação, desapontamento, e mesmo desencorajamento a respeito de sua falta de revelações e progresso. Frequentemente minha resposta é "Em apenas um ano. apenas um ano? Existem outros tantos milhares de milhões de anos à sua frente, e ninguém nunca vai alcançar a transição daquele 'homem cuja respiração está em suas narinas' para aquele 'homem que tem seu ser no Cristo meramente por estudar ou meditar por um ano'." Se o Reino de Deus fosse tão facilmente alcançável, todos o alcançariam. Mas quão poucos já o fizeram! Não se enganem, este é o mais difícil dos caminhos; esta é a vida mais difícil que há. É muito mais fácil para uma pessoa se tornar um Croesus, com uma saúde fabulosa, ou atingir grande fama, do que ter sucesso em alcançar a vida espiritual. É muito mais fácil realizar alguma coisa no mundo humano do que no espiritual, porque no mundo espiritual vocês e eu somos chamados a "morrer" antes que possamos alcançar o que estamos buscando.
A vida espiritual não se ganha deixando de fumar, ou de beber ou de comer carne, ou por estudar por uns poucos anos, ou por ir à igreja ou ter aulas. Ah, se fosse tão fácil! O Reino é alcançado por um processo de "morrer diariamente". Todos os dias da semana, como parte de nosso envolvimento na vida do Espírito, nós devemos vigiar se algum vestígio de humanidade nos deixa ou é deixado de fora. Cada problema deve ser visto como uma oportunidade para elevarmo-nos, qualquer que seja a situação, e se isso soa muito difícil, é melhor nem começar. Mas, se existe um impulso em nós, que nos compele a prosseguir, então devemos ser pacientes e persistir até que o consigamos. Essa conquista é possível a todo aquele que parte nessa aventura espiritual, e é possível sem preço - exceto o grande preço. Há um preço: "Vendam tudo o que possuem." Este é o preço, e é pago na moeda de nossa devoção. Este é o preço que o Mestre demandou de seus seguidores quando lhes disse, "Aquele que ama pai e mãe mais do que a mim não é digno de mim... Vendam tudo o que possuem... Sigam-me e eu os farei pescadores de homens." Disso podemos apreender o quão difícil é essa conquista espiritual, e porque nosso progresso é tão lento, e não vamos reclamar. Nós vamos estar satisfeitos, realizando que se os seguidores de Jesus em seus dias tiveram que dar esses passos, assim teremos nós.
Mas, embora possamos mergulhar fundo nas profundezas até o limite de nossa capacidade e falharmos em atingir o objetivo, a busca ainda assim vale à pena, mesmo se tivermos que passar anos e anos acreditando que não estamos fazendo nenhum progresso. A verdade é que com cada esforço, com cada expedição, com cada busca, com cada meditação, nós estamos nos movendo lentamente e inexoravelmente em direção ao objetivo de toda a vida - a união com Deus.
Problemas e circunstâncias afetam as vidas de diferentes pessoas de diferentes maneiras. Eles podem levantar ou quebrar uma pessoa, ou podem deixá-la no ponto e que a encontraram. Não há nada de trágico em se estar quebrado, ou ser um fracasso, não mesmo. Uma pessoa que fracassa, essa pessoa tentou, normalmente tentou bastante, e há uma satisfação nisso, e há uma esperança nisso, porque se a pessoa continua a tentar, ela nunca vai ser derrubada, e muito embora possa estar quebrada, ela se levantará novamente. A tragédia, se existe uma, ou a desgraça, está em querer continuar, dia após dia, a acordar pela manhã e ir para a cama à noite, e estar em nenhum lugar amanhã que ela já não tenha estado ontem.
Pensem nas oportunidades ilimitadas que existem em qualquer grande metrópole, de se adquirir conhecimento e apreciação da grande arte, literatura, música, religião e ciências naturais do mundo, e então pensem nas milhares de pessoas sem objetivo andando pelas ruas dessas cidades sem nem sequer se darem conta dessas oportunidades, mais frequentemente do que não, nem mesmo se incomodando com isso. Isso é uma tragédia!
Não é a mesma coisa, ainda um pouco mais, com qualquer mensagem ou ensinamento verdadeiramente espiritual? Não existem pessoas no mundo que estão expostas de tempos em tempos, de alguma maneira à verdade, e ainda assim não lhe dão importância? Isso é triste, porque encontrar uma mensagem espiritual poderia e deveria ser o começo de uma vida de aventuras. É verdade que nem sempre acontece desta maneira. Ela poderia nos deixar no mesmo lugar onde nos encontrou. Isso não pode nos quebrar - isso ela não poderia nunca fazer - mas pode elevar-nos, e poderia abrir a vida à alegria e entusiasmo espirituais, e a buscar e encontrar. Isso deveria nos estimular a girar e girar e começar tudo de novo para ver quão longe podemos ir nesse Caminho.
Não existe um Deus lá fora no espaço. O Deus que existe está encondido dentro de nós, esperando que cada um de nós o descubra por si mesmo. Nós não temos que ir a nenhum lugar no tempo e no espaço. A jornada espiritual, a maior das aventuras, não acontece no tempo e no espaço. É uma jornada na consciência - e essa jornada ninguém pode fazer por nós.
A Quarta DimensãoJoel S. GoldsmithQuando Jesus Cristo disse: “Eu, de mim mesmo, nada posso; o Pai em Mim é quem faz as obras”; e Paulo afirmou: “Não mais eu quem vive, mas o Cristo vive em mim” – revelaram a quarta dimensão da vida, na qual “não só de pão vive o homem” e nem por sua vontade, esforços ou sabedoria pessoais.
Chega um momento, em nossa experiência, em que já não somos unicamente nós (aspecto humano), senão que alargamos nossa consciência para a percepção de uma Presença interna. Este momento de transição ocorre quando esta Presença se-nos torna real e assume a direção de nossa vida. A partir desta experiência, não mais ficamos “cuidadosos com a nossa vida”, porque sentiremos sempre a proximidade desse Algo – que é o Cristo ou Presença divina – que harmoniza nossa experiência diária.
Nesta experiência de transição, deixamos de ser meramente seres humanos (que elaboram os próprios pensamentos, planejam as próprias vidas e resolvem seus assuntos particulares) para atingir um nível de consciência em que sentimos realmente esta Presença interior. Vivemos, então, como se nos houvéssemos separado um pouco de nós mesmos – digamos, uns dois ou três centímetros – passando a observar, como simples espectadores, o modo como estamos vivendo.
Se neste momento estamos na esfera profissional, veremos que nos chegam outros negócios dos quais não somos responsáveis – ou seja: sobre cuja realização não fizemos esforços pessoais. Se formos escritores, músicos, etc., receberemos idéias e temas com os quais jamais havíamos sonhado e que inspiradamente nos chegam do íntimo. Saberemos, então, que não os estamos gerando, mas que são dados por uma Graça interna.
Estão, se empenhados num Trabalho Espiritual, de cura ou pregação, veremos que os pacientes e estudantes nos serão encaminhados, mas será o Espírito que os sanará e ensinará. Compreenderemos, então: “Vivo – mas não eu, senão que o Cristo é Quem vive minha vida. Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”
Em tal estado, convertemo-nos no instrumento consciente de ação da Consciência divina. Então compreendemos a citação do Mestre: “Não eu quem faz as obras, mas o Pai que mora em mim é Quem as faz”. Jesus queria significar que de seu próprio conhecimento ou esforço ele nada podia fazer, senão que era a atividade da Verdade, em sua Consciência, que tornava possíveis os milagres de cura, de conforto ou de alimentar multidões.
Vimos a ser, pois, o veículo através do qual a vida vive a si mesma ou o mensageiro levando a divina Mensagem. Saberemos que já não estamos vivendo a própria vida, senão que a Presença e o Poder a estão vivendo, fazendo de nossa instrumentação humana o seu modo de expressão ou meio de atividade. Esta vivência nos permitirá entender claramente porque o Mestre disse: “Eu e o Pai somos um, mas o Pai é maior que eu”. Não que isto sugira dualidade ou separação, pois seria um retorno à crença passada de um Deus separado do homem. Já aprendemos que Deus Se manifesta individualmente como Eu e Tu, o que vem mostrar que Eu Sou, Deus, embora sendo um Princípio infinito, universal, divino, da vida, aparece como eu e tu individual, de modo que em verdade “Eu e o Pai somos um”: o Ser interno a exprimir-Se como o indivíduo externo.
Não obstante, tudo isto são meras declarações da verdade, até o momento mesmo de nossa transição, em que a experiência interna converte estas idéias em verdade viva, em realidade palpável. Aí estas declarações da Verdade cederão lugar à Presença interna, que se torna uma experiência real.
Ao alçar-nos a este lugar na Consciência, em que o Cristo vive as nossas vidas, constatamos ao mesmo tempo, que o Cristo mantém e provê nossa existência inteira, suprindo-nos vitalidade, iniciativa, inteligência, amor, persistência, valor e saúde, necessários ao atingimento de nossas metas. Ele também nos subministra recursos materiais bastantes, reconhecimento e prestígio, já que, havendo tomado o leme de nossas vidas, poderá manejar todas as coisas devidamente, na amplitude de nosso nível, promovendo a realização total de nossa vida. Ele irá adiante de nós, proporcionando transportes, hospedagem, oportunidades e êxito em tudo que empreendermos.
Aqueles que se ocupam do Ministério Espiritual logo verão que este Infinito invisível supre tudo o que é preciso para a completa manifestação da mensagem, posto que “o meu ensino não é meu, e sim dAquele que me enviou”. Tudo o que seja necessário à expressão da Mensagem e, quem quer que seja o inspirado ou Mensageiro, tenhamos a certeza de que será apoiado, sustido e suprido por Aquele que é a Fonte e a Inspiração da Mensagem.
Quer esteja no exercício de atividades comerciais, quer nas artes, numa profissão liberal ou nos deveres do lar, numa profissão liberal ou nos deveres do lar, a pessoa inspirada sente-se, de imediato, livre de toda responsabilidade pessoal, na medida em que o Infinito Invisível se converte na Alma e atividade de seu ser.
Compreendamos, agora, que quando Jesus fala do Pai que está nEle, refere-se ao Poder e à Presença divina que lhe animaram o ser e que constituía o poder curativo, o poder que multiplicou pães e peixes, o poder que apaziguou a tempestade, o poder que ressuscitou Lázaro dentre os mortos. Da mesma forma, compreendemos o que disse Paulo, quando fala que tudo podia através de Cristo, aludindo ao Poder divino que chamamos o Infinito Invisível. Foi esse Poder que possibilitou ao “Apóstolo dos gentios” cumprir sua missão de levar a mensagem cristã ao mundo de sua época. Ele recebia, dessa Presença interna, a força, a inspiração, a coragem e todo sustento.
“O Pai que mora em mim é Quem faz as obras” (de Jesus) e o “Cristo que me fortalece” (de Paulo) são um e o mesmo Espírito interno, a mesma Consciência da Verdade, que supria o povo prometido com o maná, e o guiava “como nuvem durante o dia e coluna de fogo durante a noite”, através da realização de Moisés; que aparecia como tortas assadas sobre a rocha, como corvo trazendo alimento ou como uma viúva oferecendo alimento, através da realização de Elias; na forma de cura maravilhosa, à porta do Templo, chamada Formosa, pela realização de Pedro e João. “O mesmo Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos, dará também a vida a vossos corpos mortais”.
Isto tudo é muito claro: existe um Espírito em nós, uma Chispa divina que denominamos o Cristo, que nos eleva à Quarta Dimensão da vida – a um estado de Consciência em que não mais vivemos pelos esforços pessoais, pela sabedoria, pelo poder ou pela saúde pessoais – no qual somos investidos de um Poder que nos vem de dentro do Reino de nosso próprio ser.
Novamente repito: há um nível que atingimos neste mundo, em que já não vivemos a própria vida, senão que o Infinito Invisível a vive por nós, precedendo-nos no Caminho e solucionando tudo. Ele nos acompanha como a Fonte e a atividade de nossa vida diária, revelando-Se como água, maná, alimento, proteção, segurança e saúde. E ainda que o templo de nosso corpo ou o nosso lar fossem destruídos e nossos negócios desfeitos, esse Infinito Invisível os reconstruiria rapidamente, “restituindo os anos que foram consumidos pelo gafanhoto”.
Mesmo que defrontemos dificuldades, temores e discórdias – servirão para mostrar ao mundo que dentro de nós há um poder que supera as vicissitudes e tentações: “Maior é Aquele que está em mim, do que o que está no mundo”.
Pois bem, neste exaltado estado de Consciência Crística, avançamos sem barreira material, sem impedimentos físicos, emocionais, mentais ou financeiros. Em tal estado de Consciência divina, que é o Céu, as realidades do mundo de Deus se nos tornam tão reais quanto o plano sensorial, porque as limitações dos sentidos se desvaneceram.
Aos poucos, vamos entendendo que esta Presença e Poder são atemporais, pois, independentemente de quando se revelem à nossa Consciência, em verdade sempre existiram dentro de nós, sem que o soubéssemos. Em outras palavras, embora este Infinito Invisível esteja conosco agora, só chegará a ser marcantemente real e poderoso em nossa experiência – como o foi para os profetas hebreus e aos cristãos iluminados de outras épocas – através do desenvolvimento da Verdade em nossa Consciência; através da conscientização da Verdade em nossa Consciência; através da atividade da Verdade em nossa Consciência.
Agora dediquemos um momento à natureza ou função deste Poder que chamamos o Cristo. O Cristo é a atividade, a substância e a lei invisível de tudo quanto aparece como efeito. É por isso que não devemos deixar-nos hipnotizar pelas aparências. Com isso quero dizer que, se humanamente temos saúde ou riqueza, isso não significa havermos alcançado a imortalidade, a segurança. Mesmo que tenhamos um refúgio antiatômico na montanha, não pensemos haver encontrado segurança. Não ponhamos nossa fé ou dependência em nada, em nenhum efeito, em nenhuma pessoa. Doutra parte, não tenhamos temor ao pecado, à enfermidade ou à carência. Eles não têm poder nenhum. “Ainda que eu tenha de atravessar o vale das sombras da morte, não receio mal algum, porque Tu estás comigo”.
Ao encarar as condições humanas do bem e do mal aparentes, lembremo-nos sempre de tomar consciência de que todo efeito espiritual, harmonioso, é produzido pela atividade do Cristo. A atividade do Cristo manterá e sustentará todos os acontecimentos e experiências felizes e harmoniosas. Ainda que estes sejam momentaneamente perturbados ou destruídos, não nos deixemos alarmar. Não nos preocupemos com os órgãos ou funções de nosso corpo, nem pela situação econômica ou política, posto que a atividade do Cristo é a lei de Ressurreição de tudo isso.
O propósito de nosso Ministério Espiritual é o de nos elevar à Quarta Dimensão, onde não mais vivemos de efeitos, nem só de pão, ou vitaminas ou sais minerais; onde vivemos mercê da atividade do Cristo, do Infinito Invisível. Nesta Quarta Dimensão da vida, que é Consciência Espiritual, todo efeito que surgir em nossa experiência, será na medida de nossa necessidade, para suprir-nos abundantemente.
Recordemos, sem lugar a dúvidas, que o Cristo é o fundamento, a lei ou o desabrochar de nossa experiência.
A Quarta Dimensão é esse estado de consciência em que toda a nossa confiança, fé, dependência e compreensão estão firmadas no Infinito Invisível, no Qual aprendemos a usufruir as conquistas do Espírito e as harmonias de viver diariamente na Graça.
Ainda que não O contemplemos com nossos olhos, sem dúvida alguma, na câmara secreta, interna, de nosso ser, descobriremos espiritualmente, em nossa meditação, a atividade do Cristo em nossa vida!
Impersonalizando o Erro Joel S. Goldsmith - Cap. VII de O Eu MísticoA história do mundo registra centenas de místicos que se elevaram tão alto em consciência a ponto de conscientizarem o Eu; no entanto, muitos jamais conseguiram desfrutar uma vida feliz, saudável e bem-sucedida, nem formaram um corpo de alunos capazes de revelar ao mundo a harmonia divina aqui disponível para todos. Por quê? Por quê, apesar de terem atingido tamanha elevação, continuaram às voltas com as discórdias deste mundo? Eis o motivo: não captaram a importância e o significado da natureza do erro.
Sem uma compreensão da natureza do erro, este mundo não será, na próxima geração, diferente do atual. Todos sabemos que tem havido várias revelações do Eu, mas, igualmente, sabemos que estas revelações não salvaram o mundo. A revelação da natureza do erro, combinada com a revelação do Eu, poderá cumprir este objetivo e irá fazê-lo.
Uma compreensão do não-poder do efeito é essencial
É verdade que a natureza do erro foi ensinada, em certa escala, nos primeiros anos de ensino e cura metafísicos, mas o real significado do princípio da nulidade e não-poder da doença não foi entendido. Acreditou-se que a mente, que foi tornada um sinônimo de Deus, era o poder que curava a doença; em resumo, que Deus era o poder que a removia. Contudo, se você aceitar a Verdade de que Deus é onipotente, logicamente concluirá o seguinte: “Ora, então nada, senão Deus, é Poder”. Isto implica a impotência de toda e qualquer coisa que se lhe apresente como poder, seja ela pessoa, circunstância, coisa ou condição. Poderá encará-la objetivamente e perceber quão impossível é ela ser um poder ou possuir um poder, sendo que Deus é onipresente e onipotente, a única Presença e o único Poder.
Quanto mais conscientes ficamos da natureza de Deus como Onisciência, Onipotência e Onipresença, mais nos tornamos conscientes do não-poder deste mundo do efeito. Talvez você fique imaginando qual seria o motivo que provocou a não-descoberta deste princípio pelos antigos místicos, e a resposta é que suas mentes estavam condicionadas, assim como alguns dos místicos atuais estão condicionados. Eles acreditavam que o “karma” é poder, mais poderoso até que Deus, ou acreditavam que Deus se utiliza do mal para alcançar Seus intentos. Estavam tão condicionados, que não podiam abrir mão de sua crença no poder do pecado, doença, falsos desejos, carência e limitação. Isto é o que dificulta explicar este princípio àqueles que não se deixaram conduzir internamente a este ensinamento. Os que conseguiram fazê-lo, puderam logo aceitá-lo e compreendê-lo, certamente por já terem tido a oportunidade de comprovar o não-poder do erro de uma forma ou de outra. Contudo, seja qual for esta experiência, isto é somente um começo.
Os poderes deste mundo não são poder na Presença de Deus
Como fazem milhares de pessoas da atualidade, séculos atrás, também os hebreus oravam a Deus pela destruição dos males de seu mundo, mas nunca eles eram destruídos. Desde o advento do Cristianismo, os cristãos têm orado a Deus para vencer os males de seu mundo, e estas preces, igualmente, nunca foram bem-sucedidas. Pessoas de outras religiões e ensinamentos têm feito preces para dominar os males de seu mundo, mas estes não foram dominados. E isto jamais ocorrerá, a menos que haja o reconhecimento de que estamos todos perdendo tempo enfrentando o mal. Se Deus pudesse combater o mal, não precisaríamos orar a Ele para que assim o fizesse. Deus faria isto sem necessitar de nossas súplicas.
Não comece falando a Deus sobre algo que Ele não esteja já fazendo. A sabedoria de Deus é infinita – não a sua, mas a sabedoria de Deus. A sua sabedoria passa a ser infinita quando você “morre” o suficiente para as suas teorias, suas crenças, seus conceitos, e, em meditação, você se abre em consciência para receber a sabedoria de Deus. Somente assim, a sua sabedoria será infinita, por já não ser mais sua, mas a sabedoria de Deus.
Em suas meditações, eventualmente, você chegará a uma profunda comunhão com Deus, entrando em tabernáculo com Ele. Esta Presença é tão real e tangível quanto qualquer coisa que você tenha conhecido, ou até mesmo muito mais real; e, ao começar a comungar com este Espírito, através de suas meditações, Ele, em seu íntimo, logo o convencerá de que os poderes do mundo não são poder, e mais especialmente, de que os poderes malignos do mundo não são mal algum. De fato, nada é mal, exceto quando o pensar o torna assim. Aceitá-lo o torna assim; porém, em si e de si mesmo, o mal não existe.
Em qualquer grau de cura espiritual que você tenha experienciado, você já obteve a prova desta Verdade. Em outras palavras, se esteve com um resfriado, que supostamente era um poder, e obteve uma cura espiritual, então irá saber que isto provou que o resfriado não era o poder que ele alegava ser.
Se você teve uma doença mais séria, e através de sua própria consciência, ou consciência espiritual de alguém, pôde observar o sumiço da dor e dos sintomas, e a conseqüente restauração da harmonia, tudo o que realmente você experienciou foi a nulidade daquilo que estava surgindo como uma doença, porque se ela fosse alguma coisa, continuaria existindo como essa coisa. O próprio fato de ela ter desaparecido sem o uso de medicamentos materiais, cirurgia, ou outras aplicações de qualquer tipo, significa que não era, de fato, aquilo que alegava ser.
Mal, um hipnotismo universal
Todo mal, de qualquer nome ou natureza, é produto de um hipnotismo, ou má-prática universal, baseada na crença em dois poderes, e descrita por Paulo como mente carnal. Qualquer discórdia à nossa frente nada mais é que este senso mesmérico. Não se trata de uma crença minha ou sua: trata-se de uma crença universal, sob a qual nos colocamos, em virtude da nossa ignorância da Verdade.
Através da atividade da mente carnal, operando universalmente, submetemo-nos a este hipnotismo desde o momento da concepção; e, se estivermos vivendo sob a lei do bem e do mal, tudo poderá acontecer. Ou nos sujeitamos à mente carnal universal, às suas crenças e atividades, ou atenderemos mais e mais ao impulso espiritual.
Exemplificando, quando no outono caem as primeiras chuvas frias, provavelmente três ou quatro, dentre dez pessoas, pegam resfriado, não por causa de seus pensamentos errados, mas devido ao hipnotismo universal oriundo desta crença em dois poderes. Tal hipnotismo pode ser quebrado pela conscientização de que não é preciso nos sujeitar ao mesmerismo do mundo, e pela compreensão de que o hipnotismo, ou mente carnal, não é de Deus; não é espiritualmente ordenado, não é sustentado por nenhuma lei espiritual. Concluindo: ele não é poder.
Nós não lutamos contra o hipnotismo ou mente carnal; não discutimos com ele; não tentamos destruí-lo nem nos elevarmos acima dele. Para nós, o hipnotismo e a “mente carnal” são meramente nomes que identificam o bem e o mal como a essência de toda limitação, mas tão logo sobrepujemos a crença nos poderes do bem e do mal, iniciamos a dissolução da origem de nossas discórdias e desarmonias.
Quanto mais vivermos na conscientização de que não precisamos de nos sujeitar ao hipnotismo universal da crença mundial em dois poderes, mais nos libertaremos daquela influência para vivermos sob a Graça e não sob a lei. Quando compreendermos a Deus como Onipotência, poderemos, então, perceber que o hipnotismo, o mesmerismo, a mente universal, ou a crença universal em dois poderes, não são poder; e, à medida que percebermos isto, proporcionalmente nos libertaremos.
Esta crença universal da mente humana ou carnal somente pode atuar como poder por causa da nossa aceitação da mesma; mas, em si e de si mesma, inexiste qualquer poder na sugestão de um ser apartado de Deus ou de uma presença ou poder apartados de Deus. A única presença é Onipresença. Embora possamos acreditar que vemos um fantasma, embora possamos ver pecado, doença, ou morte, a única presença é a Onipresença.
Deus é o único poder, a despeito das aparências, e Deus é onisciência, todo-sabedoria. Portanto, não temos de conhecer coisa alguma sobre a atividade da mente ou do corpo; tudo que nos cabe fazer é descansar na onisciência de Deus, repousar em Sua sabedoria infinita. Ao permanecermos na Onisciência, Onipotência e Onipresença, poderemos convictamente afirmar: “Ah, sim! Não há presença alguma nem poder algum ao lado de Deus, e isto a que chamamos de crença em dois poderes – a mente carnal – não é poder. Isto não pode atuar sobre o homem nem através dele,”
O mal é impessoal
Todo mal é impessoal: não há pessoa em quem, sobre quem, ou através de quem ele possa operar. Seja uma alegação de tempo, de doença, ou de carência – seja qual for o nome ou a natureza do mal – o mal é impessoal. Não teve sua origem em mim, em você ou em qualquer pessoa, lugar, coisa ou condição. A raiz do mal é a mente carnal, ou a crença em dois poderes; e a crença de que existe poder na doença, no pecado, na carência, é o hipnotismo causador de toda a discórdia no mundo.
Ficaremos sem “mente carnal” à medida que conscientizarmos que, neste mundo todo, o bem e o mal não existem como entidades. Portanto, mesmo pensar ou dizer que tal pessoa, coisa ou condição sejam boas, significa permitir que a mente carnal nos controle. Há somente um Ser, uma Essência, um Poder, e este é Consciência – Deus. A Consciência não é boa nem má: Ela simplesmente É.
Para ser boa ou má, a Consciência teria que ter um oposto, e Ela teria que possuir graduações. Não há opostos em Deus; não há graduações em Deus: Deus é infinito; Deus é onipresente, onipotente, onisciente, o que impede que haja espaço para oposição, opostos, limitações ou finidade. Ao permitirmos que limitação e finidade operem em nossa consciência, estaremos trazendo a mente carnal à nossa experiência. A mente carnal não é sobrepujada através de lutas contra ela, mas através do reconhecimento de que ela se compõe de uma crença no bem e no mal.
Nós reconhecemos o bem e o mal na experiência humana
O que vimos não quer dizer que deixaremos de reconhecer o bem e o mal em nossa vivência cotidiana. Naturalmente, nós reconhecemos que uma condição de saúde é uma experiência melhor em nossa vida do que a de doença, e um dos frutos da vivência espiritual é um senso máximo de saúde que podemos estar agora desfrutando. Assim, enquanto é verdadeiro que humanamente aparentemos ser compelidos a reconhecer as limitações do bem e do mal, deveremos reconhecer que a Consciência não incorpora dentro de Si mesma quantidades ou qualidades de bem e mal, ou de limitação.
Ao nos envolvermos com a rotina das atividades diárias, internamente manteremos nossa percepção espiritual do Eu como consciência individual e o reconhecimento de que tudo que surgir em nossa experiência como pecado, doença, morte ou limitação é a mente carnal, o “braço de carne”, ou seja, nenhuma mente.
Não negaremos que haja maus motoristas, motoristas alcoolizados, descuidados ou incompetentes nas estradas. Enquanto o quadro humano for considerado, os trajetos estarão cheios de pessoas boas e más; mas, ao assim reconhecermos, assumiremos nossa postura espiritual: “Sim, esta é a aparência decorrente da crença no bem e no mal –mente carnal--, mas ela não é poder: não é ordenada ou mantida por Deus. Simplesmente é o “braço de carne”.
Através de nossa experiência humana, não poderemos evitar de tomar conhecimento de pecado, doença e pobreza no mundo, condições que no mundo estarão enquanto existir uma raça humana que não tenha se emancipado. Enquanto perdurar um mundo fundamentado na crença no bem e no mal, estes quadros estarão aqui para serem vistos: doença por toda parte, morte, insanidade, e todas as demais coisas componentes da mente carnal. O que irá determinar a harmonia de nossa experiência é a nossa reação a estes quadros, não por escondermos nossas cabeças na areia, afirmando ou declarando que eles não existem, mas por fazermos o reconhecimento: “Sim, eles são o braço de carne”. Têm poder temporal. Eles são poder para um mundo que crê no bem e no mal, mas não são poder para mim. Eu sei que existe somente um Poder”.
No início e nossa jornada espiritual, meramente saímos de um conceito mortal de mal para um conceito melhorado de vida humana, com mais saúde, mais prosperidade ou felicidade. Contudo, não é este o nosso objetivo final de vida. Este objetivo final é a realização espiritual, que eventualmente erradica a ambos os conceitos de vida humana: o bom e o mau.
A Onipotência do Eu
Ao testemunhar os males do mundo, se eles surgirem em sua vida ou na de seus familiares, vizinhos ou em sua nação, certifique-se de estar cobrindo os dois princípios maiores de O Caminho Infinito: primeiramente, abra a porta de sua consciência e admita o Eu; a seguir, faça o reconhecimento:
Não se atemorize. Eu estou com você. Não tema com relação àquele que está lá fora: Eu sou Ele. Eu estou aqui, e Eu estou lá. Não tema: Eu, em seu âmago, sou poderoso. Eu sou vida eterna. Eu sou o Caminho. Apenas confie em Mim. Não tema perigo algum, pois não há poder algum externo a você. Eu, em seu âmago, sou poder infinito, o poder-total, o único poder.
Viva pela Graça, pois Eu sou o seu alimento, seu vinho, sua água. Eu posso dar-lhe a água que, ao ser bebida, fará com que jamais volte a ter sede. Eu tenho alimento que você não conhece. Eu sou a ressurreição. Eu sou o Caminho para a sua paz; Eu sou o Caminho para a sua abundância; Eu sou o Caminho para a sua segurança.
Eu sou a rocha. Eu sou a fortaleza. Eu sou a muralha. Habite em Mim, e permita-Me habitar em você, e mal algum o atingirá. Nenhuma arma apontada a você irá produzir qualquer efeito. Por quê? Porque elas todas são sombras; não são realidades; não são poder. Eu, em seu âmago, sou onipotência, o único poder. Estas flechas, estes dardos envenenados, estes germes, estas balas, estas bombas: são todos sombras. São crenças num poder apartado de Mim. São a crença universal em dois poderes. Acredite em Mim como Onipotência.
Você não estará na Mística até que tenha aberto a sua consciência e aceito a Verdade de que Eu, em seu âmago, sou Ele, este Cristo encarnado em você, e que a Anunciação significa o nascimento do Cristo em você. Mas, quando aceitar isto, não se esqueça de que o trabalho somente estará completo quando você associar a onipotência do Eu, que é o primeiro princípio de O Caminho Infinito, com o segundo, que é o “não-poder” de tudo aquilo que estiver aparecendo como o mundo do efeito.
Reconheça o mal como a mente carnal
Em sua experiência, você estará lidando com pessoas de diferentes níveis de consciência, de várias graduações de bem e mal, e mesmo que elas tenham contato pessoal com você, não fugirá de seu conhecimento o mal em pessoas ativas nas ocupações nacionais e internacionais. Não será o bastante, posso lhe garantir, você apenas testemunhar o fato de que o Cristo está presente nelas. Você terá que dar o segundo passo e também reconhecer que a mente carnal não é poder. Somente assim a sua prece ou meditação estará completa. Uma vez feito o reconhecimento: “Eu, em meu âmago, é Deus; Eu, em seu âmago, é Deus; e a mente carnal, a crença universal em dois poderes, é não-poder”, então, e somente então, seu trabalho estará completo.
Não tente destruir o mal em alguma pessoa. Perceba a natureza universal da mente carnal, e então “anule-a”. Isto pode ser feito, porque jamais Deus criou uma mente carnal. Deus jamais criou dois poderes. Deus jamais criou o mal; portanto, ao realizar a “impersonalização” e a “anulação”, você conduzirá sua prece, tratamento ou realização a uma conclusão. Poderá, então, descansar e ficar certo de ter realmente lidado com a situação de forma espiritual e inteligente, por honrar a Deus num reconhecimento de Oniptência. Terá honrado a Deus num reconhecimento da Onipresença, a presença de Deus dentro de você, o próprio Eu de seu ser, e praticamente terá expulso o diabo, pela conscientização de que a mente carnal, a crença universal em dois poderes, não tem nenhuma lei de Deus a mantê-la.
O mal que tenta atingi-lo sempre se personaliza. Ele surge como um pecado, como uma tentação, como um falso desejo seu, ou de alguma outra pessa. Ele sempre se personaliza em “ele”, “ela” ou “você”. Observe como jamais você pensa no alcoolismo, mas pensa em alguém alcoólatra. Você nunca pensa na droga, mas no drogado. Você nunca pensa na mente carnal universal: você pensa no mau sujeito na prisão, porque o mal sempre surge numa forma personalizada. Ele veio a Jesus na forma de diabo. Ele sempre se personaliza, mas quando Jesus voltou-se contra ele, não havia diabo algum ali. Era somente uma tentação em sua mente, e foi em sua mente que ele teve de ser encarado.
Assim, não há nenhuma pessoa má a confrontá-lo. Não existe nenhuma condição maligna a confrontá-lo. Isto é uma personalização da impessoal mente carnal – não uma crença sua ou minha, mas a crença universal em dois poderes. Feito este reconhecimento e esta impersonalização, o mal sairá da pessoa, seja na forma de pecado, doença, falso desejo, etc. Sua saída é, às vezes, muito rápida; em outras vezes, é lenta, dependendo do grau de receptividade de cada um.
Nenhum poder divino é usado
Quando você aprender a impersonalizar o mal, não terá que apelar a um poder divino. Você poderá aceitar a Deus como Onipotência, mas somente se puder ver as assim-chamadas aparências malignas como maya, ou ilusão, e deixar, em vista disso, de pretender que Deus faça alguma coisa com elas. Quando se capacitar a agir assim, estará com a sabedoria espiritual. Poderá, então, dizer ao cego: “Abra seus olhos”. Contudo, no instante em que intencionar que um poder divino faça algo pelo cego, terá perdido a demonstração.
Se puder olhar para o paralítico, e dizer: “Levante-se, tome seu leito e ande”, você conseguirá dar-lhe ajuda; porém, se recorrer a Deus para que Ele faça algo por ele, estará participando do mesmo sonho vivido pelo paralítico. Os espiritualmente iluminados sabem que é desnecessário recorrer a Deus por alguma coisa, porque Deus está cuidando sempre de Seus negócios. Ele não precisa ser lembrado, dirigido nem clamado.
Se você deseja realmente honrar a Deus, saiba que Deus está sempre sendo Deus; Deus está sempre mantendo e sustentando Seu universo espiritual. Então, em sua soltura de Deus, irá conscientizar: “Que poder apartado de Deus existe? Que presença apartada de Deus existe? Não devo ser iludido por aparências.” Assim, você verá a retidão se revelar. Nenhum poder divino é usado. O poder divino estava presente desde o princípio, mas o reconhecimento da Onipotência e da Onisciência, e o reconhecimento da irreal natureza das aparências trouxeram-no à infinita manifestação.
Desperte da inércia rumo ao Ser
Está em nossas mãos! Dentro de nós reside nosso poder de determinar se valorizamos ou não nossa liberdade o suficiente para rompermos com a inércia mental que nos impediria de percebermos conscientemente a verdade duas, três ou mais vezes por dia.
Cada um possui um destino espiritual. Assim, o que nos impede de vivenciá-lo? A crença em dois poderes, o bem e o mal, que de tal maneira se cristalizou na consciência humana como uma má-prática ou hipnotismo; crença que nos mantém sob a lei e não sob o domínio da Graça! Uma vez conhecida a verdade de que toda forma de discórdia em nossa vida é uma forma de hipnotismo, e, na proporção com que pudermos aceitar que somos um Eu Divino, iremos ficar livres dos pecados, temores e doenças deste mundo. Nossa mente não tentará alcançar Deus, não buscará o bem: estaremos completamente livres de buscar qualquer tipo de coisa. Deus é; Eu Sou: nesta verdade permaneceremos repousados.
Minha vida e a vida de Deus estão unidas: somos uma só vida. Minha mente e a mente de Deus são uma só mente. Nada pode nos separar ou dividir. Nem a vida nem a morte podem separar-me da vida de Deus, do amor de Deus e da abundância de Deus, pois Deus está sendo AGORA. Eu não posso criar isto – nem mesmo Deus pode fazê-lo, pois já tem sido assim desde o princípio.
O que Deus uniu, nenhum homem, circunstância ou condição podem separar, e qualquer crença ou poder que eu vinha até aqui aceitando, referente a uma presença ou um poder apartados do Eu que Eu Sou, rejeito conscientemente embasado na Onipotência e Onipresença.
Impersonalize Deus; impersonalize o mal. Conheça a natureza do Eu como sendo universal; vida e existência universais. Não permita que o “véu” que personaliza Deus volte a ser colocado. Não faça nenhuma imagem de Deus: não faça nenhuma representação de madeira, de marfim nem de ouro; não faça sequer alguma imagem mental de Deus. Assim, você não estará personalizando Deus.
No minuto exato em que você retiver uma imagem de Deus em seu pensamento, estará personalizando-O, e ficará na expectativa de que aquele conceito formado é Deus; mas, conceito algum poderá ser Deus. Somente o Eu pode ser Deus, e você não será capaz de formar uma imagem mental do Eu. Esta é uma palavra que carece de descrição. Tente à vontade e verá: não irá conseguir fazer uma imagem mental do Eu.
Quando esta verdade lhe estiver desvelada, jamais ela voltará a ser encoberta para você. Jamais será capaz de retornar à mania de criar conceitos de Deus, ou de esperar de Deus que faça algo quanto à nulidade e impotência – não-poder – deste mundo do efeito. Sempre aquele sorriso lhe virá aos lábios, e a palavra Eu lhe surgirá; e então, você estará em paz, estará repousado. E nesse estado de quietude e confiança, você se tornará um observador de Deus em ação. Não irá impulsioná-Lo; não irá dar-Lhe força; não irá colocá-Lo em expressão: em quietude e confiança, apenas se tornará um observador, vendo-O trabalhar.
A OraçãoJoel S. Goldsmith - O Caminho Infinito“Vós pedis, e nada recebeis, pois pedis mal” disse o Apóstolo Tiago. Já se deram conta que, por algum tempo oraram e não obtiveram respostas às suas orações? “Pedis errado”. Esta é a razão.
A oração, baseada na crença que há uma necessidade ou um desejo insatisfeitos, nunca será consoante com a verdadeira oração científica. Uma oração para que Deus faça alguma coisa, mande ou forneça algo, ou cure alguém, não tem nenhum poder. Cremos, por vezes, que Deus precise de um canal através do qual venha a satisfazer nossos pedidos, e isso nos leva a procurar as respostas fora de nós mesmos. Podemos pensar que o suprimento possa vir até nós e, por isso, ficamos aguardando por uma pessoa ou por uma condição através da qual isso aconteça; ou podemos depender de um curador, ou de um mestre, como canal de cura. “Pedis mal”.
Qualquer idéia de que aquilo que buscamos esteja em algum lugar que não denrto de nós, dentro de nossa própria consciência, é a barreira que nos separa da nossa harmonia.
A oração verdadeira nunca é dirigida a um Ser fora de nós mesmos, e tampouco espera por algo vindo de fora de nosso ser. “O reino de Deus está dentro de vós”, e todo o bem deve ser procurado alí. Se reconhecemos que Deus é a realidade do nosso ser, entendemos que todo o bem é inerente a esse Ser, o seu e o meu ser. Deus é a substância do nosso ser e, por isso, nós somos eternos e harmoniosos. Deus é a Vida, e esta Vida é auto-sustentada. Ele é a nossa Alma, e nós somos puros e imortais. Deus é a consciência do indivíduo, e isto constitui a inteligência do nosso ser.
Para sermos precisos, não há Deus e você, embora Deus sempre se manifeste como você, e esta é a unidade qua nos assegura o bem infinito. Deus é a vida, a mente, o corpo e a substância do ser individual; por isso, nada pode ser acrescentado ao indivíduo, e a oração verdadeira é o reconhecimento constante desta verdade.
A conscientização do nosso verdadeiro ser – da natureza e caráter infinitos do nosso próprio ser – também é oração. Nesse estado de consciência, em vez de buscar, pedir e esperar algo da prece, voltamos nosso pensamento para dentro e ouvimos a “pequena voz silenciosa” que nos assegura que, mesmo antes que pedíssemos, nosso Pai conhecia e preenchia nossa necessidade. E aí está o grande segredo da oração: Deus é a Totalidade e é sempre manifesto. Não há pois um bem ou Deus imanifestos. O que cogitamos estar buscando, está sempre presente dentro de nós, já manifesto, e nós temos que ter em mente essa verdade. Todo o bem já é, e é para ser manifesto. O reconhecimento desta verdade é a oração atendida.
Nossa saúde, prosperidade, emprego, lar e harmonia não são pois dependentes de algum Deus longínquo; nunca dependem de um canal, pessoa ou lugar, mas estão continuamente à mão, onipresentes, dentro de nossa própria consciência; e o reconhecimento desse fato é a oração atendida. “Eu e o Pai somos um”, e isto é causa da perfeição do ser individual.
Para sermos precisos, não há Deus e tu. É impossível orar corretamente sem ter compreendido esta verdade; e, sem conhecermos nossa relação com a Divindade, nossa oração seria apenas fé cega ou crença, e não compreensão. É a nossa conscientização da unidade do Ser – a unidade da Vida, da Verdade e do Amor – que redunda em oração atendida. É o reconhecimento constante de nossa vida, nossa mente, nossa substância e ação como manifestações do ser divino que constitui a verdadeira oração. Identificando este Ser divino como única realidade de nosso ser individual, podemos compreender a nós mesmos como uma realização de Deus, como arremate e perfeição do ser que tudo abrange, divino e imortal. O reconhecimento da divindade de nosso ser individual é a verdadeira prece, que é sempre ouvida. A retiicação da falsa crença que sejamos separados e distantes do nosso bem é a essência da prece verdadeira. Aquilo que eu busco, eu sou. Qualquer bem que eu possa ter acreditado ser separado de mim, é de fato uma parte constituinte do meu ser.
Eu incluo, personifico e envolvo dentro da minha própria consciência profunda, a realidade de Deus, que constitui a infinitude da saúde, da prosperidade e da harmonia do meu ser. A conscientização desta verdade é a verdadeira prece.
Apesar desta totalidade de Deus, expressa como seres individuais perfeitos, aparecem constantemente na vida humana aqueles males que solicitam nossa compreensão da prece. Qual é a natureza do erro, do pecado, da doença? Como pode haver tais coisas, sendo Deus a totalidade? Tais coisas não podem ser, e de fato não são, apesar das aparências de dor, de discórdia e de sofrimento.
A Bíblia nos revela a verdade básica do ser, ou seja, que “Deus viu tudo o que tinha feito, e viu que era muito bom”. Nesta perfeição que Deus criou, não há “profanação”… ou algo que seja mentira; e não há outro Princípio criador. Torna-se assim claro que aquilo que tem a aparência do erro, de pecado, doença, dor e discórdia não passa de ilusão, de miragem, nada. Lembremos então, na nossa prece, que Deus criou tudo o que foi feito, e nesse universo de Deus existe apenas a Presença Total, o Poder Total de Deus, o Amor divino e, por isso, aquilo que agora nos parece erro é uma falsa representação da realidade.
O tempo virá, em nossa vida, em que a inspiração espiritual revele à consciência individual um estado de ser livre das crenças e condições mortais. Não mais então viveremos uma existência baseada em afirmações ou negações mentais e, no lugar disso, receberemos de nossa Consciência um constante desdobramento da verdade. Por vezes isso nos vem do canal de nosso próprio pensamento. Pode nos vir através de um livro, uma leitura ou um serviço solicitado pela divina Consciência, que se revela à consciência individual.
Na medida em que nos tornamos mais e mais conscientes de nossa unidade com o Universo, com o Cristo cósmico, qualquer desejo ou necessidade que se nos apresente, traz consigo o seu preenchimento de pensamentos e desejos justos. E não está pois claro que nossa unidade com a Consciência, tendo sido estabelecida desde o “começo” pela eterna relação entre Deus e Seu ser manifesto, não custou nenhum esforço consciente para existir e ser mantida? A percepção desta verdade é o elo que nos liga à divina Consciência.
Para muitos, orar significa pedir e suplicar a um Deus que mora em um lugar chamado céu. O fato, porém, deste tipo de oração resultar em fracasso universal na obtenção de seus fins, prova que isso não é uma prece verdadeira, e que o Deus a quem suplicam não está lá para ouvir. A reflexão dos homens percebeu eventualmente a falta de resposta para tais orações, e se voltou para a busca do Deus verdadeiro e da idéia correta de prece. Isso levou à revelação da verdade como praticada e compreendida por Cristo Jesus e muitos reveladores antigos.
Neste ponto entendemos que “o reino de Deus está dentro de vós” e, por isso, a prece deve ser dirigida para dentro, para o ponto de consciência em que a Vida universal, Deus, se individualizou como você e eu. Aprendemos que Deus criou (originou) o mundo no princípio e que isso “era bom”.
Sendo “bom”, o universo deve ser inevitavelmente completo, harmonioso e perfeito; assim, nossa prece, no lugar de suplicar por algum bem, se torna a percepção da onipresença do bem, e esse conceito mais elevado faz da oração a afirmação do bem e a negação da existência do erro como realidade.
Quando a prece, mesmo afirmativa, resulta do uso de fórmulas, há a tendência a voltar para o velho modelo de reza de fé, e com isso a prece perde a sua força. Quando, contudo, a prece consiste de uma sincera e espontânea afirmação da infinitude de Deus, e de harmonia e perfeição de Sua manifestação, está de fato próxima da oração absoluta, que é a comunhão com Deus.
Antes que recebêssemos o clarão da verdade, orávamos por coisas ou pessoas; noutras palavras, lutávamos por atingir algum fim pessoal. Em sua grande visão, R. W. Emerson escreveu: “A oração que anseia por uma vantagem particular, algo menor que o bem total, é viciosa”. E então, esse homem sábio deixa-nos a definição: “A oração é a contemplação das coisas da vida do mais alto ponto de vista. É o solilóquio da alma contemplativa e jubilosa. É o Espírito de Deus proclamando alto Seu trabalho… Tão logo o homem seja um com Deus, ele nada pedirá”. A prece não deve ser entendida como um voltar-se para Deus para alguma coisa, pois como completa Emerson, “A prece como meio de atingir fins particulares é sem significado, é um roubo”.
Agora sabemos o que a prece não é, e tivemos um vislumbre de que a prece é a união do nosso Eu, da Alma individual, com Deus, a Alma universal. Na verdade, a alma individual e a Alma universal não são duas, mas uma só, e a conscientização desta verdade constitui a união ou unidade, que é a verdadeira prece.
Jesus disse “Meu reino não é deste mundo”, e temos que lembrar disso quando oramos. Voltarmo-nos para Deus levando algum pedido ou desejo deste mundo, será infrutífero. Quando adentramos no nosso santuário do Espírito, temos de deixar de fora todos os desejos, as necessidades e carências terrenas. Temos que deixar “esse mundo” e nos encaminhar para Deus com apenas uma idéia – a comunhão com Deus, a união, a unidade com Deus. Não devemos orar para obter qualquer coisa, ou para mudar ou corrigir algo.
A oração, que é união consciente com Deus, sempre redunda em harmonia, paz, contentamento e sucesso. Estas são as coisas “dadas de acréscimo”. Não é que o Espírito produza, corrija ou cure a matéria ou o universo físico, mas ocorre que nós nos elevamos para um grau de consciência mais alto, onde há menos matéria e, por isso, menos discórdia, menos desarmonia, doença ou carência.
A comunhão com Deus é a verdadeira oração. É o desenvolvimento, na consciência individual, de Sua presença e poder, e isto nos torna “todos completos”. A comunhão com Deus é na realidade ouvir a “pequena voz silenciosa”. Nesta comunhão, ou oração, não proferimos palavras para Deus, mas a conscientização da presença de Deus é uma comunicação da verdade e do amor que vem de Deus até nós. É um estado de ser abençoado, que jamais nos deixa no ponto em que nos encontrou.
Abrindo a Porta a Deus Joel S. Goldsmith "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." - Apocalipse 3:20
A Presença espiritual Se mantém sempre à porta de nossa consciência, tentando entrar. Por ignorância espiritual, desconhecemos esse fato. Temos vivido fora de nós mesmos, à mercê de toda sorte de influências externas, passando por várias experiências, algumas agradáveis, outras enfadonhas, mesquinhas, pecaminosas, que poderíamos ter evitado, se tivéssemos encontrado o céu na terra. Ninguém nos havia dito que o Divino, o Eu em nós, está constantemente à porta de nossa consciência, batendo para que Lhe abramos nossa mente, a fim de que Ele assuma um governo sábio e amoroso em nossa vida. Entregues a nós mesmos, lutávamos. Defendíamo-nos. Vivíamos mal, como grande número de pessoas que não se encontraram ainda.
Agora, através desta revelação, chegou o tempo de adquirirmos um novo senso de vida, pela experiência de que nosso corpo é o templo do Deus vivo, ao Qual devemos consagrar nossa vida.
DedicaçãoTodos os dias, devemos dispor de um período em que possamos fechar os olhos e nos voltar para dentro de nós mesmos, convidando Deus a entrar.
Em sentido metafísico, porém, Deus não entra e nem sai, pois nada tem de natureza material; não pode limitar-Se a ficar dentro ou fora de coisa alguma, já que é onipresente, isto é, está sempre e ao mesmo tempo fora e dentro, acima e abaixo de tudo, porque permeia tudo.
Portanto, se Deus, como Infinidade, é Onipresente, no momento em que Lhe abrimos a porta --- imagino essa porta como sendo a minha mente --- apercebemo-nos de que Sua Presença e Infinidade inundam nossa consciência e no guiam ao estado da Graça! A Graça de Deus é o poder, a Presença e a sabedoria que “excede todo o entendimento”. A Graça de Deus é o que nos confere, como recompensa por Lhe abrirmos nossa “porta”, a auto-realização, seguida de seus frutos.
Se não negligenciarmos, horas virão em que seremos guiados, intuídos, beneficiados, abençoados. Mas a dedicação a Deus deve ser renovada e realimentada em cada meditação. Para isso, procurem vivenciar a essência destas palavra:
“Eis que estou à porta, e bato (...)”. Abro minha consciência a Deus, imortal e infinito. Ele habita em mim e eu n’Ele. Assim, a Consciência divina me permeia. Minha mente, minhas emoções, meu corpo, meu trabalho, meu lar, minhas recreações, meus relacionamentos, minhas aptidões, são dedicados a Ele. Consagro-Lhe tudo o que sou e tenho. Faço-me um instrumento consciente de Sua vontade, para que Ele realize minha parte em Seu plano”.A sincera consagração aos desígnios divinos, leva-nos a um estágio mais alto, no qual podemos compreender porque algumas pessoas progridem intensamente em suas atividade espirituais, enquanto outras não. Por ignorarem a natureza da dedicação, consideram-na uma qualidade humana, uma virtude de sua personalidade. Ufanam-se de serem consideradas pessoas incomuns e dedicadas. A dedicação se converte, pois, em glória pessoal, não numa consagração a Deus. Torna-se uma dedicação a si mesmo (personalidade), e nada pode acrescentar ao íntimo como crescimento.
Pela consagração correta, a vida passa a ter um propósito espiritual, que inclui o serviço humilde, amoroso e altruísta ao próximo, por amor a Deus, como foi dito: “Em verdade vos digo, o que fizestes a alguns destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizeste” (Mateus 25:40)
A Descoberta do Reino em NósNão há outro lugar onde possamos encontrar o Reino de Deus, senão dentro de nós. Todavia dentro de nós não significa o coração, ou o cérebro, ou a medula espinhal.
Quando fechamos os olhos e nos voltamos para dentro, sentimo-nos envoltos em densa escuridão. É o vestíbulo do Infinito! Aí é que se nos abre a porta que nos conduz ao Reino de Deus, o Reino do Espírito. O reconhecimento deste fato quase nos põe em condições de “ouvir a pequenina e silenciosa voz”, que nos vem de dentro, não de fora. Vem-nos do Ser interno, do centro para a periferia, das profundezas para a superfície de nosso Ser. Em tal estado de abertura expectante, compreendemos que
“através da consciência, ganhamos acesso ao Reino de Deus”! No momento em que aprendemos a fechar os olhos e a penetrar, com a atitude correta, no “Vestíbulo do Infinito” --- à Sua Graça, às Suas dádivas, ao Seu amor e Vida --- inicia-se um processo de enriquecimento de nossa consciência. A princípio não o podemos perceber, porque ainda nos encontramos nos sentidos físicos. Mas com o tempo, pela sincera persistência e anelo de luz, testemunharemos resultados mais profundos. Esses resultados se evidenciam em nossa própria vida: a melhora nos relacionamentos, na saúde, na provisão de recursos, etc., porque, ao ir penetrando em nossa consciência, essa Influência espiritual, purificadora, vai harmonizando e restaurando tudo!
É-nos extremamente beneficioso abrir a consciência ao Espírito. Do contrário, Ele permanecerá fora --- no sentido de que, ao crer-nos distanciados d’Ele, isolamo-nos de Sua Graça. Isto responde àquelas perguntas tão freqüentemente formuladas: “Por quê este pobre cão foi atropelado?” “Por quê esta boa mulher foi acometida de tão horrível enfermidade? “Por quê estes jovens são enviados ao campo de batalha, onde serão mutilados ou mortos?"
É que o “homem natural” não vive sob a Lei de Deus. O que de bom lhe acontece é, as mais das vezes, ocasional e efêmero. Mesmo os que nascem com vocação especial e desejam ardentemente cultivá-la, nem sempre o conseguem. Há muitas pessoas de talento que nunca prosperaram. Outras há que merecem reconhecimento do mundo e nunca o receberam. Grande parte do êxito humano é acidental.
Como, então, podemos ficar acima desse reino do acaso, onde estamos sujeitos a toda sorte e caprichos e flutuações? A resposta é: submetendo-nos à Lei de Deus. Quando cumprimos a Lei, compreendendo a necessidade de entrarmos em sintonia com o Universo de que fazemos parte, guindamo-nos ao plano da Graça e, nesse estado, a Lei atua em nosso favor; e somos guiados pelo Paráclito prometido por Jesus Cristo.
Mas ninguém pode fazer isto por nós. É uma escolha voluntária. Temos o direito de descer ou subir. Mas, se querem o meio de consegui-lo, é o meditação, tal como aprendi, cujos resultados comprovei e agora ensino:
Inicie, diariamente suas meditações, durante três ou quatro períodos de, no máximo, quatro minutos. Algumas vezes bastam dez ou vinte segundos, nos quais você procurará abstrair-se dos ruídos externos, e abrir o “ouvido interno”, para escutar os sons que estejam além e acima da faixa dos sons conhecidos. Diga, então, em seu íntimo: “Fala Senhor, que Teu servo escuta!” Sinceramente feito, este exercício vai abrindo a porta da nossa consciência, atendendo ao honroso convite do Cristo interno. E Ele entrará, senão logo, algum tempo depois, de modo apenas perceptível por aquelas doces sensações de Algo sublime, que nos põe num estado especial, inspirado, de felicidade.
Mas é comum que, antes de visitar-nos, Ele nos ajude a operar certas mudanças em nossa natureza egoista e vaidosa. É provável que nos leve a perceber o que Ele diz: “Buscas-me somente pelos pães e peixes. Vai cuidar de seus negócios. Estou triste contigo!” Mas, se nos voltarmos a Ele com intenções sinceras e puras, Ele virá sem tardança, mais depressa do que O esperamos. E Sua influência nos conduzirá finalmente àquela meta atingida por Paulo, quando disse:
“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim!” - Gálatas 2:20.
O Maná Escondido Joel S. GoldsmithNova dimensão nos pertence: não mais buscamos o mundo, mas habitamos o centro de nosso próprio ser, onde contemplamos a glória de Deus e aguardamos que o mundo venha a nós.
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido.” - Apocalipse 2:17
“Quem tem ouvidos”—aquele que tem ouvidos espirituais, que consegue ouvir o inaudível — permita-lhe que ouça. Permita-lhe ouvir o que diz o Espírito, não o que eu digo, não o que diz o livro, não o que você gostaria de dizer, mas o que diz o Espírito:
“Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido”.Toda a mensagem de O CAMINHO INFINITO se resume na expressão “maná escondido”. Maná escondido! Como isto é parecido com a frase de Jesus:
“A minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá” – não saúde física ou riqueza material, um lar, um automóvel, não algo dado pelo mundo, mas a Minha paz! A Minha paz é algo que o mundo não reconheceria, mesmo estando cara a cara com ela; tampouco a perceberia, mesmo estando a experienciá-la.
Minha paz! A paz que é sentida não por estar o corpo saudável, ou a carteira cheia de dinheiro; não por estar o lar feliz, próspero e jubiloso. Não, não, não! A
Minha paz é uma paz sentida interiormente, alheia às condições externas, mas que acaba fazendo com que todas estas últimas se alterem.
Eis o mistério escondido. A paz, aquela que o mundo lhe dá, chega a você pelas circunstâncias e condições externas. Se dispuser de mais saúde ou riqueza, de uma casa mais ampla, de férias prolongadas, isso tudo poderá lhe sugerir um estado de paz que será temporário. O bem vindo de fora, e que hoje você desfruta, talvez amanhã venha a ser-lhe tomado. Mas a
Minha paz é diferente. A
Minha paz é uma atividade de recebimento e de fluxo que se dá em seu próprio âmago; assim, jamais depende de algo: é autogerada e autossustida. A
Minha paz aflora de um manancial oculto internamente, trazendo com ela o bem que jamais o abandonará.
Em outras palavras, a paz conscientizada interiormente sempre estabelecerá a harmonia de seu mundo exterior. Este é o “maná escondido”; este é o alimento citado por Cristo, quando disse:
“Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis”. Este é o alimento oculto, o alimento espiritual. Quando ele disse:
“Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”, referia-se àquele pão espiritual, àquela substância e suprimento espirituais—não a alimentos ou circunstâncias exteriores.
O mundo está em busca de paz, harmonia, integridade e satisfação: mas, está buscando onde julga ser capaz de conseguir, ou seja, externamente, no mundo lá fora. Existe a possibilidade de se desfrutar paz, prosperidade e satisfação vindas de fora, enquanto durar aquela condição específica; entretanto, a satisfação obtida externamente geralmente é perdida, e a pessoa acaba quase sempre indo à cata de “brinquedos novos”.
A vida se transforma totalmente, tão logo você assimile firmemente a grandiosa Verdade de que “a palavra que sai da boca de Deus” é a substância da vida, e passar a compreender o sentido profundo das seguintes passagens da Bíblia:
"Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis." - João 4:32
"Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva." - João 4:10.14
"Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido." -Apocalipse 2:17
Tão logo passe a observar que o que é exterior e palpável é mero produto do que é invisível, você deixará de avaliar seu suprimento em função de quantas maçãs, pêssegos ou moedas é possuidor, mas sim em função de quantos contatos com Deus foram feitos.
Todo bem que porventura lhe surgir na vida será conseqüência da atividade da Verdade em sua consciência. Em outras palavras, se a sua consciência de amanhã for idêntica à de hoje, não fique na expectativa de que surgirão amanhã frutos diferentes daqueles que você possui hoje. Para o amanhã lhe trazer uma condição renovada é preciso que hoje, em sua consciência, alguma atividade diferente esteja acontecendo. Se pretende colher frutos espirituais em sua vida, terá de “deixar suas redes”, eliminando de si mesmo quaisquer galhos que o estejam prendendo àqueles já mortos. Você não entrará na presença de Deus levando junto os seus fardos. Não irá a Ele levando algum desejo de que Deus faça, seja, ou consiga alguma coisa para você... mas terá de purificar todos os seus anseios humanos, pela conscientização da Graça divina. Deverá abrir mão do passado e do futuro; deverá abandonar todo o desejo por alguma pessoa, lugar, coisa, circunstância ou condição, abandonar inclusive a espera pelo paraíso.
A presença de Deus está em seu interior, e precisa ser percebida conscientemente; mas, esta conscientização somente se realizará para aquele que estiver buscando Deus com este objetivo exclusivo e único: a busca de Deus em Si. Todo aquele que vinha buscando a Deus e perdeu o rumo, perdeu-o por ter buscado a Deus por algum outro motivo: por uma cura, por suprimento, por um lar, por felicidade, ou por outra coisa qualquer. Deus não pode ser alcançado dessa maneira. Deus pode ser alcançado somente de um modo: pela completa renúncia a tudo, excetuando o desejo único de se abrir à “Graça que é a sua suficiência”. Pense no que representa ter a Graça divina. Pense no que representa ter a paz do Cristo, a Minha paz que o Cristo lhe pode dar; não a paz do mundo, não a saúde ou o dinheiro, não a posição, lugar ou poder: unicamente a paz espiritual. Pense no significado de você somente desejar a Minha paz, a paz do Cristo, sem o mínimo pensamento sobre o que ela irá fazer ou conseguir para você!
Isto somente lhe ocorrerá à medida que conscientizar esta paz no interior de sua própria consciência. Abra mão de tudo, dizendo:
“Não quero viver de pão, somente, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. Assim, logo em seguida ocorrerá o “milagre”.
Ao se despojar das dependências materiais e humanas, palavras como “você”, “ele” ou “ela” tenderão a diminuir e quase sumir de seu vocabulário. Não ficará pensando mais com tanta freqüência sobre um “você”, um “ele” ou “ela” de quem, até então, vinha esperando tanto. A cada necessidade que surgir em sua vida, seu primeiro pensamento será voltar-se ao Cristo. Do Cristo, e através do Cristo, todo bem lhe haverá de chegar: não por algum “você”, “ele” ou “ela”, mas única e exclusivamente pelo Cristo.
É bem verdade que o Cristo aparecerá na forma de algum veículo humano. Talvez ocorra de seu bem lhe chegar através de mim, ou de meu bem me chegar através de você; entretanto, nem ele virá de você para mim, nem ele irá de mim para você. Jamais eu iria esperá-lo de você, nem você esperá-lo de mim. Eu contaria somente com o Cristo de meu próprio ser, e este Cristo apareceria como você. Por sua vez, também você iria esperar a mensagem da Verdade somente do Cristo de seu próprio ser, que poderia, hoje, estar-lhe vindo pela minha pessoa, e, amanhã, por alguma outra; mas, nesta ou naquela condição, continuaria sempre sendo o Cristo de seu próprio ser, revelando-Se a você.
Quanto menos personalizar seu bem e os canais pelos quais ele lhe chega, permitindo o aparecimento do Cristo na forma que se lhe fizer necessária a cada momento, mais comprovará esse mecanismo em sua vida. Tão logo passar a conscientizar o Cristo como a origem e a fonte de seu bem, contemplando-O continuamente, assim Ele Se manifestará.
Talvez, em algum momento, você fosse levado a pensar: “Será que mereço este bem? Serei digno dele? Terei a compreensão necessária para recebê-lo? Terei tempo necessário para estudar, ler e orar o necessário para obtê-lo?” Gostaria que soubesse o seguinte: o seu bem não depende de coisa alguma que você pudesse estar a fazer: ele é a pura atividade do Cristo em sua consciência, ao qual você se mantém aberto.
Nada pode paralisar a mão de Deus, nem mesmo seus supostos pecados de omissão ou comissão. Nada que faça ou que tenha deixado de fazer irá barrar o fluir divino. Este fluxo independe da quantidade de leitura espiritual que tenha feito, de idas à igreja, ou de estudo e meditação. Estes são apenas fatores auxiliares na abertura de sua consciência. E este é o único objetivo de todos eles. Deus não está jamais esperando sentado, até você se tornar bondoso ou espiritualizado, ou até terminar de ler centenas de páginas sobre a Verdade, ou meditar por determinado número de horas.
O Cristo é a realidade de seu ser agora. Ele está à espera, mas é você que deverá deixá-Lo entrar: primeiramente, exterminando a crença de que Ele seja algo externo ao seu ser; em segundo lugar, permitindo o Seu fluir, através da sua conscientização de sua
onipresença.
Se você acreditar, por um segundo que seja, que seu bem depende de algo que possa humanamente fazer ou deixar de fazer, estará se excluindo do fluxo divino. Deus em Si está fluindo infinitamente, e a única barreira à totalidade de Sua expressão é proporcional à sua crença de que o bem divino é dependente daquilo que você faz ou deixa de fazer. Qualquer que seja a atividade espiritual de que faça parte, saiba que o objetivo dela não é o de receber o bem de Deus, mas o de ensiná-lo como abrir sua consciência ao Seu influxo.
Jamais creia que possa provocar ou impedir o fluir divino. Ele já está pleno e completo no interior de seu próprio ser, aguardando seu reconhecimento de sua plenitude no Cristo. Embora escarlates possam ser seus pecados, você é alvo como a neve. Apenas não recaia, não volte a pecar: não retorne à crença de um senso separatista de Deus, Não volte a buscar seu bem no exterior, pois, uma vez aprendido que o reino de Deus está em seu interior, e que deve permitir seu fluir de dentro para fora, se retornar à tentativa de novamente buscá-lo no exterior, isto lhe causará uma sensação de separatividade mais profunda ainda, nunca antes sentida. Não faça isso! Não retroceda! “Vai-te, e não peques mais.” Não retroceda para não se prejudicar, caso alguém não esteja agindo conforme sua expectativa, isto é, perdoando-o, dando-lhe cooperação ou reconhecendo as suas virtudes. Não retroceda àquilo! Solte-o! Conceda-lhe perdão! Deixe-o ir! Você está a sós com seu Deus. Você está a sós em seu Ser-divino.
Há períodos em que você se vê diante de alguma aparência de conflito, desarmonia, dor, escassez ou limitação: em tais casos, costuma ser tentado a fazer esforços mentais, empenhando-se em vigorosas mentalizações, afirmações e negações, na esperança de achar harmonia e paz. Inverta agora esse mecanismo! Sempre que surgir alguma aparência de discórdia, relaxe. Não faça o mínimo esforço mental! Lembre-se: o seu bem não lhe virá
“pela força ou pelo poder, mas pelo suave Espírito”. O seu bem não lhe virá pelas suas lutas e esforços mentais, mas sim das profundezas do seu ser, na quietude, no silêncio e na confiança.
Você não tentará obter uma cura. Irá aquietar-se e deixar que venha a “pequenina voz suave”. Deixará que o Espírito desça sobre você. Fique descansado, exatamente agora, em meio a qualquer doença, carência, discórdia ou desarmonia que porventura o estiver perturbando. Repouse! Relaxe!
“Minha Graça é a tua suficiência... Eu nunca o deixarei nem o abandonarei.” Para que lutar como se necessitasse de se agarrar a Mim? Como se tivesse de buscar-
Me? Ou de procurar-
Me? Eu estou em seu próprio íntimo, “mais próximo que seu fôlego, mais perto que suas mãos e pés.”
Se você sabe dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais Eu, seu Pai celestial, não saberei fazê-lo? Não se esforce para consegui-las.
Eu as darei a você.
Eu lhe darei água. Não desça balde em poços à procura dela.
Eu lhe darei água. Quanto a você, fique quieto, deixe que
Eu o alimente... deixe que Eu sacie sua sede. Deixe que
Eu, em seu âmago, seja a influência curadora. O Cristo curador.
Não tente fazer de sua mente ou pensamentos o Cristo curador.
“Os meus pensamentos não são os teus pensamentos, nem os meus caminhos são os teus caminhos.” Por que não abre mão de seus pensamentos nem deixa de lado os seus caminhos? Deixe que os
Meus pensamentos assumam o comando. Permaneça repousado dando ouvidos a
Mim. – a pequenina Voz suave do centro de seu ser. Eu nunca o deixarei nem o abandonarei. Mesmo “no vale da sombra da morte”,
Eu ali estarei. Você jamais conhecerá a morte; jamais morrerá. Por quê? Porque
Eu lhe darei água viva que salta para a Vida eterna.
Assim, se permanecer ouvindo a
Minha Voz suave, se em
Meus braços eternos relaxar, se em
Mim repousar, se deixar que
Eu o alimente, mantenha e sustente cada palavra que de Minha boca proceder, jamais você morrerá.
Eu nunca conheci um justo a mendigar pão. Que é um justo? Aquele que repousa em unidade comigo. Relaxe, pois, na contemplação do
Meu amor, de
Minha presença. O
Meu espírito está junto a você; a
Minha presença segue à sua frente.
“Na casa do Pai há muitas moradas...; vou preparar-vos lugar.” Por certo que vou. Sendo assim, deixe de se preocupar. Pare, pare, pare de temer; pare de duvidar. Pare de tanto insistir com declarações, afirmações e negações. Deixe ir tudo! Repouse em Mim, repouse em Meus braços.
Eu, seu Pai celestial, sei que necessita destas coisas, e é do
Meu agrado a você concedê-las—não querendo que você se esforce por elas; não querendo que dê “tratamentos espirituais” para consegui-las; mas, é do
Meu agrado a você concedê-las, pela Graça. Não pela força, não pelo poder, mas por
Meu Espírito. Tudo lhe é possível realizar através de
Mim, o Cristo de seu próprio ser.
Deixe que o Cristo seja o canal pelo qual você é alimentado, vestido, abrigado, confortado, protegido, curado, sustentado e mantido. Sempre que surgir em seu horizonte alguma aparência de discórdia, relaxe mais, repouse mais, permaneça ainda mais em paz, certo da presença divina em seu interior. Confie em seu
Eu, confie no Cristo do centro de seu próprio ser.
Creia na existência de uma Presença cuja função única é abençoá-lo, bendizê-lo e ser instrumento da Graça de Deus. Confie nEla.
“Não deposite sua confiança em príncipes” — creia somente em Deus. Não viva mais de pão, ao menos não somente de pão, mas de toda palavra, de cada promessa bíblica, que deverá ser cumprida em você.
“Para onde tu fores, irei também eu” ... Eu darei ao vencedor o maná escondido.”Este “maná” está escondido dentro de você. O mundo não consegue vê-lo; o senso comum não consegue conhecê-lo; os seres humanos não conseguem compreendê-lo. Ele está escondido do mundo. Escondido onde?
Nas profundezas de seu próprio ser!Retire sua atenção de homens e mulheres do mundo. Retire sua fé e dependência a pessoas do mundo, das circunstâncias e condições do mundo; e, em sua lembrança, fique somente com este conhecimento:
profundamente, em seu interior, existe alimento que o mundo desconhece; há mananciais de água e maná escondidos, tudo já incorporado interiormente ao seu próprio ser.Gratidão e Suprimento Joel S. GoldsmithHá estreita relação entre a graça e o suprimento. É freqüente ouvir pessoas que, ao exprimirem sua gratidão com algum bem material, comentam:
"Se eu pudesse, daria mil vezes mais que isto, para pôr-me à altura de tudo que recebi". É pena que a maioria das pessoas não entenda ainda o sentido mais profundo do amor, do suprimento e da gratidão. Se é verdade que Deus muitas vezes exprime Seu amor como provisão material, isso não quer dizer que a gratidão possa ser compensada com bens materiais. Infelizmente, a maioria pensa dar e amar pelo humano e, por isso, espera recompensa pelo humano. Acha que, tendo materialmente mais, pode exprimir mais sua gratidão. Grande engano!
Todavia, como devemos compreender e aceitar os demais conforme seu nível de ser, não nos esqueçamos de
"dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", isto é, sejamos gratos aos canais de provisão e do amor de Deus (alegrando-nos de que possam exprimir os divinos dons e desejando que os exprimam cada vez em maior abundância, por sua elevação de consciência. Ao mesmo tempo, nunca olvidemos que Deus é a única Fonte de suprimento e que tudo provém dEle. A Ele, sempre, é que devemos endereçar a ação de graças.
Não há limite para a gratidão que podemos exprimir, já que sabemos que tudo vem de Deus. Não há limite para o amor que podemos exprimir, já que o amor é Deus e dEle provém. Não há limite para o suprimento que podemos experienciar e partilhar, mesmo em dinheiro, sabendo que Deus é o nosso único Provedor.
O ponto mais importante, e que não pode ser esquecido, é que Deus é seu Eu real e você possui, latente, toda a infinidade dos divinos dons e da divina capacidade. Não há limites para a sua expansão. Você pode exprimir a infinidade que está em germe em você. Não basta teorizar esta Verdade. É preciso tomar consciência dela. É importante começar a conscientizar, a observar e dissolver, paciente e firmemente, as emoções negativas, as crenças equivocadas, as fantasias e demais bloqueios formados em "sua" parte humana, a fim de que se abra e se eleve a este maravilhoso cosmo divino, que está sempre lhe mandando mensagens de verdade e de amor e você não tem escutado. E, se escutasse, não poderia compreender.
É indispensável este trabalho em nós mesmos, esta transmutação que irá rompendo o véu de ilusória separatividade, até que possamos dizer com Cristo: "Eu e o Pai somos um". Recordemos a promessa de Jesus: "As obras que eu faço, vós as fareis, e maiores obras ainda fareis, se me fordes fiéis". Ele se referia à fidelidade com nosso próprio Cristo interno, em Quem reside toda a infinita possibilidade do Ser, quando Lhe fizermos a vontade.
Lei de Suprimento Joel S. GoldsmithPor nenhum momento iríamos pensar em construir uma casa sem termos compreendido as leis de projeto, escavação, edificação, etc., bem como as leis locais de zoneamento e de saúde. Não tentaríamos ganhar uma causa no tribunal, a menos que conhecêssemos a lei que a regula; e, tampouco iríamos tentar navegar sem o conhecimento das leis de navegação. Entretanto, tentamos resolver nossos problemas de suprimento individual; tentamos demonstrar a disponibilidade e abundância de suprimento sem o devido conhecimento das leis que o governam. Muitos ignoram a existência destas leis e crêem ser suficiente uma fé cega em algum Deus, ou Poder, para terem a manifestação do bem em sua experiência individual.
No plano do Absoluto não há necessidade alguma de se resolver o problema do suprimento. Nele nada é requerido, pois a substância espiritual é onipresente e inexistem tempo e espaço em que o suprimento estivesse ausente. Enquanto não atingirmos esta Consciência-- a Consciência crística--, teremos de preparar o nosso destino em conformidade com a lei das Escrituras, encontrada nos textos sagrados de todos os povos.
Nosso primeiro passo é o reconhecimento de nosso ser verdadeiro—nosso relacionamento com Deus. Compreendendo Deus como a Consciência divina única universal, e o homem como a expressão individual desta Consciência, descobrimos que TUDO QUE É DO PAI É MEU, isto é, tudo o que está incorporado na Consciência universal está incorporado na consciência individual, por elas serem uma. Assim, quaisquer coisas ou idéias de que necessitemos já são parte integrante de nossa consciência, e se desdobrarão à percepção humana tão logo nos familiarizemos com a lei e passemos a aplicá-la. “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” desta ilusão de que o que você busca, encontra-se separado e apartado de você.
Um negócio ou uma posição podem parecer constituir o presente canal de nosso suprimento. Nossos alunos ou pacientes podem aparentar ser nossos únicos canais. Donas-de-casa podem acreditar que seus maridos ou filhos sejam seus canais de suprimento. MAS NADA DISSO É VERDADEIRO. Como Deus, a Consciência divina, é a FONTE, então esta exata Consciência é o canal de suprimento; e, de fato, é o SUPRIMENTO EM SI.
Procure sempre se afastar de suas noções pré-concebidas sobre este assunto. Reconheça que todas as coisas estão incorporadas na infinita Consciência eterna; e então, SAIBA QUE ESTA CONSCIÊNCIA É A SUA! Tendo se libertado de toda dependência a fontes e recursos materiais e humanos, você perceberá o bem continuamente se desdobrando em sua experiência humana, na forma de bem que a cada momento lhe estiver sendo requerido.
Enquanto caminha rumo a esta Consciência superior, obedeça a duas recomendações importantes dadas pelas Escrituras:
“Levarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos frutos da tua terra.” - Exodus 23:19 A forma disso ser feito deverá ser como nos ensinou o Profeta Hebreu:
“E esta pedra, que erigi em padrão, será chamada casa de Deus; e de todas as coisas que me deres te oferecerei ( ó Senhor ) o dízimo.” - Gen. 28:22
Após reconhecermos que tudo que existe pertence a Deus, a Mente universal, pomos de lado uma pequena, mas definida parte de tudo recebido individualmente, recirculando-a no Universal, ou seja, fazemos uso desta parcela sem a vincularmos com as despesas usuais ou pessoais. Podemos doá-la a alguma causa comunitária ou de caridade, podemos exprimir gratidão a um instrutor ou praticista espiritual, mas, seja como for, esta parcela deverá ser dedicada a serviço de Deus, o bem, independente da manutenção própria ou familiar. E ela deverá se constituir das “primícias” dos frutos—e não uma parte daquilo que "sobra" de nossa receita. Deverá ser tirada da mesma tão logo a recebamos, de modo que possamos, nós mesmos, fazer o equilíbrio e confiar que “Deus dará o aumento”.
Nossa obediência a estes princípios nos dará condição de provar que “quando todas as fontes materiais estão secas, Tua plenitude permanece a mesma.” Quando relaxamos a mente consciente das tensões e lutas, e permitimos que o bem flua através de nossa consciência espiritual, descobrimos que não precisamos temer o que o homem mortal possa nos dar ou sonegar. Repousamos na firme convicção de que “Do Senhor é a terra e a sua plenitude”, e de que TUDO que é do Pai é MEU; tudo o que existe no Universal está se desdobrando para o individual.
Chegamos agora àquela que talvez seja a suprema lei espiritual da Bíblia, revelada por Jesus Cristo. Na Oração do Senhor, podemos ler: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.” Eis o ponto em que você pode pôr suas próprias limitações em suas demonstrações do bem. Na proporção em que você perdoa, receberá as bênçãos do Infinito. Podemos perdoar aos que nos devem somas de dinheiro, e àqueles que têm para conosco dívidas de amor, gratidão, reconhecimento, ou mesmo dívidas de cortesia de família ou amigos. Mas devemos perdoar. Devemos viver num constante estado de bênçãos. Este é o perdão verdadeiro, que nos liberta das obrigações mortais e materiais.
Há algum tempo, fui procurado por um homem muito necessitado de dinheiro, sem emprego e sem fonte de renda Contou-me que um de seus amigos lhe devia uma soma de dinheiro que o tiraria da dificuldade, e perguntou-me: “Como fará para que eu possa receber esta dívida?” Disse-lhe que perdoasse tanto ao homem como à dívida. Não que lhe escrevesse cancelando a dívida, já que esta era problema de seu amigo, mas que o perdoasse mentalmente, e caso ela nunca fosse paga, que não pensasse mais nela, nem pensasse maldosamente a respeito do chamado devedor. “Tire-o de seu pensamento como se ele não existisse, e deixe o Princípio divino abrir seus canais de suprimento.” Ele percebeu o ponto e se voltou deste único canal visível possível de suprimento para o Não-visto infinito. Exatamente na semana seguinte, ele recebeu dinheiro suficiente para mantê-lo por duas semanas, e, ao término da segunda semana, foi novamente chamado ao seu próprio emprego, de que havia sido desligado por vários anos.
Cura Espiritual Joel S. GoldsmithA cura espiritual é um tema delicado, facilmente mal interpretado por quem não tem muita prática em curar sem usar argumentos mentais. É a Consciência espiritual que faz a obra, e esta é cultivada por treino, estudo e comunhão. Resulta de se viver cada momento consciente do Bem Absoluto presente como sendo o todo, e do reconhecimento de que o erro não existe.
A cura espiritual sempre vem da Mente à Sua idéia (o homem), sendo a Palavra de Deus, "rápida, poderosa, mais aguda que uma espada de dois gumes". Pensamentos humanos e argumentos mentais não fazem parte dessa Palavra. Dois fatores são muito importantes: receptividade e reflexão.
Quando ficamos receptivos à Mente divina, aquietando os sentidos, recebemos as revelações divinas, que podem ser originais ou já registradas na Bíblia; às vezes elas chegam como um "sentimento" ou sensação de elevação de consciência. Vindo tais revelações, passamos a refletir sobre elas, associando-as com o caso em questão. O argumento mental. em si, não é para que haja a elevação de consciência. Precisamos saber também que, quando usarmos de argumentação -- afirmações e negações --, o trabalho ainda não estará terminado. É nesse ponto que devemos nos aquietar e aguardar a resposta que não deverá tardar. O tratamento não é a declaração, mas o período pós-declaração, quando a "pequenina voz suave" é ouvida. A percepção, a consciência do Bem que vem a seguir, esta é o Cristo, o Curador, a Consciência espiritual.
Precisamos conhecer a Verdade sobre suprimento e gratidão. Enquanto crermos que ambos são coisas que alguém possa nos dar ou tirar, estaremos diante de uma crença falsa.
Suprimento e gratidão são qualidades e atributos da Mente divina. Portanto, estão sempre presentes na consciência individual. Não podemos receber suprimento ou gratidão, porquanto são idéias onipresentes da Mente, incorporadas no homem e expressas continuamente na consciência individual. Toda crença em contrário precisa ser corrigida.
Não podemos olhar para uma pessoa, lugar, coisa, circunstância ou condição na expectativa de obter suprimento ou gratidão. Devemos conscientizar que são onipresentes como idéias. "O homem não tem outra Mente, senão Deus". Confiando plenamente nesta Verdade, olhemos somente para essa Mente única, a Mente do homem individual, e nEla encontraremos TODO o Bem.
O Tema “Cura Espiritual” Joel S. GoldsmithA cura espiritual é um tema delicado, facilmente mal interpretado por quem não tem muita prática em curar sem usar argumentos mentais. É a Consciência espiritual que faz a obra, e esta é cultivada por treino, estudo e comunhão. Resulta de se viver cada momento consciente do Bem Absoluto presente como sendo o todo, e do reconhecimento de que o erro não existe.
A cura espiritual sempre vem da Mente à Sua idéia (o homem), sendo a Palavra de Deus, "rápida, poderosa, mais aguda que uma espada de dois gumes". Pensamentos humanos e argumentos mentais não fazem parte dessa Palavra. Dois fatores são muito importantes: receptividade e reflexão.
Quando ficamos receptivos à Mente divina, aquietando os sentidos, recebemos as revelações divinas, que podem ser originais ou já registradas na Bíblia; às vezes elas chegam como um "sentimento" ou sensação de elevação de consciência. Vindo tais revelações, passamos a refletir sobre elas, associando-as com o caso em questão. O argumento mental. em si, não é para que haja a elevação de consciência. Precisamos saber também que, quando usarmos de argumentação -- afirmações e negações -- o trabalho ainda não estará terminado. É nesse ponto que devemos nos aquietar e aguardar a resposta que não deverá tardar. O tratamento não é a declaração, mas o período pós-declaração, quando a "pequenina voz suave" é ouvida. A percepção, a consciência do Bem que vem a seguir, esta é o Cristo, o Curador, a Consciência espiritual.
Precisamos conhecer a Verdade sobre suprimento e gratidão. Enquanto crermos que ambos são coisas que alguém possa nos dar ou tirar, estaremos diante de uma crença falsa.
Suprimento e gratidão são qualidades e atributos da Mente divina. Portanto, estão sempre presentes na consciência individual. Não podemos receber suprimento ou gratidão, porquanto são idéias onipresentes da Mente, incorporadas no homem e expressas continuamente na consciência individual. Toda crença em contrário precisa ser corrigida.
Não podemos olhar para uma pessoa, lugar, coisa, circunstância ou condição na expectativa de obter suprimento ou gratidão. Devemos conscientizar que são onipresentes como idéias. "O homem não tem outra Mente, senão Deus". Confiando plenamente nesta Verdade, olhemos somente para essa Mente única, a Mente do homem individual, e nEla encontraremos TODO o Bem.
Conscientize Deus Como Ser Individual Joel S. Goldsmith – Consciousness Is What I AmOs milagres ocorrem quando nenhum "eu" é admitido no processo. Quando alguém nos solicita ajuda, e somos capazes de conscientizar que tal pessoa não existe, o processo de cura é iniciado. Porém, se olharmos para alguma pessoa como sendo um "eu", alimentando pensamentos do tipo:
"Como poderei curá-la, ou melhorá-la, ou enriquecê-la", teremos destruído nossa capacidade como praticista, pois, um "eu" desse tipo jamais existe! O único "Eu" em existência é Deus, e Deus jamais está necessitado de cura, melhoria ou enriquecimento.
Se alguém nos disser:
"Estou doente", e nossa resposta for:
"Bem, vamos ver o que seremos capazes de fazer para torná-lo saudável", seremos o "cego guiando outro cego". O paciente acredita ser alguém separado de Deus, e, se também nós estivermos nutrindo a mesma idéia de separatividade de Deus, estaremos caindo no mesmo buraco. O unico modo de experienciarmos um ministério de cura, a partir de elevado nível espiritual, será nos mantendo convictos de que não existe nenhum "eu" apartado de Deus. Se existisse, Deus não existiria. É impossível haver Deus e um ser mortal doente, pecando e morrendo.
Não apenas varremos a crença em doença física, ou em causa mental para ela, mas também a crença de que haja alguma pessoa dela padecendo; assim, chegamos à percepção de sua verdadeira identidade. Não partimos de alguma pessoa para torná-la mais saudável, mais rica ou mais sábia: nós revelamos Deus como Ser individual, infinito. Estamos interessados em contemplar o Deus de seu ser vindo em permanente manifestação. O modo de fazer isto está no
”morrer diário" para a humanidade, renascer em nossa identidade espiritual, e conscientizar que, se alguém nos clama por auxílio, no reino inteiro de Deus não há tal pessoa, nem tampouco tal condição. Nossa permanência nesta atitude faz com que a harmonia passe a surgir visivelmente.
Quando alguém de nossa família ou círculo de amizades, envolvido em algum conceito de discórdia, surge em nosso pensamento, em vez de nos preocuparmos sobre de que modo poderíamos prestar-lhe ajuda, sentamo-nos com a seguinte idéia:
"Ah, eu não vou acreditar que exista tal pessoa. Deus é individualidade infinita. Deus é pessoa infinita. Deus é o Um infinito, e, ao lado de Deus não há nenhum outro".A real maneira de prestarmos ajuda está neste "morrer diário", e a única forma de aprendermos a assim agir, é começarmos com uma disciplina que eu chamo "Sem-eu":
Sem "eu"! Não, esta pessoa não me interessa. Ela nada tem a ver comigo. O Eu real e único está tomando conta dela. Não Resistir ao Mal Joel S. GoldsmithAo combater a chamada mente mortal ou qualquer das suas formas e expressões individuais, criamos um inimigo mais poderoso do que nós mesmos. Quanto mais lutarmos contra ele, mais seremos derrotados no final, porque Deus,
"puro demais para ver a iniqüidade", dela não tem conhecimento e não pode ajudar nessa questão.
Os antigos hebreus imploravam:
"Deus, derrota os meus inimigos, destroça-os; vai adiante de mim e aniquila essa gente horrível!" Isso não são preces cristãs! Elas não foram ensinadas por Jesus Cristo! No entanto, toleramo-las, e mesmo na metafísica esperamos que Deus derrote a mente mortal, o pecado ou a doença.
A superação da mente mortal tem de ocorrer dentro de nós mesmos, pelo reconhecimento da Verdade:
"Eu jamais os abandonarei nem esquecerei. Se atravessarem as águas, não soçobrarão. Se cruzarem o fogo, as chamas não os devorarão." Por quê? Porque não têm poder. Quando compreenderem isso, quando compreenderem a missão e a mensagem de Cristo Jesus, perceberão como pôde perdoar a mulher adúltera, o ladrão crucificado, ou Judas, que O traiu. Jesus sabia, graças à Revelação divina, que essas coisas não tinham poder algum.
Bem sei eu como é difícil contemplar os pecados, as doenças e os horrores do mundo e acreditar realmente que não disponham de poder. Todavia, se conseguirem aceitar e praticar estes princípios espirituais até que eles se transformem numa força viva dentro do seu próprio ser, então, ao testemunhar a sua primeira cura, compreenderão ter visto esses princípios em ação. Em outras palavras, na primeira vez em que forem instrumentos de cura de si mesmos ou de outra pessoa, sem pedir a Deus que faça alguma coisa ou esperar que a Verdade elimine o erro, mas apenas aceitando que Deus é o único Poder e que "não terás poder sobre mim, a menos que esse poder tenha sido dado do Alto", então se sentirão confiantes para ir sempre em frente, até conseguirem realizar grandes coisas.
Comentários sobre Christian Science, Unity, Cura Joel S. Goldsmith – Tape 215, 1958Bom dia! Primeiramente vocês sabem que este trabalho está na natureza de um trabalho secreto. Isso faz com que seja muito difícil porque significa que não há nenhum crédito para qualquer um que o fizer, nenhum agradecimento, nenhuma possibilidade de recompensa. Ninguém pode fazer exame do crédito ou de seus frutos porque não pode ser divulgado. Este trabalho começou com um grupo de 25 em New York City e por isso é chamado o “grupo 25”, mas realmente há aproximadamente 250 membros nele, todos situados “around the clock”.
Ou seja, se você estiver acordado aqui às 7 horas da manhã e em oração, quando for oito horas na manhã, há um grupo em New York e há um grupo em Londres às 9, e há um grupo no continente às 10, e há um grupo para baixo na África do Sul às 11, e há um grupo na India às 12, e há um grupo na Austrália à 1 e assim por diante, 24 horas em torno do relógio, há alguns dois ou mais reunidos juntos; não necessariamente em um quarto, mas reunidos junto ao menos em uma cidade engajada neste trabalho.
O objetivo dele é este: na medida em que você faz um trabalho de cura, você passa a ver muito claramente, como eu disse na última noite, que o pecado, e a doença, e a morte e a carência não têm nada a ver com nenhuma pessoa. Cada pessoa que tem pecado, doença, morte ou carência é apenas uma vítima. Ninguém é responsável pelos males que está sofrendo. Todos são vítimas. São vítimas dessa crença adâmica em dois poders, o bem e o mal.
Porque se nós tivéssemos somente um poder, nós não teríamos ninguém sofrendo por coisa alguma. Nós não teríamos ninguém roubando coisa alguma. Nós não teríamos ninguém matando. Se houver somente um poder, não haverá nada a fazer na Terra exceto aprecíar a vida.
É somente quando há um poder dito do mal que nós começamos a tentar superá-lo, ou começamos a usá-lo com fins pessoais. Mas, se não houver nenhum poder do mal, então não há ninguém para usá-lo, nem há necessidade de uma vítima. Assim, quando você fizer um trabalho de cura, se você não estiver observando, se você se livrar do mundo, da emoção, ou do emocionalismo, de modo que você possa observar objetivamente o que está acontecendo, você verá logo que seus pacientes adultos não são mais responsáveis pelas suas doenças do que seus pequenos pacientes infantis. E você certamente não gostaria de responsabilizá-los por seus males.
Assim é que eventualmente você começa ver a natureza impessoal do mal, daquele que causa as diferentes formas do erro.
Mais cedo ou mais tarde, você começa compreender o que está escrito na página 13 do livro, “As Cartas”. Embora use o termo, Ciência Cristã, você pode aplicá-lo a qualquer fase da vida que queira.
É chegado a bora (alí diz), de fazermos um inventário de nós mesmos para vermos o quanto estamos distantes da ortodoxia. Na religião ortodoxa, você tem dois poderes. Todos os poderes do bem são atribuídos a Deus, todos os poderes do mal são atribuídos ao diabo ou satanás. Agora, você chegou na metafísica, mas será que você não transferiu aqueles poderes do bem de Deus para a mente divina, e os poderes do diabo ou satanás para a mente mortal? e será que você não sente que ainda tem um poder, e que este poder de Deus ou da mente divina irá superar ou destruir ou ajudá-lo a a se elevar? Ou seja, não substituímos o termo, e agora usamos mente mortal para o diabo ou o mal, ou satanás ou o erro?
Na maioria de casos, você verá que foi isso o que você fêz. Isso é o que você verá que todos os metafísicos, quase todos os metafísicos, de todas as escolas, estão fazendo, eles estão usando o poder da mente divina sobre o erro, a mente divina para superar a mente mortal, o poder da mente divina, do amor, para superar o ódio. Puseram-no dessa maneira.
Ora, naturalmente que tudo isso é absurdo porque a revelação básica e original da metafísica é que a mente mortal não é um poder, ela é o total da soma de todo o erro, mas é nada.
No movimento da Ciência Cristã, esse ensino foi perdido ainda enquanto Mrs. Eddy estava entre nós, porque ela mesma se transformou numa vítima do medo. Transformou-se numa vítima da mente mortal. E, mesmo de seu leito de morte, enviou uma mensagem à Igreja Mãe, dizendo que seus inimigos a tinham matado, não a doença.
Que diferença faz se é a doença ou se são seus inimigos, uma vez que vão matá-lo? Uma vez que você está admitindo a existência do erro, você pode também chamá-lo de bom e velho diabo dos outros tempos. E é por essa razão que o movimento da Ciência Cristã não está fazendo tão boas curas como deveria fazer.
Não há nenhuma outra razão. Muitas pessoas responsabilizam o grupo de Diretores. Eu trabalhei com eles por 10 anos, vivi do outro lado da rua por dez anos, e eu posso dizer que são todos muito boa gente. São todos pessoas muito finas e muito sinceras e fazendo o melhor que sabem. E, certamente o melhor que pode ser feito com uma organização tão grande para controlar. Eles não devem ser responsabilizados.
O jornal Sentinel é responsabilizado às vezes, porque os artigos não são bons. E, certamente não são bons. O mundo ficaria bem melhor com 90% deles eliminados. Mas isso não os faz responsáveis, porque Ciência e Saúde ainda existe, e outros trabalhos ainda existem, e se um individuo quiser escavar a verdade, ele pode. Assim porque culpar o grupo de Diretores porque nós somos demasiado preguiçosos para estudar e descobrir quais são os princípios?
Eu devo dizer que o grupo de Diretores nunca limitou ou restringiu nossas atividades exceto numa coisa, que enquanto estivéssemos no Journal, não nos era permitido recomendar abertamente o uso de literatura não autorizada. Não nos restringiram a leitura desse material. Os diretores sabiam que nós usávamos a primeira edição (do C&S) como nosso livro texto principal. Os diretores sabiam que nós líamos outras literaturas.
De fato, certa vez um dos diretores enviou-me a New York para ter uma conversa com o Padre Divine. Sabiam o que nós fazíamos. Não eram cegos. Sabiam que todo praticista que estivesse fazendo um bom trabalho tinha descoberto algumas coisas. Não se opunham a isso. Opunham-se apenas a que confundíssemos nossos pacientes introduzindo-os a coisas que lhes trariam a confusão. Eles já se confundiam bastante sem que fosse preciso que nós colaborássemos com isso.
Não, a razão porque o trabalho do CS não está fazendo o que deve, é porque aceitaram outra vez dois poderes. Eles trabalham com uma mente divina e uma mente mortal e, no minuto em que parem com isso, eles farão um melhor trabalho de cura. No minuto em que pararem de dar tratamentos, e perceberem que você não pode lutar contra o erro, que você não necessita nenhum poder de Deus para superar isso que não tem nenhuma existência, exceto como uma imagem mental em seu próprio pensamento ou no pensamento universal; aí farão um bom trabalho de cura e eu espero que eles façam bons trabalhos com o uso que estão fazendo dos livros do IW e do uso cada vez maior que ainda irão fazer deles.
Agora vamos ver quando a Unity começou, eles fizeram uso de tudo que a CS tinha, exceto uma coisa, que era a natureza do erro. Eles não tinham que saber nada, qualquer coisa, sobre o erro, porque Deus era assim tão tudo, que não havia nenhum erro. Isso era completamente absurdo. E eles viveram para se dar conta disso. Tiveram que se reorganizar e se fazer uma organização religiosa com as vestes, púlpitos e hinos, velas e todas as coisas que pertencem à ortodoxia, Porque você tem que ter um substituto. Se você não cura, você tem que ter um substituto se você quiser permanecer no negócio.
Nós estamos enfrentando a mesma coisa.
Nós temos que curar, ou nós temos que sair do negócio ou nós temos que ter alguma maneira de enganar o público. Isso é tudo. Se nós não curamos, vamos sair do negócio. Nós não vamos nos engajar em qualquer coisa que nos leve de volta à ortodoxia.
Agora, se você alguma vez experimentar em seu trabalho de cura, que o pecado, o apetite falso, a doença, o desemprego, a carência, não têm nada a ver com a pessoa envolvida, isso tem a ver com a crença universal no bem e no mal, e um com Deus é maioria, um com a Verdade é maioria, conseqüentemente, a Verdade contemplada em minha consciência, se torna uma lei em seu corpo, ou seu negócio, ou sua arte, ou sua profissão, ou sua saúde, ou no quer que seja.
Um com Deus é maioria, a Verdade contemplada e mantida na consciência de Jesus Cristo curava seus pacientes. A Verdade mantida na sua consciência individual curou seus pacientes. Não adianta acreditar que um Deus fez a cura. Vocês todos devem ter ouvido aquela história de um praticista em Detroit que curou uma mulher com câncer; o marido veio expressar sua gratidão com um cheque para o praticista. O praticista disse: “Oh, não, não fui eu, foi Deus.” “Ah”, disse o marido, “então eu vou levar o cheque de volta e ver como faço para ele chegar nas mãos de Deus. Pensei que você a tinha curado.”
Vocês vêm que é tudo clichê, um monte de bobagem. É a consciência de um indivíduo que faz o trabalho. É a consciência de um indivíduo, a consciência imbuída da Verdade, uma consciência que descobriu o segredo de curar. E o segredo da cura é o UM PODER. O segredo da cura é a habilidade de tomar qualquer pretensão contra você, seja mental, moral, física ou financeira e juntar tudo como mente mortal, ou mente carnal e destituí-los.
O Príncipe da Paz Joel S. GoldsmithO significado pleno de Natal não pode ser conhecido, senão através da compreensão da natureza imutável de Deus. Deus é. Eterna e infinitamente, Ele é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. O que é próprio de Deus senpre foi, continua sendo agora, e sempre será. Em decorrência desta compreensão, o verdadeiro Natal não começou há dois mil anos: seu início está além do tempo. O que ocorreu há dois milênios foi meramente a revelação de uma experiência que se tem repetido, não somente "antes que Abraão fosse", mas antes mesmo que o tempo fosse. Deus não inaugurou nada de novo há dois mil anos.
O verdadeiro sentido de Natal é este: Deus plantou na consciência de cada um de nós uma divina semente que há de germinar e vir a ser um Filho de Deus. Ninguém jamais existiu, nem existe agora e tampouco existirá, sem esta influência espiritual; sem este Poder que foi implantado em nossa consciência, desde o princípio.
A missão do Filho de Deus foi revelada através do ministério de Jesus Cristo e do que ele ensinou: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (não eu, Jesus, mas Eu, o Filho de Deus). Disse Jesus: "Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não é verdadeiro...Eu de mim mesmo não posso nada: o Pai, em mim, é Quem faz as obras...Eu Sou o pão da vida...Eu Sou a ressurreição e a vida". Este era o Filho de Deus falando através de Jesus, o mesmo Filho de Deus que está no íntimo de cada indivíduo, desde o início dos tempos.
Mergulhe em seu íntimo para encontrar a paz que foi estabelecida desde o princípioConta, uma antiga estória, que havia um rei justo, amável, pacífico e misericordioso. Seu vizinho, rei das terras lmítrofes, estava empenhado em guerras de conquista. Movido por sua índole justa e misericordiosa, o primeiro rei mandou um embaixador ao reino vizinho, em missão de paz. Entrementes, para proteger o povo, começou o preparo bélico. De um extremo a outro da nação se movimentaram para o provável conflito. Desde então, a alegria se apagou no coração do povo. O sorriso desapareceu da face das pessoas. Isso entristeceu o rei, que se recolheu em prece, em busca de uma solução que devolvesse a paz e harmonia à sua gente. Um dia, a esposa de um dos oficiais da corte pediu audiência para revelar-lhe um segredo. E o que ela sussurrou em seu ouvido fê-lo sorrir. De rosto iluminado, o rei a incumbiu de ir ao encontro de todas as mulheres, não os homens, para confiar este segredo, até que todas o soubessem e o pusessem em prática. O rei levantou-se e foi segredar à rainha o que aprovara. E a própria rainha foi, com a esposa do oficial, correr o reino, para comunicá-lo a todas as mulheres. Dentro de algum tempo o sorriso voltou ao semblante do povo. Um cântico novo era entoado por toda aquela terra. O júbilo foi restabelecido.
No dia de Natal chegou um arauto do embaixador que estava no reino vizinho, anunciando que fora assinado um tratado de paz. O rei mandou dizer ao povo que cessassem os preparativos bélicos. E os oficiais da corte pediram ao rei que lhes dissesse qual fora o segredo, que provocara tão grande transformação no povo e conquistara um improvável tratado de paz. O rei lhes explicou que o segredo, embora singelo, encerrava um poder imenso: consistia nisto: "Retirar-se, pela manhã, em curto período de silêncio, de vazio e introspecção. Orar a Deus (sem pedir a paz nem qualquer outra coisa), e comungar com Ele, deixando que Sua paz permeasse e enchesse o íntimo. Depois, durante o dia, várias vezes conscientizar essa Presença, no íntimo, como paz". Tal foi o segredo que devolveu alegria ao povo e assegurou harmoniosas relações com o reino vizinho.
Aos estudantes da Verdade, esta estória parecerá mui familiar, porque sabem que em estágio avançado não se ora pela paz ou ordem em nosso reino interno. Deus já plantou esta semente em nossas almas, em nossos corações, em nossas mentes. Para que esta semente germine e emerja à superfície de nossa consciência, devemos mergulhar no próprio íntimo, abrindo o canal, a fim de que o "Fulgor aprisionado" se escape de lá, abençoando nossa vida e contagiando as pessoas de nosso convívio.
A função deste Filho de Deus é levar-nos a vivenciar a paz; induzir-nos a experienciar uma vida abundante; a dinamizar as potencialidades divinas, manifestando, de dentro para fora, tudo o que o Pai é e tem, como foi dito: "Filho, tu sempre estás comigo. Tudo o que é meu, é teu". Esse "tudo" é a semente que foi plantada em nós. Quando furamos o solo em busca de petróleo; ou cavamos minas, para extrair ouro, prata, diamante; ou quando mergulhamos à cata de pérolas; não estamos trazendo para fora o que Deus formou dentro da terra e do mar? Somos, acaso, responsáveis por tudo que se formou no seio da terra ou dos mares, ou do ar? Fomos nós que formamos tudo isso? Alguém pode responder, pela ciência, que tudo isso se formou durante milhões e milhões de anos, antes que tivéssemos consciência de sua utilidade. No entanto, foi tudo previsto e tudo o que temos a fazer é extrair tudo isso que Deus preparou, para atender às nossas necessidades.
O mesmo ocorre no universo espiritual. O reino dos céus não está fora de nós ("não acrediteis quando vos disserem: ei-lo aqui; ei-lo acolá, porque o reino dos céus está dentro de vós"). Como, então, poderemos usufruir este reino, senão procurando-o e encontrando-o dentro de nós mesmos? Para contatá-lo, é mister cavar e mergulhar em nós mesmos. Quanto mais profundamente cavarmos e mergulharmos neste silêncio interior, tanto maiores e mais ricos tesouros traremos à manifestação.
Nossas vidas individuais manifestam a Graça de DeusPara compreender o "Dia de Natal", devemos entender com clareza que Deus plantou a semente de Si mesmo em cada um de nós. Tal semente deve germinar e converter-se no Filho de Deus plenamente desenvolvido, cuja missão é tornar nossas vidas bem-sucedidas e demonstrar a glória de Deus, como Jesus a revelou. Desde que "eu, de mim mesmo, nada posso", e, "se der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não é verdadeiro", o que nos cumpre é simplesmente demonstrar, em nossas vidas individuais, a graça de Deus -- Sua sabedoria, Espírito, saúde e abundância. Ao tornar o potencial em dinâmico, a possibilidade em atualidade, podemos dizer que Deus vai do infinito para o infinito; que Deus é o mesmo sempre, e Ele não faz acepção de pessoas.
Se Deus tudo criou para sempre, então, desde o princípio dos tempos, a humanidade trouxe, dentro de sua própria alma, a divina paz e a divina graça. Infelizmente não podemos partilhar estes dons com nossos semelhantes e nem eles conosco, enquanto cada um não os encontrar em seu íntimo. É uma simples descoberta, mas não podemos dar o que não descobrimos ou aquilo de que não temos consciência ainda. Todavia, quando o descobrimos, assumimos uma responsabilidade: "a quem muito é dado, muito lhe será exigido". Espera-se muito daqueles que encontraram dentro de si a paz: eles devem derramá-la sobre os demais.
Se ainda não encontramos o Cristo dentro de nós mesmos, não podemos partilhar essa Consciência com os outros. Se não realizamos a paz em nós mesmos, não podemos manifestá-la ao próximo nem suscitá-la nele. Quem não expressa amor não pode atraí-lo. Aquele que não exprime abundância, não pode atraí-la. Ninguém pode atrair a paz, se, antes, não a encontrou dentro de si. Tudo o que gostaríamos de receber de nossos familiares, amigos, comunidade e do mundo, ou partilhar com eles, há de ser, primeiramente, encontrado dentro de nós mesmos .
Até mesmo Jesus nada deu ao mundo, até o momento em que o Cristo Se revelou dentro dele: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres; para curar os quebrantados de coração, para pregar a libertação aos cativos e devolver a visão aos cegos". Antes desta ordenação ele não fora ungido para curar os doentes. Assim, para que alguém possa partilhar o espírito de paz, de alegria, de amor e abundância, deve, antes, ter sido ordenado pelo Espírito de Deus.
A paz deve começar conosco O Natal não teria valor e significado algum para nós, se acreditássemos que o "Príncipe da Paz" viveu há dois milênios e hoje não está mais na terra. Em verdade, o "Príncipe da Paz" viveu há dois mil anos e também em tempos anteriores, como ainda hoje está presente, no coração e na Alma de cada indivíduo, esperando ser libertado neste mundo. Não disse o Cristo: "Antes que Abraão fosse, eu Sou"?
Esta paz (do Cristo) não pode ser realizada com pedidos, em oração para que Ele transforme nosso povo ou as pessoas de outro país. Esta transformação deve começar em nós mesmos. Por que não reconhecemos nossas carências, antes de exigi-las dos outros? Deixemos tranqüilo o nosso próximo e voltemo-nos ao próprio íntimo, em discrição e sacralidade, comungando silenciosamente com o Príncipe da paz, o Príncipe da alegria, da saúde, da plenitude e da perfeição espiritual. Quando atingirmos, em alguma medida, a cristicidade, preencheremos nossas carências e teremos compreensão para não mais pretender a transformação de nosso próximo e nem orar pedindo paz, já que ela fluirá de nosso coração a toda a humanidade.
"A paz que ultrapassa todo o humano entendimento" já está dentro de nós. Em nossas meditações diárias tomamos contato com ela, para que seja liberada em nós, qual uma pomba, e comece a estender as asas sobre o universo inteiro. Buscar paz em outra pessoa ou dela exigir, é escapismo, é fugir da meta, é adiar a própria experiência da paz. Esperar justiça, misericórdia ou gratidão dos outros, é um equívoco. Essa é uma tarefa pessoal, intransferível. Cabe-nos encontrar tudo isso e mais, no reino de Deus, que se acha no centro de nosso ser.
Quando Jesus ensinava o povo, às margens do mar da Galiléia, nas montanhas ou na aridez do deserto (onde dois ou três pudessem reunir-se), sempre apontava o indivíduo e lhe atribuía a responsabilidade: "TU deves perdoar setenta vezes sete: TU deves orar pelos que te perseguem: TU deves procurar em primeiro lugar o reino de Deus, que está dentro de ti". Ele sempre se dirigia a quem desejava ouvi-lo. Nada disse a Herodes e apenas se limitou a responder a caifás e a Pilatos e nem lhes exigiu a paz, porque se a tivessem dentro deles, teriam, com ela, envolvido a humanidade.
Quando começamos a assumir a responsabilidade pessoal de manter a saúde e a harmonia, descobrimos que a realização interna que encontramos, nos momentos de meditação, transborda de nós e abençoa a nossa família. Posteriormente, quando assumimos o dever de ajudar nossos amigos, parentes e os semelhantes, em geral, que nos pedem ajuda, já não lhes exigimos nada e nem dizemos que sejam saudáveis, úteis, justos ou misericordiosos. Apenas nos retiramos ao lugar secreto, dentro de nós, e comungamos com o Filho de Deus, até ficarmos plenificados de paz. Ao realizar essa paz, desbordamo-la àqueles que nos solicitaram ajuda. Não é que transferimos essa paz por alguma espécie de magia, de sugestão, "abracadabra" mental ou hipnotismo. Não. Simplesmente procuramos o reino de Deus em nós e lá encontramos a paz, o sentido de unidade, a comunhão espiritual em Cristo. Como corolário, essa influência emana de nós e vem a ser uma lei de vida, de paz e amor, para todos os que nos pediram ajuda.
Uma das mais recentes revelações que recebi foi esta: não me é necessário orar em favor de alguém ou ter a intenção de tratar espiritualmente alguém. Só é necessário encontrar minha própria paz interna, e quando a realizo em mim, como conscientização da harmonia e plenitude da bênção, imediatamente afeto as pessoas que se ligaram a mim, em busca de auxílio. É uma sintonia de consciência, como a da mulher hemorrágica, dos evangelhos, que tocou a orla do manto de Jesus (afinou-se à consciência crística em Jesus) e, no mesmo instante em que a paz do Mestre a envolveu, foi curada!
A dignidade e sacralidade do indivíduoO significado acerca do Cristo nos escapará, se não compreendermos que o Cristo sanador jamais foi crucificado, ou encerrado num túmulo. O Cristo sanador é o "Príncipe da Paz", que mora em nosso íntimo: o Filho de Deus que foi entronizado em nós qual uma semente, desde o princípio. Através de nossas meditações, da contemplação e comunhão interna com essa divina Centelha, fazemos ressurgir esse Filho de Deus, em nós. Esta comunhão faz manifestar tudo aquilo que o Filho de Deus é em nosso universo.
É um milagre da graça que, "onde dois ou mais estejam reunidos, em nome dEle, ali Se manifeste o reino de Deus, neles e entre eles". É um milagre da graça que, um com Deus, seja a maioria. Cada vida singular é um milagre da graça de Deus; cada indivíduo é um descendente do Altíssimo.
O homem ocidental deve aprender a apreciar a dignidade do homem individual, para merecer a força moral plena, que trará eventualmente a paz na terra. Não é pelo poderio militar que se implanta a paz. Ela será estabelecida pela capacidade moral das nações que tenham vislumbrado o significado e valor de um indivíduo, e a razão desse valor. Não é por sua condição humana que um indivíduo é valioso. O grande valor de um indivíduo é ser ele, potencialmente, o Cristo, o Príncipe da Paz. Por isso ele é tão importante para Deus, tal como os maiores profetas, santos e salvadores são.
Se apenas dez homens justos pudessem tomar consciência da dignidade e sacralidade do ser individual, agiriam com tal força moral que poderiam alterar para melhor a natureza de toda uma cidade ou estado, os negócios de uma nação, e talvez, ajudar nos relacionamentos internacionais. Deve haver elevação do ideal crístico, a respeito da natureza individual do ser; deve haver o reconhecimento de nós mesmos como descendentes de Deus; deve haver a convicção de que nossa vida não é nossa, senão a Vida de Deus individualmente expressa através de nós, como você e como eu: a Mente de Deus individualmente manifestada como a sua mente e a minha. Se fôssemos simplesmente essa forma que vemos no espelho refletida, qual seria a razão de nossa existência na Terra? Se observamos o modo de proceder de certas pessoas, meramente como seres humanos, perguntaríamos porque elas são toleradas neste mundo. Só quando começamos a compreender a natureza dAquele que está latente em cada indivíduo, à espera de ser conscientizado e soerguido, para nossa redenção e missão, como Filhos de Deus na Terra -- só então entendemos que viemos a este mundo para demonstrar toda a glória de Deus. Este é o verdadeiro Natal, isto é, o Cristo corporificado, o Verbo feito carne.
"Pois eu desci dos céus, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade dAquele que me enviou". Esclarece o Mestre que, em virtude da natureza universal de Deus, é tarefa, minha e sua, viver de tal modo que a vontade de Deus se faça em e através de nós -- e não a vontade pessoal, minha e sua. Nossas vidas devem ser consagradas a Deus, em obediência a esse princípio.
Qualquer indivíduo que seja capaz de não se identificar com suas solicitações humanas e tome consciência de que "estou aqui para que a vontade de Deus Se cumpra, para dar saída ao "Fulgor aprisionado" em mim; estou aqui para ser um canal consciente, amoroso e desinteressado ao Cristo interno, em benefício de todos os que ainda se encontram em escuridão", em tal indivíduo o Cristo vive e age.
Napoleão disse que todo soldado leva na mochila um bastão de marechal, uma outra forma de reconhecer as imensas e imprevisíveis possibilidades de cada indivíduo. É uma expressão paralela ao ensinamento cristão, segundo o qual, todo indivíduo, mercê da divina Semente nele plantada, pode exprimir a autoridade e dignidade de um Ser espiritual autêntico.
A humanidade teve a fortuna de contar com grandes instrutores, que alcançaram a realização do Espírito interno e a visão de Sua vontade: Moisés, Elias, Eliseu, Jesus, João, Paulo, Buda. Todos esses homens ensinaram essencialmente a mesma coisa. Mas foram simples cicerones, revelando o que haviam alcançado e o que o homem pode alcançar. Foram suficientemente humildes para reconhecer que se eles não se fossem, o Consolador não nos poderia vir, pelo emergir da Consciência espiritual interna. Percebamos, também, que a revelação dos Mestres espirituais, em todos os tempos, foi a de um princípio universal, que devemos internamente demonstrar como revelação crística. Caso contrário, como poderia o reino de Deus implantar-Se na Terra, se não fosse plantado e desabrochado em cristicidade, em cada indivíduo?
A não ser por esse potencial divino que reclama expansão, poderiam os povos deste mundo melhorar? poderiam as pessoas transformar-se, de boas em más? de ignorantes em sábias? Haveria algum poder para tirar a raça humana do que sempre foi: de um estado selvagem, brutal, de servidão e carência, de ignorância em massa? Poderia o mundo transformar-se, a não ser pela vontade divina que vagamente apreendemos como vontade nossa, de buscar a realização do Natal, a natureza da verdade? Isto se deve à Semente de Deus, plantada na consciência humana, em mim e em você, e que deve germinar e frutificar, definindo nossa identidade individual.
Haveria outro meio de se fazer isso? A educação é, naturalmente, uma valiosa ajuda para a sociedade civilizada, mas, o mero treinamento acadêmico, o simples cultivo intelectual, não podem fundamentar uma consciência moral e integral. Só a realização de nossa natureza espiritual pode fazê-lo. Só o florescimento da natureza crística pode nos elevar acima das limitações humanas, formando uma sociedade de pessoas inspiradas, com elevado sentido moral e espiritual. Dizer às pessoas que devem ser boas, que deve haver paz na terra, que deve haver retidão nas relações humanas, não basta. Nem os sermões o conseguem. A paz na Terra será realizada apenas por um meio: encontrando-a em nosso próprio íntimo e abrindo caminho para que ela desborde à nossa experiência, abençoando e fazendo de nós mesmos uma bênção. De fato, ao encontrar e experimentar a paz de Deus, atrairemos pequenos grupos afins que acharão, por sua vez, essa paz. Desse modo, ela se irá espalhando, "ad infinitum".
Libertando o "fulgor aprisionado"A paz está encerrada em você e em mim. É preciso libertar o "Príncipe da Paz" de nosso íntimo e deixá-Lo sintonizar-se como todos aqueles que, neste momento, se acham maduros e receptivos para a "experiência do despertar". Repitamos: não se consegue isto pela tentativa de moralização das pessoas ou de pedir aos outros que sejam melhores do que têm sido. Nada disso. Isto é feito individualmente, pelo mergulho em si e libertação do Príncipe da Paz, que está encerrado dentro de nós. Isto é feito ao comungarmos com o Espírito interno, ao conscientizá-Lo em nós. Desse modo vamos formando uma abertura pela qual Ele emerge e Se liberta, caminhando diante de nós para realizar nossas obras, segundo a perfeita vontade do Pai. Notem bem: não nos cabe ir ao encontro do mundo para salvá-lo, senão ir ao encontro de nós mesmos, de nossa real identidade, para nos fundirmos em nova consciência e deixarmos que Ela se expanda de nós, em realização e ajuda.
Não há mérito espiritual em milhares de palavras que possamos enunciar; não há valor moral ou espiritual nas centenas de lições que possamos dar. A graça de Deus não pode alcançar as consciências humanas pela moralização. Só a consciência pode atingir a consciência. Retiremo-nos, em nossos lares, em nossos templos, em vales e colinas, para encontrar a paz escondida em nosso interior. Convertamo-nos em faróis através dos quais a graça de Deus possa ser irradiada. Então essa Presença invisível poderá preceder-nos no caminho, aplainando o solo e preparando mansões para nós. Os períodos de silêncio e de conscientização da Presença constituem o que de mais precioso podemos oferecer ao mundo.
Cada vez que vemos uma pessoa e realizamos que esta graça divina está dentro dela, somos-lhe uma bênção silenciosa. Assim, entoamos, sem vozes nem escrito, a paz ao mundo. Olhemos um indivíduo e tomemos consciência de que a graça de Deus está nele também; que ele é um Filho de Deus. Esta é, simplesmente, a prática de libertar o "Fulgor aprisionado": o reconhecimento do Cristo, no íntimo de nossos amigos; além da mera aparência de um ser humano, andando sobre a Terra. É ver e regar, com esta verdade, a semente divina plantada em seu íntimo.
Esta semente continua enterrada dentro de nós e permanecerá como simples semente ou possibilidade, enquanto não a nutrirmos com o alimento espiritual adequado: o reconhecimento constante, repetido, de nossa identidade espiritual.
Dentro do ser individual está o Filho de Deus, este Eu, que ele é; dentro dele está a divina Presença e o divino Poder -- a Graça de Deus. O EU, dentro dele, é o alimento, o brilho do Sol e a chuva fecundante, para esta semente.
Depois esta semente começa a brotar. A natureza de nossos amigos, parentes, sócios, companheiros de trabalho, começa a mudar aos nossos próprios olhos, sem que eles mesmos saibam o porquê. É possível que algo se desenvolva neles e encetem uma busca de Deus, de verdade, até que uma mensagem ou um mensageiro lhes revele que não há necessidade de buscar longe, porque o que estão buscando está dentro deles mesmos e o desejo que sentem é o próprio apelo do "Fulgor Aprisionado" para despertar e libertar-se. O que buscam é a divina Realidade neles: o Filho de Deus, o Santo Graal dentro de susas próprias consciências.
Toda sacralidade do Filho de Deus está estabelecida no centro de nosso ser -- a eternidade, a imortalidade, a natureza infinita da seidade de Deus -- porque somos UM com o Pai, e tudo que o Pai tem, já é nosso: a Sua sabedoria,a Sua Mente, a Sua Graça, a Sua Presença, a Sua Substância, o Seu Ser. O próprio alento de nossa vida, pois somos UM e, nesta unidade, encontramos a plenitude e nossa união com toda a humanidade. Somente na unidade com Deus é que nos sintonizamos com a Luz individual em cada ser e nos identificamos com tudo que haja percorrido o globo no passado, no presente e no futuro.
O Natal revela-nos que Deus plantou o Seu Filho em nós!
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim." Isaías 9: 6-7